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sábado, 9 de janeiro de 2016

O paradoxo viajante

sábado, janeiro 09, 2016 15
Como esta frase pode me inspirar?






Histórias de amor. Tenho uma forte tendência a fugir delas. Deve ser porque nunca tive uma boa para contar. As minhas, todas elas, tiveram um final infeliz e boa parte delas só começaram do meu lado. Histórias de desamor. É assim que prefiro chamá-las. É assim que posso nomear o que já vivi.

Fujo das histórias de amor, porque não quero acreditar nelas. Tenho medo que, mais uma vez, elas me usem como uma marionete e, quando se cansarem, me joguem fora, ao relento. Prefiro apegar-me ao fio que me resta de dignidade e de amor próprio. Se cultivá-los, pelo menos não corro o risco de de me decepcionar comigo mesma. Sim, é assim que prossigo na minha vida solitária. É assim que arrumo coragem para deixar tudo para trás e mudar de país.

Coragem é uma força de expressão. É claro que estou aqui, morrendo de medo de ir para um lugar desconhecido, sem ter uma alma viva que fale a minha língua e que possa me ajudar. Ainda mais, porque esta ideia surgiu depois de ter visto uma citação do Michael Jordan em algum perfil motivacional lá no instagram. A frase dizia: Nunca diga nunca, porque limites, assim como o medo, geralmente são uma ilusão. Seria a minha solidão uma ilusão? 

Quando contei os meus planos à minha melhor amiga - Ana é o nome dela -, ela soltou o riso frouxo, que lhe é bem típico, acompanhado de um "Catarina, você é louca? Vai mudar de país só porque viu uma frase do Michael Jordan no instagram? Você nem de basquete gosta!". Primeiro, isso é uma infâmia, adoro basquete! Segundo, eu sei parece uma loucura; mas, sim, mudarei de país e deixarei para trás todas as histórias desamadas. "Se é para ser sozinha, vamos fazer isso direito!", foi a minha resposta. 

Agora estou aqui, uma verdadeira covarde prestes a embarcar, paradoxalmente levando comigo toda a bagagem da minha ilusão.

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sexta-feira, 22 de maio de 2015

O que não é o amor

sexta-feira, maio 22, 2015 17
Amar é luz, mas também é escuridão.


You say love is a temple, love a higher law
Love is a temple, love the higher law.
You ask me to enter, but then you make me crawl
And I can't be holding on to what you got, when all you got is hurt.
(…)
We're one, but we're not the same.
We get to carry each other, carry each other...
(One – U2)

Cinco letras e uma imensidão; simplicidade ortográfica e uma carga sentimental sem fim. Quando nos conhecemos, eu finalmente achei que entendia o que era sentir o tal do amor. Nada me abalava. Nada me entristecia. Sentia-me invencível. Talvez seja isso... Amar é sinônimo de se iludir.

Mergulhei de cabeça em um oceano escuro e profundo, mesmo sem saber nadar. Você me bastava. O seu olhar me guiava, e suas mãos nas minhas eram o meu sustento. Sentia-me segura. Dias cinzas, acordar cedo, TPM, chefe insuportável, metrô lotado, poucas horas de sono, melhor amiga se mostrando uma das piores pessoas, TCC na faculdade, falta de grana... Nada, absolutamente nada, poderia me arruinar. Você estava ali. Eu amava. Você me amava. Ou seria mais uma das minhas utopias?

De tanto falar que morreria sozinha, de tanto tentar me convencer – e convencer aos outros – de que o tal do amor não era para mim, você resolveu mostrar que eu “pagaria a minha língua” da maneira mais prazerosa possível: beijos, abraços, sorrisos e consolos nos momentos de desespero. Flutuei. O que mais poderia fazer se não voar? Vivia sob a sua hipnose. Estar com você era entrar em um universo paralelo em que poderia apertar um botão e pausar o caos, a dor, o tormento. Você era a ilha isolada em que habitava a minha paz.

Agora, enquanto escrevo esta carta, é estranho pensar em tudo isso. Como pode haver tanta decepção em uma história de amor? Reflito sobre a toda a beleza do que sentia e, ao mesmo tempo, isso me faz querer lhe esconder em algum lugar em que eu não tenha muito acesso. Dizem que a tristeza tem lá o seu lado belo, por isso, não é à toa que você ainda surge no meu subconsciente como um misto de nostalgia e suplício. Ao mesmo tempo em que lhe desejo, quero-lhe longe. Não há como remediar o impossível. Por sua vez, o inatingível é insuportável, e lá no fundo eu sempre soube que eu nunca alcancei a posição que queria: o seu coração, a morada do seu amor...

Não quero pensar no que o amor não foi para mim. Saber que todas as promessas que você me fez foram em vão, faz de mim uma idiota (mais uma vez). Não quero pensar nisso, nem nas lágrimas, nem culpa que carrego das vezes em que lhe desapontei e das vezes em que deixei de ser eu mesma para tentar ser alguém melhor para você. Aqui estou com um: “You gave me nothing, now it's all I got” repetindo em looping, porque novamente fiquei de coração vazio. Você roubou o amor que eu tinha aqui, a esperança de que um dia eu finalmente pudesse encontrar a reciprocidade no ato de amar.

Eu sei que agora é tarde para trazer o passado à tona. Provavelmente você nem só não deve se lembrar dele, assim como não deve ter sofrido com o fim ou ter se importado comigo. Às vezes me questiono se hoje – mesmo com outra pessoa – você sabe o que é o amor... Por que eu só consegui aprender com você o que ele não é.


Este texto faz parte do Projeto Escrita Criativa, que reúne escritores e blogueiros para colocarem no “papel” suas ideias. Quem quiser conhecer mais, acesse o link aqui. Lá há a lista de todos os blogs participantes. O tema desse mês foi O que não é o amor.
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sábado, 23 de fevereiro de 2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Diálogo Sentimental

domingo, fevereiro 10, 2013 19


– Ele vai se chamar Coração.
– Sério, por quê?!
– Porque eu amo o som da sua voz quando você canta pra mim: “Meu amor, esta é a última oração pra salvar o seu coração. Coração não é tão simples quanto pensa...”
– Sabe...
– O quê?
“...nele cabe o que não cabe na despensa!”
– uahahaha. Seu bobo.
Ele sorri.
– Eu te amo.
– Eu te amo também.
Os dois se abraçam.
Silêncio.
Ela suspira.
Ele sussurra, cantarolando em seu ouvido:
“Meu amor, esta é a última oração...”

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Reencontro

sexta-feira, janeiro 11, 2013 25
Sometimes I wake up by the door
That heart you caught must be waiting for you…
Even now when we're already over
I can't help myself from looking for you...

Procuro o seu rosto entre a multidão, embora tenha medo do que poderia acontecer se nos encontrássemos novamente.

Você me reconheceria?! Eu faria drama?! Fingiríamos que nada aconteceu?! Ou você simplesmente me ignoraria?!

Não quero pensar numa opção com final feliz, porque sei o quanto a minha vida passa exatamente longe dos letreiros de Hollywood. Por outro lado, não quero que você se sinta culpado pelo o que aconteceu, ou o que é pior, pelo o que não aconteceu.

Sempre digo que tudo acontece no tempo em que tem que acontecer, então, penso que nós dois temos que erguer nossas cabeças e seguir em frente. Deus sabe o que faz, fez e fará. O futuro a Ele pertence.

Sempre que penso no nosso reencontro, meu coração se acelera de medo! Sim, esta palavra de 4 letras (e 4 fonemas) é a que melhor descreve como eu me sinto em relação ao nosso passado. Tenho medo de nos encontrarmos, e eu sentir raiva (sentimento que passa longe de mim agora). Tenho medo de começar a chorar como uma criança (você sabe que você tem este poder). Tenho mais medo ainda de te ver apaixonado por outra, de não poder me aproximar, de não poder te sentir, de ter de me privar de te querer. Tenho medo de você querer apenas limpar a sua consciência da culpa de ter sumido de uma hora pra outra da minha vida, de te ver dizendo: "desculpe, eu sinto muito" e ouvir em seguida um "adeus" ou "sejamos apenas bons amigos". Tenho medo de um ponto final duradouro que me sufoque ainda mais e mate de vez o fio de esperança que eu tento manter vivo de que um dia eu encontrarei alguém que me ame de verdade. Enfim, tenho medo de sofrer mais, de novo e com maior intensidade. Tenho medo das palavras que possam ser trocadas, medo de que elas plantem raiva e rancor nos nossos corações.

Embora eu ainda procure o seu rosto em meio à multidão, eu prefiro deixar tudo como está a ver um dos meus medos se transformarem em realidade. Se um deles - por menor que fosse - acontecesse, sei que eu seria jogada em um abismo sem fim (eu já estive lá e, acredite, não foi nada agradável!).

Todas as noites eu peço que Deus ilumine os nossos caminhos. Peço por você e por mim. Imploro pela nossa segurança e pela nossa saúde. Você fez de mim uma pessoa melhor, e eu sou eternamente grata por isso. Quando penso no nosso reencontro, tenho medo (pavor, diria!) de que este sentimento bom se perca de alguma forma.

Espero que você tenha encontrado a felicidade. Eu estou reunindo forças para ir em busca da minha, ainda que eu continue procurando o seu rosto em meio à multidão...

____
PS: Não sei se você se lembra do nosso último encontro. Eu chorei feito criança. Você me abraçou e perguntou o que acontecia. Eu apenas respondi: "estou com medo de te perder". Você me apertou ainda mais em seus braços e disse que era para eu ficar tranquila, porque isso não aconteceria... Pois bem, nunca duvide do meu instinto feminino...

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Qualidade de vida é o que me faz feliz

terça-feira, dezembro 25, 2012 10
Acorde e viva!
Lendo o livro da Bruna Vieira, uma frase me chamou a atenção: "É mesmo impossível escolher o que me fará feliz. Mas é possível afastar o que me faz triste". Isso veio de encontro ao que venho buscado ultimamente: qualidade de vida.

Para alguns, esta tal qualidade é ter um carro confortável para ir trabalhar. Para outros, é poder viajar; para outros, comprar, comprar, comprar. No meu caso qualidade de vida é justamente o que a Bruna definiu como "afastar o que me faz triste". Meu trabalho me fazia triste. A cada momento que entrava na sala da minha chefe, saía com dor de cabeça. Quando surgiu a oportunidade de mudar de emprego, não pestanejei - mesmo sendo mais longe e ganhando menos. Sabia que estava seguindo o meu grande sonho, trabalhar com aquilo que sonhei por toda a minha vida. Não me arrependo.

Agora, estou em uma fase de resgate: voltei a caminhar - isso me ajuda a organizar os pensamentos. Comprei um caderno, em que este e outros textos ganharão vida. Organizei meus blogs. Voltei a fotografar... Qualidade de vida é estar feliz em meus momentos de introspecção e de coletividade. Pensar no que me faz triste e mandar tudo isso pras cucuias é uma forma de recomeçar, de me renovar, de me sentir bem e, o que é melhor, de irradiar o melhor de mim para quem me cerca! 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Conclusões

sexta-feira, dezembro 14, 2012 4

Hoje percebo claramente: você não me faz falta. Afirmo categoricamente, porque só agora noto que o sobra é a saudade do estado perene e febril a que denominamos paixão.

Sinto falta, portanto, de estar apaixonada! Falta-me ter alguém que me ouça, que me elogie e critique nos momentos certos (com a justiça da ração e a ternura do amor). Falta-me alguém a quem cuidar...

Você me fez sentir de novo
O que eu já não me importava mais
Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Quando eu te invado de silêncio
Você conforta a minha dor com atenção
E quando eu durmo no seu colo
Você me faz sentir de novo o que eu já não sentia mais... 
(Você me faz tão bem - Detonautas)

Ah, os sentimentos descritos na canção! É justamente a ausência deles que minha alma chora e meu coração lamenta todas às noites, quando coloco minha cabeça sobre o travesseiro... Quem já amou um dia, sempre sentirá um vazio ao não ter mais alguém que lhe faça sentir de novo que já não se sentia mais...

Definitivamente, não é você que me faz falta, é o sentimento. O lado bom de tudo diz respeito ao fato de que sentimentos assim eu posso ter com qualquer um que me seja querido, não dependo de você! 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dádiva

quinta-feira, novembro 15, 2012 2
Estive, como sempre, a pensar na vida e cheguei à seguinte conclusão: é uma dádiva saber que a luta não fora em vão. Explico-me: é uma dádiva olhar para trás e perceber que fiz as escolhas certas. Se escolher uma profissão aos 17, 18 anos é uma responsabilidade árdua, escolhê-la aos 6 é algo heroico. Passada a fase da escolha, vem a da luta: estudar na escola, fazer cursinho. Lágrimas, sangue e suor dispendidos em dias e dias com a cara nos livros. Então, passar no vestibular, começar a faculdade, perceber que a etapa tão sonhada exige ainda mais: noites sem dormir (somadas a dias intensos de trabalho), feriados estudando, festas e viagens adiadas, responsabilidade crescendo proporcionalmente à formação profissional, toda a dor que é oriunda do processo de amadurecimento. E, enfim, a formatura e aquele pedaço de papel que lhe confere um título e uma autorização para você fazer o que sempre sonhou!

Sou feliz porque Deus me abençoou com a oportunidade de exercer aquela profissão que escolhi aos 6 anos. Sou feliz porque sou boa não apenas ensinando e aprendendo, mas também, fazendo aquilo que a outra vertente do curso de Letras me permite: escrever. Poder lecionar e escrever com amor, como convicção de que estou no caminho certo, faz o meu coração regojizar na felicidade. Sei que não sou perfeita, por isso, busco aprender mais e mais. Entretanto, é ótimo saber que consigo usar minhas habilidades para contribuir na vida de outras pessoas.

Quando vejo alguém estudando "só para ter um diploma" ou alguém formado, que trabalha em outra função pelo motivo que for, tenho pena. Minha tristeza não surge apenas por esta pessoa, mas também por quem está ao seu redor todos os dias. Quem não trabalha naquilo que sonhou pode ser o mais rico, pode ter as melhores tecnologias, os melhores carros... Contudo, voltamos à velha frase: tem-se tudo, mas não se é feliz. Dinheiro não traz, nem compra felicidade. Por sua vez, quem está ao redor de quem não trabalha naquilo que sonhou, está condenado a conviver com uma pessoa que vive na mentira (diz/aparenta ser feliz, mas não o é genuinamente) e/ou convive com a personificação da infelicidade. 

Sou grata a Deus por poder ter sucesso em tudo o que faço. Não que seja fácil, não que não tenha que engolir alguns sapos; mas sim por poder fazer o meu melhor e ver o meu esforço refletido no aprendizado que os meus alunos têm (e que eu tenho com eles) e no feedback dos que me leem.

Como diria Confúcio, o filósofo chinês,
Trabalhe com aquilo que gosta e não terá que trabalhar um dia sequer na vida.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Altos e baixos

sexta-feira, setembro 21, 2012 2
Altos e baixos, a sorte vai e vem 
Altos e baixos, não é diferente 
Pra ninguém 

A cartada genial 
A piada que pegou mal 
A grande chance perdida 
O grande amor de sua vida 
O erro que você não pode apagar 
O sorriso que faz o seu coração parar...
(Dinho Ouro Preto / Alvin L)

Foto minha feita pela Cah.

Tudo vem acontecendo ao mesmo tempo: meu primeiro mês na profissão dos meus sonhos foi incrível!!!  Meus alunos são espetaculares e, cada um a sua maneira, sabem como me fazer feliz.  :) Estar com eles têm feito a minha vida muito melhor. Tudo menos difícil...

Por outro lado, amanhã completa um mês que um grande abismo se abriu na minha vida. Um mês que a gente não se fala... Eu tenho tentado ser forte, porque sei o quando foi lindo tudo o que nós vivemos juntos. E também tenho tentado porque não quero ficar sofrendo pelos cantos (pobres das minhas amigas que têm que me aturar)... Mas confesso que é difícil, que estou extremamente sensível, que fico chorosa pelos cantos e que essa sua ausência é, sem dúvida, a maior dor que já senti na minha vida...

Tudo vem acontecendo ao mesmo tempo... Conheci minhas amigas lindas! Vi meu projeto literário terminar na maior perfeição! :D Aliás, foi lindo ver as graduandas de Pedagogia com os seus livros prontos, apresentando seus trabalhos de maneira tão exemplar! ;)

Meu vigésimo sexto ano de vida começou cheio de sentimentos antagônicos. Essa é a vida. Vamos que vamos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cansada

quarta-feira, agosto 01, 2012 2
And love is not the easy thing 
Is the only baggage that you can bring 
Love is not the easy thing 
The only baggage you can bring 
Is all that you can't leave behind
(Walk On - U2)

Presente que o "Josivaldo Lima e você" fez para a mim:
escuta, observação e sorriso genuíno nos lábios.

Dia cheio de trabalho e intenso de emoções. É duro saber que você vai deixar de conviver com quem você ama. Ainda que novas etapas cheguem, ainda que novas realizações e novos desafios estejam chamando. Muitos momentos lindos, muitos aprendizados, muita compreensão, muitas coisas maravilhosas vivi com os meus quatro zoados preferidos... Gratidão eterna por todo o carinho que vocês têm por mim! 

Hoje foi um dia cheio de trabalho e intenso de emoções.  Toda despedida me deixa mentalmente cansada... 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Quais são as coisas que você quer mais do que o amor?

sexta-feira, junho 08, 2012 0
É uma música sobre nobreza e sacrifício pessoal, sobre fazer o que é certo, mesmo quando o seu coração está lhe dizendo o contrário. A fala inicial nos deu o título para o nosso novo álbum: And love is note easy thing / The only baggage you can bring / Is all that you can´t leave behind (E amor não é uma coisa fácil / A única bagagem que você pode trazer / É tudo aquilo que você não pode deixar para trás). Amor, no sentido mais profundo da palavra, é a única coisa que você pode sempre ter com você, no seu coração. Em algum momento você vai ter que deixar todo o resto para trás. Há uma passagem em Coríntios que usa a imagem de uma casa pegando fogo, e parece sugerir que quando, na morte, nós eventualmente enfrentarmos o julgamento (ou inspeção, como uma das traduções se refere) tudo que for feito de palha e madeira irá ser queimado, apenas as coisas eternas irão sobreviver. Para mim, essas coisas são família e amizade, coisas abstratas, não são as coisas que você faz. Então, no final da música, há uma oração sobre ambições e realizações. You´ve got to leave it behind / All that you fashion / All that you make / All that you build /All that you break / All that you measure / All that you steal /All this you can leave behind...(Você tem que deixar isso para trás / Tudo aquilo que você veste / Tudo aquilo que você faz/ Tudo aqui que você constrói / Tudo aquilo que você destrói / Tudo aquilo que você mede / Tudo aquilo que você rouba / Tudo isso que você pode deixar para trás) Isso é um mantra, uma fogueira de vaidades, e você pode jogar qualquer coisa que você queira no fogo. O que quer que você queira mais do que o amor, isso tem que ir. É uma questão muito interessante a ser fazer: quais são as coisas que você quer mais do que o amor? (Bono Vox - In: U2 by U2*)

A pergunta do Bono ficou presa na minha cabeça: o que eu preciso mais do que o amor? Eu parei para pensar sobre isso. É difícil encontrar uma resposta verdadeira: minha família é a base da minha vida. Eu não posso viver sem meus pais e minha irmã; eles não podem viver sem mim. Amigos, como o Bono disse, são “coisas abstratas”, que me fizeram gastar muito tempo pensando. Já tive amigos que pensei que seriam para sempre e, infelizmente, não foram. Por outro lado, tenho amigos que me ajudaram quando eu jamais esperaria... Com certeza, amizade é algo que eu quero mais do que o amor, porque acredito que isso É uma forma de amor. Minha dúvida é: como eu posso saber se a amizade é verdadeira ou não?! Depois de todo o sofrimento que a “melhor amiga para sempre” me fez sentir, nunca tenho certeza de quem é um amigo de verdade ou não... 

Ainda que eu não tenha uma resposta para esta questão da amizade, quais são as outras coisas que eu preciso mais que o amor? Quais são as outras coisas que eu preciso mais que o amor... Há apenas uma palavra que possa descrever o que preciso: crença. Eu preciso acreditar. Eu preciso acreditar que meus sonhos se realizarão. Eu preciso acreditar no amor. Eu preciso acreditar que serei jogada no fogo e passarei por isso. Eu preciso acreditar que tudo, no final, ficará bem. Eu preciso acreditar que todos os sacrifícios que eu fiz, que estou fazendo e que farei no futuro são por uma boa razão. Eu preciso acreditar que Deus está comigo não importa o que eu faça ou aonde eu vá. A vida não é fácil, entretanto, se eu acreditar, não desistirei enquanto eu estiver passando por estes tempos difíceis que estão vindo. 

Familia, amigos e crença. Isto é o que eu preciso mais do que o amor. E você? O que você me diz sobre esta pergunta singela?

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*U2 by U2 é um livro que conta a história da banda irlandesa. Ele foi feito meio de mais de 150 horas de entrevista com Bono Vox, The Edge, Larry Mullen Jr, Adam Clayton e Paul McGuinness (empresário da banda). As perguntas são de Neil McCornick, crítico literário do Daily Telegraph. Embora não haja uma tradução oficial, você pode ler o livro todo, em português, acessando o site: U2br. Foi de lá que peguei o trecho acima traduzido.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Esperando 2012 chegar

quarta-feira, dezembro 28, 2011 1
Estou louca para que 2012 chegue logo. Que ele traga consigo bons ventos, boas ideias, boa saúde, amor, esperança e paz.

Como todo ano, sempre escolho uma frase para colocar no primeiro dia da minha agenda. A sentença me serve de alívio, esperança, insentivo nos momentod difíceis. A escolha - na maior parte das vezes - é aleatória, algo me me chama a atenção por algum motivo. A 2012, escolhi hoje, ao ver uma imagem que minha amiga compartilhou no facebook.

Esta é a mensagem que levarei comigo e que compartilho com vocês:

Fonte: Observando Cine

Beijos e queijos :*

domingo, 9 de outubro de 2011

Reflexão

domingo, outubro 09, 2011 2
Nada é permanente, salvo a mudança. 
(Heráclito) 

Muita coisa vem acontecendo em minha vida. É estranho como do nada, tudo sofre uma reviravolta intensa. Este fim de semana foi de forte reflexão. O que quero para o meu futuro?! Venho pensando muito nisto.

Estes dois dias foram de resgate. Resgatei a minha essência, me perguntei “por que quis estar onde estou?”. Minha necessidade de compartilhar o que sei, minha luta pedagógica que insiste em acreditar que a educação integral promove a mudança, minha vontade de crescer na troca com o outro... Encontrei estas definições como resposta.

Agora preciso saber se o caminho que sigo é o melhor. Preciso entender se esta estrada é a certa. Quero muito lutar por meus objetivos. Embora não esteja satisfeita porque ainda não consegui realizar o que queria, tenho certeza que se tiver a oportunidade, o farei. Enfim, sei que o futuro não depende exatamente de mim, mas também tenho clareza que minha consciência está tranquila...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Relação Educador-Educando e o ensino

quinta-feira, agosto 18, 2011 0
"Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanete, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim transferidos. Nesta forma de compreender e de viver o processo formador, eu, objeto agora, terei a possibilidade, amanhã, de me tornar o falso sujeito da "formação" do futuro objeto do meu ato formador. É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferenters entre si, quem forma, se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem forma é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os comotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Quem ensina, ensina alguma coisa a alguém". (Paulo Freire)

Minha chefe costuma dizer que sou Freiriana demais. Talvez (muito provável), ela pense que o que defendo seja uma utopia... Mas, como educadora que sou, ser em pensante e em formação permanente, não vejo nenhuma possibilidade de deixar de acreditar nas palavras acima.

domingo, 19 de junho de 2011

Sadness

domingo, junho 19, 2011 1
Sadness is beautiful, loneliness is tragical
so help me I can't win this war, oh no
(Shape of My Heart - Backstreet Boys)


Ela está cansada do quase – palavra desgraçada que incompleta sua vida. Quase ser é não ser. Quase ter é não ter. Quando se tem apenas o quase, sonha-se, mas não se concretiza.

Vê-se uma linha no horizonte que barra o poder ir além. Desejar passa a ser sinônimo de não poder. O quase a faz pensar em como a vida poderia ser perfeita. O quase a faz enlouquecer. Ela queria fazer algo, queria lutar contra. Mas o quase a imobiliza. No fundo, a decisão não é só sua. Quem impõe o quase é o mundo. Um mundo que pesa em seus ombros. Este peso dói. Dói no corpo, na consciência. Dói na alma.

Ela deseja que o quase passe a ser um todo só seu... e entende que esta é uma utopia inalcançável...

sábado, 2 de abril de 2011

Sobre escrever

sábado, abril 02, 2011 2

"Alguns escrevem pela arte, pela linguagem, pela literatura. Esses, sim, são os bons. Eu só escrevo para fazer afagos. E porque eu tinha de encontrar um jeito de alongar os braços. E estreitar distâncias. E encontrar os pássaros: há muitas distâncias em mim (e uma enorme timidez). Uns escrevem grandes obras. Eu só escrevo bilhetes para escondê-los, com todo cuidado, embaixo das portas".
(Rita Apoena)

quinta-feira, 24 de março de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011