domingo, 20 de outubro de 2024

Reflexões sobre aprender a perder quem se ama

domingo, outubro 20, 2024 2
Imagem por Kaboompics, via Pexels.


Perder alguém que se ama não é fácil. Há dor, há vazio, há aquela eterna sensação de chão se abrindo debaixo dos próprios pés, ainda que haja chão e que a gente consiga tocar o nosso próprio corpo. Nossa carne vive, respira, se move — mas a do outro, não. Ela não está mais respirando, coçando a cabeça, sentindo fome, medo, frio, amor. Uma linha tênue separa os mundos, um véu translúcido diz quem tem o direito ou não de envelhecer.

*

A música preenche os espaços vazios: o abraço do desquerido que partiu coração; a falta de companhia na academia; a dança sozinha no quarto depois de um dia ruim no trabalho; a canção de ninar para o sono que não vem.

A música cria laços: a viagem de carro cantada a plenos pulmões; a trilha sonora enquanto encara a fila da compra de um ingresso; a fila presencial antes de entrar no show; a canção de ninar cantada para a barriga que gesta; a música da formatura que marca uma vida; a música que você cresceu vendo os seus avós cantarem e dançarem. A primeira valsa. A trilha sonora da adolescência que antes era dos avós e dos pais e agora é sua, porque os Beatles e os Rolling Stones são eternos. A trilha sonora da adolescência que é só sua e dos seus amigos que amam rock, pop e que, no fundo, também são emos. Laços de amor. Construção de identidade. Identificação com um jeito de ser, com uma cultura, com uma língua, com um grupo.

*

Fui estudar línguas porque não queria depender de tradutor. Quando era adolescente, o Google não era tão bom e a gente ou precisava de uma pessoa proficiente, ou carregava a pilha de dicionários bilíngues por aí e perdia um tempão buscando palavra por palavra como quem procura agulha em palheiro. Eu sabia que cedo ou tarde eu veria os meus ídolos. Eu queria conseguir me comunicar sem depender. Eu procurava independência, ainda que houvesse distância entre nós.

Estudar me ajudou não só a compreender o que cantava, mas também me deu amigos — os laços novamente —, me deu uma profissão, me abriu os olhos para o mundo. Tudo porque eu queria saber o que os cinco caras da rua de trás estavam dizendo. Tê-los como ídolos me deu sonhos. Sonhos que pude realizar não só ao conhecê-los, mas de incontáveis outros jeitos.

*

Não sei lidar com doença, não sei lidar com a morte. O luto para mim é muito difícil, desafiador. Sou uma pessoa apegada e isso complica as coisas. Meus maiores medos envolvem perder pessoas que amo. Sejam essas pessoas familiares, amigos, ídolos. Todas elas, em maior ou menor grau, são do meu convívio diário. Mesmo aquelas que todo mundo diz que não sabem que eu existo. Todas elas, estão aqui: pegando na minha mão, me abraçando, dando apoio no momento difícil. Quantas vezes eu percebi que o meu mal humor era porque estava há tempos sem ouvir música, ou assistir a Friends?

A arte existe com fim em si mesma, mas ela salva a mim, a você, a milhares de pessoas. Ignorar a importância do artista, é negar uma parte de si mesmo.

*

Dizem que as únicas certezas que temos na vida dizem respeito ao nascimento e à morte. Eu incluiria uma terceira: envelhecer é sinônimo de perda. Quanto mais velhos ficamos, mais passamos a perder. Primeiro essa perda vem distante: é um amigo que perde um avô ou uma avó, depois somos nós que perdemos os nossos avós. Até que os lutos vão se aproximando. A morte vai dando os seus lembretes: um pet que morre, depois algum amigo de infância, um professor, nossos ídolos, um irmão, nossos pais... Cada um levando um pedaço nosso, igualmente grande, igualmente precioso, igualmente válido, anda que cada luto seja vivido à sua maneira.

*

Digo que não sei lidar com perdas, porque elas são imprevisíveis e não há mesmo uma receita. Por ironia, é justamente essa imprevisibilidade que nos lembra que estamos vivos, respirando, levando esses quilos de carne e ossos por aí, para trabalhar, amar, sentir. O luto é o tipo de coisa que cada um atravessa de um jeito. Cada um escolhe — conscientemente ou não — o que fazer com esse amor que não tem mais para onde ir.

Não há nada mais insensível do que querer ditar como o outro deve lidar com esse amor represado.

*

Assim como não sei lidar com o luto, não sei bem como terminar essa crônica. O que posso dizer é que se você está passando por isso, não importa quem você tenha perdido, você tem todo o meu amor.


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domingo, 13 de outubro de 2024

{Vou por aí} Niall Horan e The Show Tour

domingo, outubro 13, 2024 1
Bora saber como foi o show do irlandês mais fofo da Irlanda. 💚🍀



Era uma manhã comum.

Nunca fui de ouvir a One Direction, não porque não achasse a banda talentosa, mas sim porque ela se lançou numa época muito tumultuada da minha vida. A verdade é que eu parei mesmo para ouvir seus membros durante a pandemia — e fui parar e escutar os trabalhos solos dos meninos, especialmente Harry, Niall e Louis.

Naquela manhã comum, soube que Niall viria ao Brasil. Entrei no site e comprei o ingresso da pista comum, o mais barato, mais longe — deixei os lugares mais perto para as fãs de longa data. Aquele seria o meu primeiro show no Parque Ibirapuera: um momento inusitado em um lugar frequentado desde a infância.

*

Fez calor a semana toda, então não esperava muito a mudança repentina do tempo. Dos 30ºC da véspera, me vi no parque com um casaquinho de lã, encarando cerca de 15ºC. Estava nublado, ventava. Mas isso não era motivo de desânimo — pelo contrário, o clima mais fresco era bom para cantar e dançar sem passar mal com o calor da multidão.

Cheguei no horário da abertura dos portões. Ambas as filas — da pista premium e a minha, da pista comum — estavam longas. Fui sozinha. Eu me sentia a fã mais velha e isso parecia um pouco estranho. Os outros, mais velhos que eu, estavam acompanhando filhos. Eu fui porque acho as músicas do Niall muito bonitas.

As mais novas tinham laços coloridos no cabelo. Camelôs vendiam — não tanto às escondidas — cangas, bandeiras, os tais laços coloridos, botons e polaroids, enquanto tentavam se desviar de fiscais da prefeitura.

*

Quando a fila andou, a entrada foi tranquila. Logo vi as barracas de comida e bebida, bem como a estação de hidratação. Comprei um hamburguer, uma cerveja e uma água. Pedi licença a uma fã simpática e me sentei na outra ponta da mesa de piquenique. Comi feliz. Era uma comida cara, porém gostosa. Depois, fui buscar um local com uma visão boa. Fiquei longe da muvuca, embaixo de uma árvore frondosa, sobre uma raiz, que me deixava um pouquinho mais alta que as pessoas à minha frente. Ao meu lado, um casal de namorados. Acho que ele havia dado o ingresso de presente para ela. Antes do show de abertura, ele lhe perguntou: “Mor, você está feliz?”, ao que ela respondeu com um sorriso e um selinho.

Esqueci a minha canga, então a capa de chuva me serviu de tapete no chão de terra batida. Conforme foi escurecendo, a lua surgiu no céu e as nuvens se dissiparam.

Ao contrário dos outros shows que fui, as fãs do Niall não deram muita abertura aos sorrisinhos dados para o redor, sendo assim, me dividi entre conversar com as amigas no WhatsApp — enquanto ainda havia sinal de celular — e que ler um pouco no app do Kindle, até o início do show de abertura.

*
Clarissa se apresentando. Clique aqui para ver a setlist.


Não conhecia a cantora. Ela, muito jovem, me lembrou o início de carreira da Mallu Magalhães. Clarissa (@clapivara) cantou suas músicas, e foi ótimo conhecê-la e ver seu talento ao vivo. Cantou no gogó, estava muito feliz. Gosto de ver cantores felizes no palco. Ela disse que cresceu ouvindo One Direction e que se sentia honrada de abrir para o Niall. Dava para notar sinceridade e brilho nos olhos. Foi bonito de presenciar.

“Mor, você está feliz?”

“Muito” — o casal agora estava abraçadinho.

*

Niall entrou pontualmente no palco. A primeira pessoa que avistei foi a violinista. Há duas mulheres na banda. O violino trouxe aquele toque irlandês para os palcos que é gostoso de ouvir. Não pude deixar de me lembrar do Bono falando da conexão Irlanda-Brasil nessa hora. De algum modo, a vi ali, de novo, materializado na energia do Niall. Ele estava visivelmente feliz por estar de volta. As fãs estavam lhe abraçando com gritos entusiasmados e olhares carinhosos. Tudo estava se encaminhando pra uma noite perfeita.

E foi.

Achei muito bonito como as fãs fizeram uma gradação: quase um sussurro no set acústico e cantando a plenos pulmões todas as outras músicas.

“Niall, EU-TE-A-MO! Niall, EU-TE-AMO!” — ele tira o ponto do ouvido — “Niall, EU-TE-A-MO” — ele sorri de mostrar todos os dentes e responde, para a minha surpresa, em português — “Obrigado”.


*

“Mor, você está feliz?”

“Eu não sei como poderia ser mais feliz.” — ele seguia orgulhoso, ela notadamente tinha um sonho realizado.

*

Eu estava feliz também. Valeu a pena ter ido, mesmo que sozinha. O talento do Niall é bonito demais de se presenciar. O amor das fãs é daqueles que revigoriza. Foi uma noite feliz — mesmo tendo que esperar o ônibus por quase uma hora na volta pra casa. Cantei, dancei, chorei, ri e soltei vários "que fofo! Quero levar pra minha casa!". Assim com a Clarissa, a banda, as fãs de desde sempre e o próprio Niall, eu saí do show com um sorriso gigante, com o coração quentinho e com o desejo de mais um.


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domingo, 6 de outubro de 2024

La Intermitencia de las cosas em pré-lançamento

domingo, outubro 06, 2024 3
Leia a versão em português mais abaixo no post. 😉



¡Hola, mi gente!

Mi primer posteo en español es para decirles que mi primer libro fue traducido y está en preventa. El libro se llama La Intermitencia de las cosas: sobre lo que hay entre el vacío y el caos y puedes comprarlo tanto en la página web de Caravana Editorial, cuanto en la librería Caburé Libros, ubicada en Buenos Aires y en la tienda electrónica de mi blog.

Para los que aún no conocen, La Intermitencia de las cosas fue lanzado en portugués en 2019, acá en Brasil, por Editora Penalux (ahora Editora Litteralux), y es un éxito con el público. Ahora, la versión en español llega por Caravana Editorial para brasileños, argentinos y toda la comunidad hispanohablante.

Les dejo abajo todas las informaciones del libro:


Libro: La intermitencia de las cosas: sobre lo que hay entre el vacío y el caos
Autora: Fernanda Rodrigues
Traducción: Paula Correia Ramos
Género literário: Poesia
Número de páginas: 56
Editorial: Caravana
Design: Celeide Luz
Presentación: Fernanda Rodrigues nos lleva por un recorrido en el enmarañado de sus sentimientos que fluctúan entre el vacío y el caos que es vivir y sentir. El dolor y el amor bailan en conjunto con sus palabras a cada nueva página que leemos, como la misma dice “golpeo, muero, renazco” demostrando su fuerza interna de seguir adelante en las intermitencias de los acontecimientos de la vida, en el cual vive el deseo por un equilibrio en el pasado, presente y en el mañana. La autora nos invita a mirar para adentro de uno mismo, en cada línea de perfecto y desperfecto de la rutina, en amores pasados y futuros, valorando las pequeñas cosas del día a día que se convierten en grandes abrazos de confort. Son ciclos que se abren y cierran a cada nueva tomada de aire al buscar su lugar en el mundo, porque “Allí las cosas están bien”. (Ayumi Teruya)

Compra tu libro en la página web de la editorial o autografiado en la tienda de mi blog. En el caso que estés en Buenos Aires, puedes irte a la librería Caburé Libros ubicada en la calle México, 620. Haz un click aquí para ver la ubicación en Google Maps.
 
(Información extra: Caburé Libros — que está en calle México — es cerca de la estátua de Mafalda — que está en calle Chile —, entonces puedes hacer los dos paseos en el mismo día 😉)


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Oi, pessoal!
Escrevo para contar que começou a pré-venda do meu livro em espanhol. Ele se chama La intermitência de las cosas: sobre lo que hay entre el vacío y el caos e você pode comprá-lo tanto no site da Caravana Editorial, quanto presencialmente na livraria Caburé Libros, de Buenos Aires (Argentina), quanto na loja do meu blog.

Para os que ainda não conhecem, o A Intermitência das Coisas foi lançado em português em 2019, aqui no Brasil, pela Editora Penalux (agora chamada Litteralux), e foi um sucesso de público. Agora, a versão em espanhol, La intermitencia de las cosas, chega pela Caravana Editorial para brasileiros, argentinos e toda comunidade falante de espanhol.

Deixo abaixo a ficha técnica da obra:

Título da obra: La intermitencia de las cosas: sobre lo que hay entre el vacío y el caos
Autora:
Fernanda Rodrigues
Tradução: Paula Correia Ramos
Gênero: Poesia
Número de páginas: 56
Editora: Caravana
Design: Celeide Luz
Apresentação (em espanhol): Fernanda Rodrigues nos lleva por un recorrido en el enmarañado de sus sentimientos que fluctúan entre el vacío y el caos que es vivir y sentir. El dolor y el amor bailan en conjunto con sus palabras a cada nueva página que leemos, como la misma dice “golpeo, muero, renazco” demostrando su fuerza interna de seguir adelante en las intermitencias de los acontecimientos de la vida, en el cual vive el deseo por un equilibrio en el pasado, presente y en el mañana. La autora nos invita a mirar para adentro de uno mismo, en cada línea de perfecto y desperfecto de la rutina, en amores pasados y futuros, valorando las pequeñas cosas del día a día que se convierten en grandes abrazos de confort. Son ciclos que se abren y cierran a cada nueva tomada de aire al buscar su lugar en el mundo, porque “Allí las cosas están bien”. (Ayumi Teruya)


Lembrando que você pode comprar o exemplar do seu livro no site da editora ou numa versão com autógrafos na loja do meu blog. Se você estiver em Buenos Aires, pode ir até a livraria Caburé Libros, localizada na rua/calle México, 620. Você pode clicar aqui para ver a localização direto no Google Mapa.


(Uma dica extra: a Caburé Libros — que é na calle México — está próximo da estátua da Mafalda — que é na calle Chile —, então você pode fazer os dois passeios no mesmo dia 😉)
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domingo, 22 de setembro de 2024

{TAG} Aquele em que Friends faz 30

domingo, setembro 22, 2024 0


Hoje, 22 de setembro, marca uma data muito especial: os 30 anos da estreia da minha série preferida: Friends. Por isso, me juntei à minha amiga Ane Venâncio e, com ela, criei a TAG Aquele em que Friends faz 30. Abaixo estão as minhas respostas. Se você quiser responder também, ficarei feliz em ler as suas respostas. Bora lá

1. Qual é a sua ligação com a série? 
Eu não me lembro quando eu comecei a assistir, mas a vida na cidade, a união entre os amigos e a forma como um apoia o outro têm muito a ver com aquilo que levo pra vida. Tem algo que me conforta de saber que não só eu sou assim. Acho que é por isso que essa é o único seriado que eu termino e volto a reassistir over and over again

2. Qual é a sua lembrança mais aleatória com a série?
Tenho duas!

1. O dia em que fui conhecer um boy do Tinder e no meio da conversa, do nada, ele me solta do nada um "Hey, how you doin'?" que me fez gargalhar tão alto (eu realmente não esperava) que o assustou. hahahaha

2. O dia em que a minha querida amiga Bia fez a cheese cake pra mim. Ela usou a receita original da série.

Joey, na sexta temporada, flertando.


3. Com qual personagem você mais se parece e por quê?
Monica Geller, com certeza. Mania de limpeza, a que sempre tem um conselho, a que adora receber as pessoas ("I'm always the host!"), a que faz de tudo pelos amigos e pela família, a que ama o trabalho bem-feito/perfeito, que é meio difícil de lidar às vezes (eu amo aquela cena em que o Chandler diz que fica com ela justamente por isso) e que é romântica ao mesmo tempo, que é a pessoa que a família não entende e meio que deixa de lado, que faz a competição consigo mesma. Definitivamente, eu sou muito a Monica.

4. Com qual personagem você menos se parece e por quê?
Fico dividida entre o Joey e a Phoebe. O Joey porque definitivamente não sei flertar. Já a Phoebe porque ela é muito desprendida da vida. 

5. Qual é o seu personagem preferido e por quê?
Chandler Muriel Bing. Porque ele é tudo: ele é engraçado, sensível, honesto, querido, cheio de traumas, sonhador, romântico, gosta de gatos, e, sobretudo, leal. Quem não quer um Chandler na vida, meu Deus? 

(Eu costumo brincar que a Marta Kauffman e o David Crane deveriam pagar a minha terapia, porque depois que a gente conhece o Chandler, não aceita menos como parceiro romântico na vida — e o Chandler não existe fisicamente, então essa conta não fecha. hahahaha)


Quem nunca se sentiu meio Chandler, que atire a primeira pedra.



6. Qual é o seu episódio preferido de cada temporada?
Lá vem a resposta que me deixa em dúvida e muda o tempo todo... Eu não consigo escolher um só, então vou fazer meu top 3 de cada temporada:

Primeira temporada: "The One with the Blackout" ("Aquele do Blecaute"), "The One with the Fake Monica" ("Aquele da Monica Falsa") e "The One Where Rachel Finds Out" ("Aquele em que Rachel Descobre").

Segunda temporada: "The One Where Heckles Dies" ("Aquele em que Heckles Morre"), "The One Where Ross Finds Out" ("Aquele em que Ross Descobre") e "The One with the Prom Video" ("Aquele com o Vídeo de Formatura").

Terceira temporada: "The One Where Chandler Can't Remember Which Sister" ("Aquele em que Chandler Não Lembra Qual Irmã"), "The One with the Hypnosis Tape" ("Aquele com a Fita de Hipnose"), e "The One with a Chick and a Duck" ("Aquele com o Pintinho e o Pato").

Quarta temporada: "The One with the Free Porn" ("Aquele com a Pornografia de Graça"), "The One with All the Wedding Dresses" ("Aquele com Todos os Vestidos de Noiva"), "The One with Ross's Wedding" ("Aquele do Casamento do Ross").

Quinta temporada: "The One with Ross's Sandwich" ("Aquele do Sanduíche do Ross"), "The One Where Everybody Finds Out" ("Aquele em que Todos Descobrem"), "The One Where Ross Can't Flirt" ("Aquele em que Ross Não Consegue Flertar").

Cena mais linda da história de todas as séries que existem e tenho dito.


Sexta temporada: a sexta temporada é uma das que eu mais gosto, minha vontade era responder: vejam inteira!!!!! Sendo assim, "The One with Unagi" ("Aquele do Unagi"), "The One with the Ring" ("Aquele com o Anel"), "The One with the Proposal" ("Aquele da Proposta de Casamento").

Sétima temporada: "The One Where Rosita Dies" ("Aquele em que Rosita Morre"), "The One with Chandler's Dad" ("Aquele com o Pai do Chandler") e "The One with Monica and Chandler's Wedding" ("Aquele do Casamento da Monica e do Chandler").

Oitava temporada: "The One with Monica's Boots" ("Aquele com as Botas da Monica"), "The One Where Chandler Takes a Bath" ("Aquele em que Chandler Toma Banho de Banheira") e "The One with the Birthing Video" ("Aquele com o Vídeo do Parto").

Nona temporada: "The One with Ross's Inappropriate Song" ("Aquele com a Canção Inadequada do Ross") , "The One with Phoebe's Rats" ("Aquele com os Ratos da Phoebe") e "The One in Barbados" ("Aquele em Barbados").

Décima temporada: "The One with Phoebe's Wedding" ("Aquele com o Casamento de Phoebe"), "The One Where Joey Speaks French" ("Aquele em que Joey Fala Francês"), "The Last One" ("O Último").

7. Qual é o seu episódio preferido de Thanksgiving?
"The one with Chandler in a box" ("Aquele com o Chandler na Caixa"). Tem tudo o que eu amo, incluindo a lealdade entre o Joey e o Chandler. E mostra o Joey todo manteiga derretida no fim. Amo demais! hahaha

8. Qual é o seu episódio de Natal preferido?
"The One with the holiday armadillo" ("Aquele com o Tatu das festividades"). Esse foi o episódio que me ensinou alguma coisa sobre o Hanukkah (Chanucá). Antes dele, não conhecia essa parte da cultura judaica. Além disso, acho muito bonitinho como todos os meninos se mobilizam para ensinar algo para o Ben e para deixá-lo feliz.







9. Qual é a sua participação especial preferida?
Eu amo o personagem do Tom Selleck, o Richard.  Também amo um dos crushes da Rachel, o Gavin, que foi feito pelo Dermot Mulroney. E nem preciso falar da brilhante Maggie Wheeler, com a icônica Janice, preciso? OH MY GOWD.



10. Qual é a sua música da Phoebe preferida?
Eu sei cantar todas as músicas da Pheebs. Além de Smelly Cat, que é hino, eu amo New York city has no powerI'm in a shower e The two of them kissed last night, Sticky shoes e as versões de músicas de natal (Holiday song).

(Dois bônus: um pra ela cantando Lionel Richie com o Chan e outro para paródia de Roxanne: Roooooss caaaaaaan, Rooooooss can gimme the tickets!)

Aperte o play, para ver o show.

11. Qual é o seu episódio de viagem preferido?
A viagem para Londres. Eu AMO o Joey dizendo "London, baby", Pheebs ligando pra tentar resolver tudo e o começo de Mondler. 😍

Quem nunca quis subir no mapa depois de ver o Joey fazendo isso? uashuashu


12. Você mudaria o rumo de algum personagem e por quê?
Não mudaria o rumo, mas queria ter visto o Ben e a Emma juntos. Acho que daria um tiquinho de mais espaço pro Gunther também (eu adoro o Gunther e fiquei muito triste com o falecimento do James😔).

13. Você tem alguma cena preferida? Qual?
Meu top 3: o pedido de casamento da Monica e do Chandler, o casamento deles dois, quando o Chandler convence a Erica que ele e a Mon serão os melhores pais adotivos pro bebê dela (até então, não se sabia que eram gêmeos).
Um bônus: a Rachel chegando no apartamento do Ross no último episódio. 

14. Tem alguma cena que já te fez chorar?
As 4 cenas citadas na resposta acima. TODA VEZ. Eu já sei o que vai rolar, o que eles vão  dizer (às vezes falo junto, até), mas não tem jeito...

15. Você teria coragem de comer o pavê da Rachel?
"Custard good. Jam good. Meat good." (Joey Tribbiani) — eu acho que eu sou do time do Joey. Como gosto de coisas agridoce, ao menos provar, eu provaria.




16. Tem alguma fala da série que você vive repetindo em momentos aleatórios da sua vida?
"London, baby". "It testes like feet". "Pivot!". "My Sandwich." "It's a moo point." "Whoopah!". "bla ble blu blê", pois meu francês é igual o do Joey. Também sou rainha de fazer o gesto do Ross:




17. Se você tivesse que escolher a profissão de um dos 6, qual escolheria e por quê?
Embora não seja na mesma área, eu tenho a profissão do Ross — nós 2 somos professores. Acho que seria atriz como o Joey. É uma profissão que está próxima à literatura. Também seria chef como a Mon. Gosto de ver a comida tanto como um ato de criatividade, quanto como um ato de amor.



18. Que tipo de situação te deixa com vontade de soltar um “ va fa Napoli”? 
Injustiças em geral. Políticos que não acreditam na democracia. Homem fazendo homice. Pessoas que não sabem ser recíprocas. Egoísmo.

19. Qual livro você já quis ou colocou no congelador?
Por incrível que pareça, O iluminado. Ganhei uma cópia de uma amiga. Fiquei com medo. Não li até hoje. (Sou muito fraca pra terror e suspense.)

20. Qual seu corte de cabelo favorito da Rachel? 
Gosto de quando o cabelo está mais ondulado, como no começo da série.




21. Qual personagem secundário você acha que merecia mais destaque na série e por quê?
Gunther. Eu gosto demais dele. Nem sei explicar o motivo, mas gosto.

22. Qual pedido você faria em uma visita ao Central Perk?
Pediria o muffin. Vira e mexe o Joey está comendo um. Se ele gosta, é porque é realmente bom.

23. Qual momento de Friends te deixou com vergonha alheia?
Acho que as piadas sobre ser gorda. Ao mesmo tempo que acho gordofóbico, tem o lado de retratar esse lance de pessoas que cresceram gordas querendo emagrecer e se manter magras a qualquer custo. Conheço muitas mulheres que ainda hoje vivem isso. Acho que isso poderia ser retratado na série de outro modo.

24. Se você pudesse dividir um apartamento com um dos personagens de Friends, quem seria e por quê?
Talvez com o Joey. Eu sou muito certinha e organizada. Ele traria um tico de leveza pra minha vida. (Como aconteceu com a Rachel.)

25. Qual peça de decoração dos apartamentos de Friends você acha que daria um toque especial à sua casa?
Eu amo os tapetes das paredes e do chão do apê da Mon. A clássica moldura amarela e um vaso azul em formato de rosto. 





26. Qual receita da Mônica você tentaria recriar em casa?
Eu sou famosa pela minha lasanha, então a gente tem isso em comum. Acho que faria a receita dos biscoitos de aveia (que era/não era da avó da Phoebe).

27. Tem alguma comida que você guarda só para você? Ou você é como Joey que não compartilhar nenhuma comida? 
Eu confesso que sou meio como o Joey. Então prefiro comprar tudo numa dose extra, assim cada um fica com o seu, ninguém fica sem e eu não preciso dividir. 



28. Qual episódio que você sempre volta quando quer dar boas risadas?
Eu maratono a sexta e a sétima temporadas. 

29. Qual dos hobbies dos personagens você gostaria de experimentar e por quê?
Eu gostaria de tocar violão e compor como a Pheebs. Mas, de novo, Monica e eu temos o mesmo hobby, o tricô. Falando nela, dançaria, fazendo a rotina. hahaha




30. A vida nem sempre segue o script, não é mesmo? Imagine que você está passando por um momento difícil. Qual dos personagens de Friends você procuraria para pedir um conselho?
Sempre que eu estou em um momento difícil, coloco algum episódio em que o Chandler é um dos principais. Fazer isso me tira de crises de ansiedade, me dá alguma dose de esperança. Fazer isso agora, também se tornou uma forma de honrar o Matthew. Eu não bateria à porta do Chandler. Eu ainda bato à porta dele.



E você? Como é a sua relação com Friends? Conte para mim nos comentários e não deixe de ler as respostas da Ane aqui e da Ayumi aqui.

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domingo, 15 de setembro de 2024

Corrida

domingo, setembro 15, 2024 4
Imagem por Studio-72, via Pixabay.

a noite corta o fio de Morfeu com sua navalha.
deveria focar na tentativa de regresso, mas rolo a timeline infinita de vídeos coloridos.
são duas e cinquenta e três, faz frio e eu me sinto paralisada:
não há amor no mundo que me console,
mas tento encontrar gentileza comigo mesma.
o calmante não me acalma.
o chá não me acalma.
a respiração não me acalma.
o ciúme é fruto da sensação da falta
de alguém que, no passado,
perdeu todo mundo que já amou.
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domingo, 8 de setembro de 2024

{Vamos falar sobre escrita?} Entrevista com a escritora Regiane Folter

domingo, setembro 08, 2024 4

Olá, leitores do Algumas Observações.
No post de hoje trago uma entrevista com a escritora contemporânea Regiane Folter. Nós conversamos sobre processo criativo, escrita, mercado editorial e, é claro, sobre os projetos da autora.
Vem conhecer! 😍

Algumas Observações: Qual é a sua memória de leitura mais remota?
Regiane Folter: Lembro de uns livros lindíssimos de contos de fadas que ganhei de presente em alguma data especial. Eram edições de capa dura, ilustrados, grandes e vistosos. Lembro de ler essas histórias com fascinação. Também me recordo com carinho das histórias em quadrinhos da Turma da Mônica que mamãe assinava e chegavam em casa toda semana. Outra boa memória é a de ler uma série de livros em que você ia criando a história conforme lia. Não lembro bem do nome, mas eram sempre livros meios de mistério e você podia ir escolhendo o caminho da história. Com cada decisão, te levava pra uma parte diferente do livro. Me lembro de adorar essas histórias porque me sentia parte delas.

AO: Comente um pouco como foi o seu despertar para a escrita. Você teve aquele momento de deixar de ver a escrita como um hobby e passar a vê-la como um trabalho?
RF: Sem dúvida comecei a escrever como hobby ou talvez como terapia antes mesmo de saber o que era isso. Desde pequena, escrever me ajudava a lidar melhor com minhas emoções, especialmente as mais cinzentas. Também me divertia inventar histórias, criar mundos e personagens. Conforme fui crescendo, a escrita por diversão foi perdendo lugar no meu dia a dia, já que novas responsabilidades terminaram demandando muito do meu tempo. Mas sempre escrevi como uma forma de fazer catarse e digerir meus problemas e dúvidas. Somente em 2017, aos 25 anos, comecei a encarar a escrita realmente como um trabalho, algo que eu queria que se tornasse parte fundamental da minha vida.

AO: Para muitas pessoas é difícil se assumir como escritores. Como foi esse de se inserir no mercado profissional?
RF: Eu demorei uns aninhos pra me chamar de escritora. Acho que só ganhei coragem mesmo quando publiquei meu primeiro livro em 2020, ainda que há três anos já escrevesse e publicasse semanalmente no meu Medium. Penso que o peso do título de “escritora” nos intimida, porque automaticamente nos comparamos com os grandes autores e autoras que seguimos e amamos. Mas é um processo de desconstrução. Existem muitos escritores e escritoras, cada um com o seu tipo de escrita e publicação, e sempre há lugar pra mais um.

Quando me joguei, nunca mais voltei atrás! Hoje me apresento como escritora e a voz já não treme tanto haha!




AO: Você tem alguma formação literária, estuda por conta própria ou escreve de maneira intuitiva? Como é o seu processo de busca por aprimoramento profissional?
RF: Sempre aprendi muito sobre a escrita por meio da prática mesmo, de ir experimentando e melhorando. Estudei jornalismo na faculdade e o curso sem dúvida me ajudou a trabalhar questões de gramática, coesão, coerência, etc. Depois fiz cursos curtos de escrita e sigo autoras que estão constantemente compartilhando prompts e exercícios que me dão ideias novas sobre como e o que escrever.

Ler muito sempre foi vital nesse processo. Leio todos os dias e sinto que com cada livro, com cada texto, aprendo algo novo. Talvez ler seja a melhor ferramenta que temos para aprimorar a nossa escrita.


AO: Como é a sua rotina de trabalho com a escrita? Você estabelece metas para si mesma? Você tem outras ocupações profissionais além da escrita? Se sim, como concilia os dois?
RF: A escrita está muito presente no meu dia porque além dos meus projetos como escritora também trabalho com marketing, que é o meu trabalho formal das 9h às 18h. Todos os dias começo minha manhã dedicando meu tempo a trabalhar na minha escrita, seja escrevendo algum texto novo, editando outros, ou trabalhando em alguma questão de divulgação do meu trabalho como autora. Prefiro fazer isso cedinho antes de me conectar ao trabalho formal porque sou bem morning person e sinto que de manhã é quando tenho mais energia e melhores ideias.

Tenho metas de coisas que quero realizar como autora no ano e logo mês a mês vou acompanhando os resultados. Sou meio a maluca dos Trellos e das planilhas, gosto de ter listas de coisas pra fazer e ir marcando os avanços. Acho que ter objetivos é algo que me dá um gás, me motiva a continuar avançando.

AO: Ainda falando sobre o seu processo de criação, quais são os desafios diários de ser escritora? (Como você lida com a procrastinação? Com medo de não corresponder às expectativas? Às vezes bate aquela sensação de insegurança, sensação de não ser boa o bastante? Como você vence os bloqueios criativos de modo geral?)
RF: Todas as coisas que você menciona eu enfrento quase diariamente. Sinto muita insegurança, me comparo muito com os demais, penso constantemente que não estou fazendo o suficiente. A mente é a minha crítica mais ferrenha e, como a boa perfeccionista que sou, sempre penso que poderia fazer mais ou melhor. Nesses momentos, a melhor coisa termina sendo conversar com alguém, desabafar num papo ou até mesmo num texto e nesses casos a insegurança termina sendo inspiração pra outra história! Ter a terapia em dia também ajuda muito. Nesses últimos anos venho trabalhando muito a paciência, a aceitar o que posso dar neste momento e celebrar as pequenas vitórias. Não é fácil, mas aí vamos!




AO: Falando do texto em si, o que você mais gosta de escrever? Nos conte um pouco dos livros que você já publicou.
RF: O que mais naturalmente me saí é escrever crônicas, reflexões sobre meu cotidiano e as coisas que observo. Também gosto muito de escrever poesia e contos, me diverte inventar histórias totalmente fictícias, sinto que isso me permite me conectar com a minha menina interior. Em 2020 autopubliquei meu primeiro livro, AmoreZ, uma coleção de contos e crônicas sobre as diversas facetas do amor. Logo em 2023 publiquei um romance policial chamado Mulheres que não eram somente vítimascom a editora Folheando.


AO: Você viu diferença entre os processos de criação dos seus diferentes livros? Como funciona o seu processo de pré-publicação dos seus escritos e o que você acha importante fazer antes de soltar um texto no mundo?
RF: Cada livro que publiquei teve um processo bem diferente um do outro. No primeiro, AmoreZ, o caminho foi meio ao revés. Um dia percebi que tinha escrito muitos textos ao redor da temática amor. Alguns estavam publicados no Medium, outros estavam na gaveta, e o que tinham em comum era que sempre falavam sobre algum aspecto ou tipo de amor diferente. Naquela época eu estava aprendendo muito sobre autopublicação porque trabalhava com uma escritora independente e pensei, “por que não autopublicar algo com todos esses relatos?”. Assim comecei a trabalhar na ideia do livro.

Já com Mulheres que não eram somente vítimas me lembro de ter um sonho sobre a história e ficar bastante impactada. Normalmente não me lembro dos meus sonhos, mas esse ficou gravado na minha mente. No dia seguinte comecei a escrever sobre o que tinha sonhado e a história começou a surgir. Primeiro me dediquei a desenhar uma linha do tempo e marcar o que acontecia na história, cada passo dos personagens até chegar ao desenlace. Depois coloquei a mão na massa e comecei realmente a contar a história. É minha história mais longa e a que levou mais tempo pra preparar, meses a fio.

Quando ficou pronta, eu decidi enviá-la a chamados de editoras e algum tempo depois fui aceita pela editora Folheando.

Em ambos casos, trabalhei muito nos textos antes de compartilhá-los com o mundo. Editei e voltei a editar várias vezes. Também compartilhei a ideia com outras pessoas e pedi feedback. Nos dois livros tive o apoio de revisores que me ajudaram com suas visões objetivas a identificar erros e melhorar alguns detalhes. Acho que é fundamental contar com pessoas externas que possam ver coisas que você não enxerga, porque já está tão imersa na história que detalhes passam despercebidos. Então estar aberto aos comentários alheios é fundamental, te ajuda a elevar a história a outro nível.




AO: Falando de leituras, quais são as suas influências, seus autores preferidos?
RF: Gosto de muitos tipos de escrita e gêneros. Sinto que tudo que leio me influencia de alguma maneira. Se penso nos textos, especialmente crônicas e poesia que venho escrevendo e publicando online nos últimos anos, acho que minhas principais influências são autoras e autores que admiro e cujo estilo de escrita direta e impactante é o que aspiro desenvolver na minha: Camila Sosa Villada, rupi kaur, Amanda Lovelace, Marie Gouiric, Carol Bensimon, Maria del Mar Ramón, Paula Gomes, Martha Medeiros, Alex Dimitrov, Chimamanda Ngozi, Aline Valek, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Ruiz Zafón e Isabel Allende são alguns deles. Acredito que o caminho que eles traçaram é o que me inspira a continuar escrevendo.


AO: Qual é o papel das redes sociais para o seu trabalho de escritora? Como é a sua interação com seus leitores na Internet? Como/onde os leitores do Algumas Observações podem entrar em contato com você?
RF: As redes sociais são um canal importante de divulgação, especialmente para autoras independentes como eu. Estou bastante no Instagram e por lá falo muito sobre meus livros. É um dos lugares online onde as pessoas podem me encontrar mais facilmente. Também vejo plataformas estilo Medium e Substack como espaços interessantes de troca e por lá converso com leitores e outros autores. Acho que quando alguém comenta num texto meu ou eu faço isso no texto de outra pessoa se abre um intercâmbio excelente entre as duas partes.

Os leitores do Algumas Observações podem entrar em contato comigo lá no Instagram ou pelas minhas páginas no Medium e Substack. Você pode encontrar todos os meus links e formas de contato no meu site: regianefolter.com

AO: Como você vê o mercado editorial para os novos autores? Quais são os principais desafios para quem quer publicar? Como você vê o cenário para os novos escritores no Brasil?
RF: O mercado editorial é supercompetitivo e não é uma jornada fácil. Há muita gente boa escrevendo e sinto que as editoras tradicionais não possuem lugar pra todo mundo. É desafiante se destacar. Acredito que se você realmente quer escrever e publicar suas histórias, é preciso explorar outros formatos: autopublicar, trabalhar com editoras independentes, participar de chamados de antologias, concursos, etc. São caminhos mais autônomos e que com certeza não vão te permitir viver 100% da sua escrita, mas são ótimos para colocar o seu trabalho pro mundo ver. Além disso, esses espaços te permitem ampliar sua rede de contatos e se conectar com outras pessoas relacionadas ao universo literário. Quem sabe que portas você poderia abrir no dia de amanhã?

AO: Quais conselhos você daria para uma escritora em começo de carreira?
RF: Eu lhe diria que tenha paciência, que o processo é lento e pode levar um tempinho até ela conseguir alcançar seus objetivos. Mas como graças à Deusa não há data de validade para escrever, não é preciso ter pressa. Inclusive, lhe diria que se vamos muito rápido, deixamos de desfrutar do caminho. Então meu outro conselho seria: aproveite! Se divirta com a escrita. Se deixar de ser algo que te motiva e te traz felicidade, perde totalmente o sentido.



AO: Quais são os seus planos futuros? Já pensa em um próximo projeto?
RF: Esse ano estou focada na divulgação de Mulheres que não eram somente vítimas, na minha newsletter no Substack e em continuar alimentando meus outros canais de comunicação. Mas já tenho uma ideia para um próximo livro dando voltas na minha cuca, então quem sabe? Acho que em 2025 essa nova obra vai ganhar mais corpo e vou começar a planejar como trazê-la ao mundo.

AO: Deixe o seu recado para os leitores do Algumas Observações.
RF: Obrigada por conhecer a minha jornada! Se quiser saber mais sobre o meu trabalho, toda a informação está disponível em regianefolter.com.

Se gostou do que eu falei por aqui, vai gostar dos meus livros! AmoreZ e Mulheres que não eram somente vítimas estão disponíveis como ebook na Amazon ou em formato físico. Mais info no meu site.

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Demais escritores entrevistados: 

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domingo, 1 de setembro de 2024

{101 coisas em 1001 dias} A terceira lista

domingo, setembro 01, 2024 11


Olá, pessoal!

Sim, está na hora de dar boas-vindas de novo ao 101 coisas em 1001 dias. Sim, pela terceira vez. Quem acompanha aqui há alguns anos, já sabe que esta não é uma empreitada nova para mim. Pelo contrário, é até meio nostálgica. A vontade renasceu porque eu me peguei pensando em tudo o que queria ter feito e não fiz até hoje. Em todas aquelas coisas que eu já passei mais de décadas dizendo que faria e não tive coragem. Somado a isso, hoje começa o meu mês e daqui a dois anos eu chego aos 40. Me pareceu um bom momento de resgatar o projeto e traçar um plano que durasse 1001 dias (pouco mais de 2 anos).

Para quem não conhece, a ideia do 101 things in 1001 days é do Michael Green, do Day Zero. A versão brasileira foi feita por Patricia Muller (com a devida autorização de Green), depois que ela viu que a experiência de ter uma lista destas valia a pena. As metas, conforme a descrição da própria Patricia Muller, devem ser "específicas, realistas, mensuráveis e exigir algum esforço da sua parte, mesmo que pequeno".

Olhar para o futuro tem sido um problema para mim. Então, rever as minhas primeiras listas, me deu uma sensação boa. Embora eu não tenha feito tudo em nenhuma das duas vezes, eu conquistei muita coisa, só por ter a lista. E isso me trouxe um quentinho no coração. Acho que, justamente por conta desta sensação feliz, eu resolvi tentar mais uma vez. 💚

Você pode ler a minha terceira lista clicando aqui. O link para ela também ficará na barra lateral do blog (para quem acessa via tablet ou computador) e na parte debaixo dos posts (para quem acessa do celular).

Me desejem boa sorte. 😉
Um feliz setembro para todos nós!
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domingo, 18 de agosto de 2024

Inabilidade

domingo, agosto 18, 2024 12



Não consigo dormir com barulho de chuva. Acordo às 03:03 com a ansiedade do meio-dia. O fim do inverno traz consigo as águas do recomeço,  e eu fico criando várias cenas sem sentido na minha cabeça. Discursos imaginários de alguém que resolveu transformar viagem em profissão.

Não consigo dormir e penso que a insônia tem se tornado frequente nos últimos dois anos. Logo eu, que sempre fui de encostar e mergulhar nas profundezas em menos de segundos.

Parando para pensar: sempre fui de dormir muito e de sonhar acordada. As imagens quase nunca apareciam vindas do inconsciente. Isso até esses últimos dois anos trazerem a insônia. Ainda sonho acordada — e, por isso, não durmo —, mas tenho sonhado mais dormindo também.

O caos me acompanha em sua intermitência sem fim. É o caos que rasgaa minha pele, me expondo as milhões de moléculas que compõem as células do meucorpo. Não consigo dormir com o barulho da chuva e não posso deixar de sorrir ao me lembrar do seu rosto me encarando na chamada de vídeo que fizemos por uma tela de celular.

Sonhos se convertem em eternidade de verão?

Sinto que sou uma escritora fajuta quando o assunto é redigir novas memórias. Por favor, não me leve a mal: sou boa em racionalizar palavras, mas falho em verbalizar desejos. Falo muito, tanto que me afogo, te afogo, nos afogamos a ponto de você desistir sem tentar.

Sonhos não são eternos. Eles se materializam numa amizade insossa e sem muito sentido.
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domingo, 11 de agosto de 2024

{Tag} Hábitos de leitura

domingo, agosto 11, 2024 12
A estátua do Drummond e eu, lá no Rio de Janeiro.


Vi essa tag no blog Parafraseando com Vanessa e sabia que tinha que responder. Adoro compartilhar essas experiências de leituras com vocês e sempre penso que esta é uma ótima oportunidade de a gente se conhecer. Bora lá?!

Lendo no parque.


Você tem um local específico em casa para ler?
Eu sou uma leitora que se aventura ler em qualquer lugar. Quando em casa, leio na cama ou no sofá. Mas adoro ler no parque e na cafeteria. Além disso, sempre leio em trânsito, no metrô. 

Marcador de página ou qualquer pedaço de papel?
Marcador de página na maior parte das vezes. Normalmente uso ou o que faz parte da divulgação do livro, ou os marcadores que fiz para os meus livros. Além disso, também gosto de usar post-its/flags para destacar os meus trechos preferidos.

Você pode simplesmente parar de ler ou precisa finalizar um capítulo/quantidade de páginas?
Sempre que posso, concluo o capítulo. Eu gosto de ter a ideia concluída antes de interromper a leitura.

Meu primeiro livro em Paraty. 

Você come ou bebe enquanto lê?
Eu gosto de ter café ou chá enquanto leio, mas nada que seja estritamente obrigatório.

Você é multasking e assiste tv ou ouve música quando lê?
Às vezes ouço música. O que faço é escolher uma língua diferente da que estou lendo, assim não me atrapalho ou me distraio com a leitura.

Um livro de cada vez ou vários?
Vários. Eu gosto de ir alternando os gêneros literários e a densidade das leituras. Fora que sempre estou lendo alguma coisa relacionada aos meus estudos e trabalho.

Ler em casa ou em qualquer lugar?
Em casa E em qualquer outro lugar! hehehe

Você lê em voz alta ou apenas na sua cabeça?
Eu faço a leitura silenciosa. Leio em voz alta apenas o que escrevo. Esta é uma das formas de fazer ajustes nos meus textos que serão eternizados nos meus livros.

Você lê tudo ou pula páginas?
Leio o miolo todo. A contracapa e as orelhas, muitas vezes eu pulo.

Você quebra a lombada ou mantém o livro como novo?
Eu procuro manter o livro o mais novo possível. Odeio quebrar a lombada.

Você escreve em seus livros?
Não. Eu não gosto de escrever nos meus livros. Eu gosto de fazer anotações no meu diário ou nos meus registros de leitura no Notion. Durante a leitura, vou colocando os post-its e depois reviso tudo ao fazer as anotações. 


Os dois livros escritos por mim.

Amei responder a esta tag! Agora quero ouvir de vocês, quais são os seus hábitos de leitura? Vocês podem compartilhar nos comentários ou responder a esta tag nos seus respectivos blogs. Se fizerem isso, deixem o link aqui para que eu possa ler. :)

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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.