domingo, 8 de setembro de 2024

{Vamos falar sobre escrita?} Entrevista com a escritora Regiane Folter

domingo, setembro 08, 2024 3

Olá, leitores do Algumas Observações.
No post de hoje trago uma entrevista com a escritora contemporânea Regiane Folter. Nós conversamos sobre processo criativo, escrita, mercado editorial e, é claro, sobre os projetos da autora.
Vem conhecer! 😍

Algumas Observações: Qual é a sua memória de leitura mais remota?
Regiane Folter: Lembro de uns livros lindíssimos de contos de fadas que ganhei de presente em alguma data especial. Eram edições de capa dura, ilustrados, grandes e vistosos. Lembro de ler essas histórias com fascinação. Também me recordo com carinho das histórias em quadrinhos da Turma da Mônica que mamãe assinava e chegavam em casa toda semana. Outra boa memória é a de ler uma série de livros em que você ia criando a história conforme lia. Não lembro bem do nome, mas eram sempre livros meios de mistério e você podia ir escolhendo o caminho da história. Com cada decisão, te levava pra uma parte diferente do livro. Me lembro de adorar essas histórias porque me sentia parte delas.

AO: Comente um pouco como foi o seu despertar para a escrita. Você teve aquele momento de deixar de ver a escrita como um hobby e passar a vê-la como um trabalho?
RF: Sem dúvida comecei a escrever como hobby ou talvez como terapia antes mesmo de saber o que era isso. Desde pequena, escrever me ajudava a lidar melhor com minhas emoções, especialmente as mais cinzentas. Também me divertia inventar histórias, criar mundos e personagens. Conforme fui crescendo, a escrita por diversão foi perdendo lugar no meu dia a dia, já que novas responsabilidades terminaram demandando muito do meu tempo. Mas sempre escrevi como uma forma de fazer catarse e digerir meus problemas e dúvidas. Somente em 2017, aos 25 anos, comecei a encarar a escrita realmente como um trabalho, algo que eu queria que se tornasse parte fundamental da minha vida.

AO: Para muitas pessoas é difícil se assumir como escritores. Como foi esse de se inserir no mercado profissional?
RF: Eu demorei uns aninhos pra me chamar de escritora. Acho que só ganhei coragem mesmo quando publiquei meu primeiro livro em 2020, ainda que há três anos já escrevesse e publicasse semanalmente no meu Medium. Penso que o peso do título de “escritora” nos intimida, porque automaticamente nos comparamos com os grandes autores e autoras que seguimos e amamos. Mas é um processo de desconstrução. Existem muitos escritores e escritoras, cada um com o seu tipo de escrita e publicação, e sempre há lugar pra mais um.

Quando me joguei, nunca mais voltei atrás! Hoje me apresento como escritora e a voz já não treme tanto haha!




AO: Você tem alguma formação literária, estuda por conta própria ou escreve de maneira intuitiva? Como é o seu processo de busca por aprimoramento profissional?
RF: Sempre aprendi muito sobre a escrita por meio da prática mesmo, de ir experimentando e melhorando. Estudei jornalismo na faculdade e o curso sem dúvida me ajudou a trabalhar questões de gramática, coesão, coerência, etc. Depois fiz cursos curtos de escrita e sigo autoras que estão constantemente compartilhando prompts e exercícios que me dão ideias novas sobre como e o que escrever.

Ler muito sempre foi vital nesse processo. Leio todos os dias e sinto que com cada livro, com cada texto, aprendo algo novo. Talvez ler seja a melhor ferramenta que temos para aprimorar a nossa escrita.


AO: Como é a sua rotina de trabalho com a escrita? Você estabelece metas para si mesma? Você tem outras ocupações profissionais além da escrita? Se sim, como concilia os dois?
RF: A escrita está muito presente no meu dia porque além dos meus projetos como escritora também trabalho com marketing, que é o meu trabalho formal das 9h às 18h. Todos os dias começo minha manhã dedicando meu tempo a trabalhar na minha escrita, seja escrevendo algum texto novo, editando outros, ou trabalhando em alguma questão de divulgação do meu trabalho como autora. Prefiro fazer isso cedinho antes de me conectar ao trabalho formal porque sou bem morning person e sinto que de manhã é quando tenho mais energia e melhores ideias.

Tenho metas de coisas que quero realizar como autora no ano e logo mês a mês vou acompanhando os resultados. Sou meio a maluca dos Trellos e das planilhas, gosto de ter listas de coisas pra fazer e ir marcando os avanços. Acho que ter objetivos é algo que me dá um gás, me motiva a continuar avançando.

AO: Ainda falando sobre o seu processo de criação, quais são os desafios diários de ser escritora? (Como você lida com a procrastinação? Com medo de não corresponder às expectativas? Às vezes bate aquela sensação de insegurança, sensação de não ser boa o bastante? Como você vence os bloqueios criativos de modo geral?)
RF: Todas as coisas que você menciona eu enfrento quase diariamente. Sinto muita insegurança, me comparo muito com os demais, penso constantemente que não estou fazendo o suficiente. A mente é a minha crítica mais ferrenha e, como a boa perfeccionista que sou, sempre penso que poderia fazer mais ou melhor. Nesses momentos, a melhor coisa termina sendo conversar com alguém, desabafar num papo ou até mesmo num texto e nesses casos a insegurança termina sendo inspiração pra outra história! Ter a terapia em dia também ajuda muito. Nesses últimos anos venho trabalhando muito a paciência, a aceitar o que posso dar neste momento e celebrar as pequenas vitórias. Não é fácil, mas aí vamos!




AO: Falando do texto em si, o que você mais gosta de escrever? Nos conte um pouco dos livros que você já publicou.
RF: O que mais naturalmente me saí é escrever crônicas, reflexões sobre meu cotidiano e as coisas que observo. Também gosto muito de escrever poesia e contos, me diverte inventar histórias totalmente fictícias, sinto que isso me permite me conectar com a minha menina interior. Em 2020 autopubliquei meu primeiro livro, AmoreZ, uma coleção de contos e crônicas sobre as diversas facetas do amor. Logo em 2023 publiquei um romance policial chamado Mulheres que não eram somente vítimascom a editora Folheando.


AO: Você viu diferença entre os processos de criação dos seus diferentes livros? Como funciona o seu processo de pré-publicação dos seus escritos e o que você acha importante fazer antes de soltar um texto no mundo?
RF: Cada livro que publiquei teve um processo bem diferente um do outro. No primeiro, AmoreZ, o caminho foi meio ao revés. Um dia percebi que tinha escrito muitos textos ao redor da temática amor. Alguns estavam publicados no Medium, outros estavam na gaveta, e o que tinham em comum era que sempre falavam sobre algum aspecto ou tipo de amor diferente. Naquela época eu estava aprendendo muito sobre autopublicação porque trabalhava com uma escritora independente e pensei, “por que não autopublicar algo com todos esses relatos?”. Assim comecei a trabalhar na ideia do livro.

Já com Mulheres que não eram somente vítimas me lembro de ter um sonho sobre a história e ficar bastante impactada. Normalmente não me lembro dos meus sonhos, mas esse ficou gravado na minha mente. No dia seguinte comecei a escrever sobre o que tinha sonhado e a história começou a surgir. Primeiro me dediquei a desenhar uma linha do tempo e marcar o que acontecia na história, cada passo dos personagens até chegar ao desenlace. Depois coloquei a mão na massa e comecei realmente a contar a história. É minha história mais longa e a que levou mais tempo pra preparar, meses a fio.

Quando ficou pronta, eu decidi enviá-la a chamados de editoras e algum tempo depois fui aceita pela editora Folheando.

Em ambos casos, trabalhei muito nos textos antes de compartilhá-los com o mundo. Editei e voltei a editar várias vezes. Também compartilhei a ideia com outras pessoas e pedi feedback. Nos dois livros tive o apoio de revisores que me ajudaram com suas visões objetivas a identificar erros e melhorar alguns detalhes. Acho que é fundamental contar com pessoas externas que possam ver coisas que você não enxerga, porque já está tão imersa na história que detalhes passam despercebidos. Então estar aberto aos comentários alheios é fundamental, te ajuda a elevar a história a outro nível.




AO: Falando de leituras, quais são as suas influências, seus autores preferidos?
RF: Gosto de muitos tipos de escrita e gêneros. Sinto que tudo que leio me influencia de alguma maneira. Se penso nos textos, especialmente crônicas e poesia que venho escrevendo e publicando online nos últimos anos, acho que minhas principais influências são autoras e autores que admiro e cujo estilo de escrita direta e impactante é o que aspiro desenvolver na minha: Camila Sosa Villada, rupi kaur, Amanda Lovelace, Marie Gouiric, Carol Bensimon, Maria del Mar Ramón, Paula Gomes, Martha Medeiros, Alex Dimitrov, Chimamanda Ngozi, Aline Valek, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Ruiz Zafón e Isabel Allende são alguns deles. Acredito que o caminho que eles traçaram é o que me inspira a continuar escrevendo.


AO: Qual é o papel das redes sociais para o seu trabalho de escritora? Como é a sua interação com seus leitores na Internet? Como/onde os leitores do Algumas Observações podem entrar em contato com você?
RF: As redes sociais são um canal importante de divulgação, especialmente para autoras independentes como eu. Estou bastante no Instagram e por lá falo muito sobre meus livros. É um dos lugares online onde as pessoas podem me encontrar mais facilmente. Também vejo plataformas estilo Medium e Substack como espaços interessantes de troca e por lá converso com leitores e outros autores. Acho que quando alguém comenta num texto meu ou eu faço isso no texto de outra pessoa se abre um intercâmbio excelente entre as duas partes.

Os leitores do Algumas Observações podem entrar em contato comigo lá no Instagram ou pelas minhas páginas no Medium e Substack. Você pode encontrar todos os meus links e formas de contato no meu site: regianefolter.com

AO: Como você vê o mercado editorial para os novos autores? Quais são os principais desafios para quem quer publicar? Como você vê o cenário para os novos escritores no Brasil?
RF: O mercado editorial é supercompetitivo e não é uma jornada fácil. Há muita gente boa escrevendo e sinto que as editoras tradicionais não possuem lugar pra todo mundo. É desafiante se destacar. Acredito que se você realmente quer escrever e publicar suas histórias, é preciso explorar outros formatos: autopublicar, trabalhar com editoras independentes, participar de chamados de antologias, concursos, etc. São caminhos mais autônomos e que com certeza não vão te permitir viver 100% da sua escrita, mas são ótimos para colocar o seu trabalho pro mundo ver. Além disso, esses espaços te permitem ampliar sua rede de contatos e se conectar com outras pessoas relacionadas ao universo literário. Quem sabe que portas você poderia abrir no dia de amanhã?

AO: Quais conselhos você daria para uma escritora em começo de carreira?
RF: Eu lhe diria que tenha paciência, que o processo é lento e pode levar um tempinho até ela conseguir alcançar seus objetivos. Mas como graças à Deusa não há data de validade para escrever, não é preciso ter pressa. Inclusive, lhe diria que se vamos muito rápido, deixamos de desfrutar do caminho. Então meu outro conselho seria: aproveite! Se divirta com a escrita. Se deixar de ser algo que te motiva e te traz felicidade, perde totalmente o sentido.



AO: Quais são os seus planos futuros? Já pensa em um próximo projeto?
RF: Esse ano estou focada na divulgação de Mulheres que não eram somente vítimas, na minha newsletter no Substack e em continuar alimentando meus outros canais de comunicação. Mas já tenho uma ideia para um próximo livro dando voltas na minha cuca, então quem sabe? Acho que em 2025 essa nova obra vai ganhar mais corpo e vou começar a planejar como trazê-la ao mundo.

AO: Deixe o seu recado para os leitores do Algumas Observações.
RF: Obrigada por conhecer a minha jornada! Se quiser saber mais sobre o meu trabalho, toda a informação está disponível em regianefolter.com.

Se gostou do que eu falei por aqui, vai gostar dos meus livros! AmoreZ e Mulheres que não eram somente vítimas estão disponíveis como ebook na Amazon ou em formato físico. Mais info no meu site.

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Demais escritores entrevistados: 

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domingo, 1 de setembro de 2024

{101 coisas em 1001 dias} A terceira lista

domingo, setembro 01, 2024 10


Olá, pessoal!

Sim, está na hora de dar boas-vindas de novo ao 101 coisas em 1001 dias. Sim, pela terceira vez. Quem acompanha aqui há alguns anos, já sabe que esta não é uma empreitada nova para mim. Pelo contrário, é até meio nostálgica. A vontade renasceu porque eu me peguei pensando em tudo o que queria ter feito e não fiz até hoje. Em todas aquelas coisas que eu já passei mais de décadas dizendo que faria e não tive coragem. Somado a isso, hoje começa o meu mês e daqui a dois anos eu chego aos 40. Me pareceu um bom momento de resgatar o projeto e traçar um plano que durasse 1001 dias (pouco mais de 2 anos).

Para quem não conhece, a ideia do 101 things in 1001 days é do Michael Green, do Day Zero. A versão brasileira foi feita por Patricia Muller (com a devida autorização de Green), depois que ela viu que a experiência de ter uma lista destas valia a pena. As metas, conforme a descrição da própria Patricia Muller, devem ser "específicas, realistas, mensuráveis e exigir algum esforço da sua parte, mesmo que pequeno".

Olhar para o futuro tem sido um problema para mim. Então, rever as minhas primeiras listas, me deu uma sensação boa. Embora eu não tenha feito tudo em nenhuma das duas vezes, eu conquistei muita coisa, só por ter a lista. E isso me trouxe um quentinho no coração. Acho que, justamente por conta desta sensação feliz, eu resolvi tentar mais uma vez. 💚

Você pode ler a minha terceira lista clicando aqui. O link para ela também ficará na barra lateral do blog (para quem acessa via tablet ou computador) e na parte debaixo dos posts (para quem acessa do celular).

Me desejem boa sorte. 😉
Um feliz setembro para todos nós!
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domingo, 18 de agosto de 2024

Inabilidade

domingo, agosto 18, 2024 12



Não consigo dormir com barulho de chuva. Acordo às 03:03 com a ansiedade do meio-dia. O fim do inverno traz consigo as águas do recomeço,  e eu fico criando várias cenas sem sentido na minha cabeça. Discursos imaginários de alguém que resolveu transformar viagem em profissão.

Não consigo dormir e penso que a insônia tem se tornado frequente nos últimos dois anos. Logo eu, que sempre fui de encostar e mergulhar nas profundezas em menos de segundos.

Parando para pensar: sempre fui de dormir muito e de sonhar acordada. As imagens quase nunca apareciam vindas do inconsciente. Isso até esses últimos dois anos trazerem a insônia. Ainda sonho acordada — e, por isso, não durmo —, mas tenho sonhado mais dormindo também.

O caos me acompanha em sua intermitência sem fim. É o caos que rasgaa minha pele, me expondo as milhões de moléculas que compõem as células do meucorpo. Não consigo dormir com o barulho da chuva e não posso deixar de sorrir ao me lembrar do seu rosto me encarando na chamada de vídeo que fizemos por uma tela de celular.

Sonhos se convertem em eternidade de verão?

Sinto que sou uma escritora fajuta quando o assunto é redigir novas memórias. Por favor, não me leve a mal: sou boa em racionalizar palavras, mas falho em verbalizar desejos. Falo muito, tanto que me afogo, te afogo, nos afogamos a ponto de você desistir sem tentar.

Sonhos não são eternos. Eles se materializam numa amizade insossa e sem muito sentido.
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domingo, 11 de agosto de 2024

{Tag} Hábitos de leitura

domingo, agosto 11, 2024 12
A estátua do Drummond e eu, lá no Rio de Janeiro.


Vi essa tag no blog Parafraseando com Vanessa e sabia que tinha que responder. Adoro compartilhar essas experiências de leituras com vocês e sempre penso que esta é uma ótima oportunidade de a gente se conhecer. Bora lá?!

Lendo no parque.


Você tem um local específico em casa para ler?
Eu sou uma leitora que se aventura ler em qualquer lugar. Quando em casa, leio na cama ou no sofá. Mas adoro ler no parque e na cafeteria. Além disso, sempre leio em trânsito, no metrô. 

Marcador de página ou qualquer pedaço de papel?
Marcador de página na maior parte das vezes. Normalmente uso ou o que faz parte da divulgação do livro, ou os marcadores que fiz para os meus livros. Além disso, também gosto de usar post-its/flags para destacar os meus trechos preferidos.

Você pode simplesmente parar de ler ou precisa finalizar um capítulo/quantidade de páginas?
Sempre que posso, concluo o capítulo. Eu gosto de ter a ideia concluída antes de interromper a leitura.

Meu primeiro livro em Paraty. 

Você come ou bebe enquanto lê?
Eu gosto de ter café ou chá enquanto leio, mas nada que seja estritamente obrigatório.

Você é multasking e assiste tv ou ouve música quando lê?
Às vezes ouço música. O que faço é escolher uma língua diferente da que estou lendo, assim não me atrapalho ou me distraio com a leitura.

Um livro de cada vez ou vários?
Vários. Eu gosto de ir alternando os gêneros literários e a densidade das leituras. Fora que sempre estou lendo alguma coisa relacionada aos meus estudos e trabalho.

Ler em casa ou em qualquer lugar?
Em casa E em qualquer outro lugar! hehehe

Você lê em voz alta ou apenas na sua cabeça?
Eu faço a leitura silenciosa. Leio em voz alta apenas o que escrevo. Esta é uma das formas de fazer ajustes nos meus textos que serão eternizados nos meus livros.

Você lê tudo ou pula páginas?
Leio o miolo todo. A contracapa e as orelhas, muitas vezes eu pulo.

Você quebra a lombada ou mantém o livro como novo?
Eu procuro manter o livro o mais novo possível. Odeio quebrar a lombada.

Você escreve em seus livros?
Não. Eu não gosto de escrever nos meus livros. Eu gosto de fazer anotações no meu diário ou nos meus registros de leitura no Notion. Durante a leitura, vou colocando os post-its e depois reviso tudo ao fazer as anotações. 


Os dois livros escritos por mim.

Amei responder a esta tag! Agora quero ouvir de vocês, quais são os seus hábitos de leitura? Vocês podem compartilhar nos comentários ou responder a esta tag nos seus respectivos blogs. Se fizerem isso, deixem o link aqui para que eu possa ler. :)

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domingo, 4 de agosto de 2024

Reflexões sobre a simplicidade

domingo, agosto 04, 2024 6
Meu minibuquê de sempre-vivas. 


Às vezes, o que precisamos é de simplificar. Fazer o que tem que ser feito, não ficar pensando muito. Sabe aquela conversa difícil, aquela tarefa chata do trabalho, aquela pinha de roupa no canto do quarto? Não pensar muito. Ir lá e fazer. Falar. Entregar.

Quando o blog completou 18 anos, muitas pessoas me parabenizaram pela consistência. "Como manter um site por tanto tempo?" é a pergunta que ainda hoje mais ouço. Pois bem, a fórmula mágica é essa: aparecer. Vir aqui, clicar em "novo post", escrever e colocar os pensamentos no ar.

O problema, para mim ao menos, é que em alguns momentos eu me esqueço de levar esta máxima para a vida. As coisas mais óbvias, mais simples, são aquelas que precisam ser lembradas constantemente. Em uma época em que é fácil ser engolida por mil uma tarefas, mil e uma informações, mil e um medos, é fácil ser devorada por qualquer coisa que não seja realmente importante. 

Tenho pensado muito sobre isso. Sobre o que é simples e essencial. Sobre o que me traz pro eixo e me acalma. Sobre o que me tira dessa máquina de moer carne que é este tempo em que tudo tem que ser novo e pra ontem. O que traz calma e paz?

Não consigo encontrar uma resposta certa, mas tenho algumas pistas. Bloquinhos de coisas que posso montar e desmontar de modos diferentes, a depender das circunstâncias: conversar com quem amo, bolo, banho quente, chá, vídeos de stand up no YouTube, colocar no papel novos planos, um docinho depois do almoço, uma caminhadinha ao sol, visitar museus, escrever em cafeterias, gargalhar espontaneamente, ir a shows, limpar a casa, brincar com as gatas, postar no blog, estudar, visitar um parque, fotografar o que me chama a atenção, minha flor preferida, a ternura do amor...

Às vezes, o que precisamos é simplificar.

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domingo, 28 de julho de 2024

Livros lidos no primeiro semestre de 2024

domingo, julho 28, 2024 16


2024 tem sido mentalmente desafiador, então isso acabou se refletindo nas leituras. Comecei muitos livros, mas o meu foco andou meio prejudicado. Ainda assim, consegui terminar 7 dos muitos livros (nem contei quantos) começados e uma zine. 

Queria ter feito uma resenha para cada um deles (fiz apenas para o Clarice Lispector: pinturas), mas a exaustão mental não deixou. (Quem sabe mais pra frente?) Mesmo assim, quero fazer um registro das leituras aqui no blog. Também gravei um pequeno vídeo lá para o canal (abaixo), em que comento um pouco de como foi cada leitura.

Se você puder, se inscreva no canal, curta e compartilhe. 😉
 

Sobre os livros: 


Livro: Latim em pó: um passeio pela formação do nosso português
Autor: Caetano W. Galindo
Páginas: 232
Editora: Companhia das Letras
Apresentação: O idioma que usamos todos os dias é aqui explicado por Caetano W. Galindo, um dos maiores tradutores do país, com maestria e desenvoltura. Com o intuito de expor o trajeto de formação da língua portuguesa, o novo livro do professor, tradutor, pesquisador e escritor Caetano W. Galindo instiga o leitor a se questionar sobre o idioma que utiliza no dia a dia. Através de uma prosa fluida e envolvente, Galindo não só reconstitui a história de nosso idioma como também fala sobre os desvios, muitas vezes considerados "erros", que formam e modificam a língua desde sua criação. Começando pela Europa e pelo latim, com especial atenção a Roma, passando pela Reconquista e pelo colonialismo na África e na América Latina, o autor traça um panorama amplo e compreensível da nossa língua materna. "Não contente em ser um dos melhores tradutores do país, Caetano Galindo também nos presenteia com uma das melhores leituras da nossa língua, sua história, seus aspectos e usos. Este livro é um passeio, uma navegação pelo português e pelo Brasil." -- Noemi Jaffe




Livro: Escrita em movimento: sete princípios do fazer literário
Autora: Noemi Jaffe
Páginas: 192
Editora: Companhia das Letras
Apresentação: Após décadas ministrando oficinas literárias, Noemi Jaffe decidiu sintetizar seus ensinamentos em sete princípios fundamentais. Voltado a escritores iniciantes ou experientes, Escrita em movimento não é um mero manual, mas uma jornada pela exploração e pelo desenvolvimento da voz literária única de cada artista através da conscientização dos próprios processos. Desde que as oficinas literárias surgiram, debate-se uma questão central: é possível aprender a produzir ficção, da mesma maneira como se estuda outros ofícios? Se existe uma forma de transmitir esse conhecimento, não é com regras e truques de manual, e sim pensando a escrita de modo aberto e livre, através de preceitos norteadores que perpassam a linguagem. E é essa a proposta deste livro, uma reflexão sobre o próprio processo de escrever -- da escolha cuidadosa das palavras à intenção por trás de cada texto, da busca pela originalidade ao mergulho corajoso na experimentação literária. Sintetizando a vasta experiência de Noemi Jaffe em sala de aula, Escrita em movimento traz também entrevistas com diferentes autores de destaque, como Beatriz Bracher, Milton Hatoum, Eliana Alves Cruz, entre outros, para oferecer variados pontos de vista a respeito dos princípios que estruturam o texto e que integram a caixa de ferramentas de todo artista da palavra, proporcionando um panorama amplo da escrita contemporânea, que recusa todos os rótulos.




Livro: Silêncio na era do ruído
Autor: Erling Kagge
Páginas: 80
Editora: Objetiva
Apresentação: Uma viagem pessoal e filosófica sobre a importância do silêncio. Com o barulho do trânsito, dos celulares e dos nossos próprios pensamentos, o silêncio parece algo inalcançável. A partir de sua experiência pessoal e das ideias de filósofos, escritores e artistas clássicos e contemporâneos, o explorador e escritor norueguês Erling Kagge reflete sobre a importância de trancar o mundo do lado de fora. Segundo ele, silêncio não significa necessariamente ausência de ruído, e sim um recurso que está ao alcance de todos nós, em qualquer lugar: no meio do deserto e do polo sul, mas também no chuveiro ou na pista de dança. Por meio dele, aprendemos a nos conhecer melhor. Um livro sensível e brilhante, que faz com que o leitor volte a se deslumbrar com o mundo.


Livro: Clarice Lispector: pinturas
Autor: Carlos Mendes de Sousa
Páginas: 272
Editora: Rocco
Apresentação: Mais uma faceta pouco conhecida da escritora Clarice Lispector vem a público nesta obra, do português Carlos Mendes de Sousa. Grande admiradora das artes, Clarice tinha especial interesse pela pintura, conviveu com diversos artistas e produziu suas próprias pinceladas, cerca de 20 delas reproduzidas no livro. 'A atmosfera pictórica contamina a escrita de Clarice Lispector em aspectos mais ou menos visíveis', afirma Sousa, que reflete sobre a obra da escritora à luz de sua relação com a pintura. | Leia a resenha aqui.



Livro: Bifurcações
Autor: Pedro Tavares
Páginas: 172
Editora: Patuá
Apresentação: Nesta belíssima coleção, Pedro Tavares mostra seu olhar afiado de cronista e romancista para a vida cotidiana, dessa vez abordando o amor e suas muitas variações. Temos, aqui, o amor correspondido e o não correspondido, o amor secreto, o amor passageiro, o amor renovado e o amor possível, descritos em histórias que passeiam entre diferentes gêneros e registros. No cerne, os 23 contos deste livro acompanham momentos em que seus personagens se encontram diante de escolhas – de bifurcações –, onde o amor pode prosperar ou definhar, existir ou desaparecer, salvar ou destruir. São histórias que nos encantam por sua aparente simplicidade, mas que revelam, em suas curtas páginas, profundezas intrigantes, instigantes. Cuidado: nessas profundezas, Pedro escondeu espelhos que nos encaram de volta. — Ivan Nery Cardoso



Livro: Sonetos de amor e sacanagem
Autor: Gregório Duvivier
Páginas: 112
Editora: Companhia das Letras
Apresentação: Em seu novo livro de poemas, o escritor, ator e roteirista combina o rigor da forma fixa com seu estilo mordaz e hilariante. Ah, o amor -- te dirão -- é coisa séria!/ mas, depois de brincar de gato e rato,/ quem brincou já não quer pagar o pato/ e do amor só herdamos a bactéria." Nos 48 sonetos reunidos aqui, Gregorio Duvivier visita uma ampla galeria de assuntos. Descreve a angústia e o tédio da adolescência. Comenta o noticiário, a política, o Brasil e a pandemia. Analisa a língua portuguesa, os modismos importados na Faria Lima, a pecha de preguiçoso do carioca, as manias lusitanas e os cacoetes franceses. Há dois temas, no entanto, que se sobressaem em meio a tantos outros: o amor e o sexo, que aparecem sempre acompanhados de boas doses de niilismo, paranoia, obsessão e autoironia. São flertes que não chegam a se concretizar, ou que até se concretizam, mas não terminam exatamente como o esperado. No fim das contas, parece que o prazer, quando vem, sempre traz a reboque um inexplicável medo de morrer. Em Sonetos de amor e sacanagem, Gregorio se apropria com maestria da forma fixa do soneto e retrata, com sua verve singular, a tragicomédia contemporânea -- feita de encontros e, sobretudo, desencontros. "Se livro fosse remédio,/ eu tomaria esse contra o tédio/ e o folhearia a todo o tempo,/ só para aplacar o meu tormento./ O Gregorio é misto de liceu francês com Lapa./ Nele sobra humor, amor, baixaria e lábia./ Como pode um menino tão educado/ Ser, assim, tão desbocado?/ Se você, leitor, anda triste com o agora,/ leia esses poemas sem demora/ e verá que a vida tem solução,/ mesmo com as notícias da televisão." -- Fernanda Torres  "Os deliciosos sonetos de Gregorio -- todos (menos um) compostos em decassílabos e (quase sempre) rimados -- associam o capricho formal à informalidade e ao humor da dicção. Boa parte do humor vem das rimas inesperadas: quem, antes dele, jamais encontrou uma rima completa para 'próstata'? Glauco Mattoso, que revivifica Gregório de Matos, tem em Gregorio Duvivier um digníssimo sucessor." -- Paulo Henriques Britto


Livro: Poemas da recordação e outros movimentos
Autora: Conceição Evaristo
Páginas: 122
Editora: Malê
Apresentação: Fazendo uso de variados recursos: uma rica visão poética emotiva e a tematização sentimental, social, familiar e religiosa; com coragem, experiência, estilo bem definido e uso de intertextualidades, são enunciadas pela autora a pobreza, a fome, a dor e “a enganosa-esperança de laçar o tempo”; assim como há espaço para a paixão, o amor e o desejo. Nada, porém, é superficial, gratuito ou excessivo em Poemas da recordação e outros movimentos, que se sustenta em crítica social e no profundo de cada experiência, a partir da produção de um conjunto de poesias fortes e criativas, de belo senso rítmico, cuja leitura desperta emoções, graças à empatia que se estabelece entre os que leem os poemas e a expressividade emotiva e literária de Conceição Evaristo, quando faz despontar os “mundos submersos, que só o silêncio da poesia penetra”.

Sobre a zine: 




Zine: O Regador Verde
Autora: Laura del Rey
Ilustração: Gui Athayde
Editora: Incompleta
Formato fechado: A6 (10.5 x 14.8 cm)| formato aberto: A3 (29.7 x 42 cm)
Compre no site da editora.

Próximas leituras:

Agora o meu foco é terminar os calhamaços que comecei. Você quere que eu fale sobre isso? Me conta nos comentários! 😉 Aproveite e me diga também: o que você está lendo? 💚
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domingo, 21 de julho de 2024

Férias, ternura e ser emocionado

domingo, julho 21, 2024 11
Imagem por rud0070, via Pixabay.


Ternura é uma palavra bonita que surgiu dia desses durante uma das minhas sessões de terapia, porque gosto daquilo que é carinhoso. Ternura é uma palavra que não aparece muito no meu dia a dia, mas é reservada para aquelas pessoas que me são caras.

Resolvi tirar férias para passear, mas acabei, sobretudo, descansando. Tirei um tempo para ouvir música e tentar terminar muitas das leituras começadas. Deu certo, embora eu ainda me sinta cansada da tristeza do mundo.

Julho começou agitado, com A Feira do Livro. Estar em meio aos livros, às pessoas que escrevem e respiram livros foi ótimo: ouvi escritores, reencontrei amigos, fechei um ciclo importante, comprei livros, peguei autógrafos, agradeci meus artistas preferidos, fiz contatos, ri. Rir é sempre um ótimo remédio. Gargalhar revigora a vida.

Ternura e conexão. Tive algumas conversas importantes que mostram o quanto o mundo precisa de pessoas emocionadas, que se deixam sentir, que não fogem das conversas importantes, que são recíprocas. Em algum momento da nossa jornada em sociedade tudo mudou: dizer que se ama passou a assustar os outros, expressar que se sente se tornou drama ou mimimi, terminar relacionamentos ficou mais fácil do que trabalhar neles. Quando foi que a gente complicou tanto as coisas? Não é mais simples falar de coração para coração?

Não tenho respostas prontas. O que eu sei é eu quero cada vez mais expressar o que sinto, por quem sinto. Sempre fui um ser emocionado. Estou exausta de ter que esconder ou guardar isso. Eu tenho amigos queridos, alunos queridos, relações que vêm de longa data, pessoas que despertam a ternura em mim. É delas que eu quero me cercar. É para elas que eu quero retribuir. Reciprocidade é palavra que deve sair do dicionário e ser vivida plenamente.

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sábado, 29 de junho de 2024

Eterno

sábado, junho 29, 2024 4
Fotos feitas por mim, no Centro Cultural São Paulo.


a arte de um tempo sem medo.
o medo da arte do tempo.
a arte dá medo ao tempo.
tempo. tempo. tempo.
areia fixa em ponteiros. 
ponteiros que giram em um eixo sem sentido:
voltas e mais voltas ao redor do infinito
inventário da invenção que articula
nascimentos, encontros, fecundações e mortes.

vida escoando a cada tic-tac:
infinitas possibilidades de caminhos,
eterno gerúndio em arte:

a muda de um tempo desejoso de ser sem medo.

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

Vamos celebrar: 18 anos de Algumas Observações

segunda-feira, junho 24, 2024 6
Aquele em que o blog fez 18. 💖

24 de junho é uma data que entrou para a minha história. A Fernanda do passado, que despretenciosamente resolveu ter um blog, não imaginava que estaria aqui, 18 anos depois.

Fiquei pensando no que escrever aqui, um texto bonito, emocionante, daqueles que arrancam lágrimas de quem escreve e de quem lê, mas a verdade é que as coisas que vêm do coração, além de bregas, são simples. E por serem simples são efetivas. Sendo assim:

Eu quero agradecer a você que me lê, que acompanha o blog desde o início ou que chegou agora; você que começou a me ler e sempre comenta; você que lê e, por timidez, não deixa ccomentários; você, que não só me lê, mas entrou em contato por e-mail ou pelas redes sociais; você que se tornou amigo; você que sempre torceu para que eu publicasse os meus livros; você que viu que também sou professora e quis ser minha aluna; você que deseja ser aluno e tem isso como planos futuros. Você, que é tão especial na minha vida, mesmo sem saber. Muito, muito, MUITO obrigada! 😍

Eu não teria chegaado até aqui se não fosse o apoio de cada um de vocês. 💚



Os 18 anos mais lidos do Algumas Observações

Mais uma vez, muito obrigada 💚
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sábado, 8 de junho de 2024

A Intermitência das Coisas: 5 curiosidades, 5 anos depois

sábado, junho 08, 2024 14
Vem saber das novidades!

Junho é um mês muito especial para mim, porque eu abro o mês relembrando o lançamento do meu primeiro livro, A Intermitência das Coisas: sobre o que há entre o vazio e o caos, e fecho o mês comemorando o aniversário do meu blog, o Algumas Observações.


Como neste sábado, 08 de junho, eu celebro 5 anos de A Intermitência das Coisas, resolvi separar 5 curiosidades sobre o livro para  compartilhar com vocês.


Antes de mais nada, vem conhecer um pouco do livro:

Com os meus editores, Tonho França e Wilson Gorj, da Editora Penalux.

A Intermitência das Coisas
é um livro que reúne cerca de 45 poesias. Seus versos retratam a movimentação da poeta no espaço contemporâneo, suas mudanças e os aprendizados e, principalmente, como os ciclos que se iniciam e que se findam preenchem o vácuo que habita entre o vazio e o caos.
A publicação em português é da maravilhosa, perfeita, sem defeitos, Editora Penalux. 


Agora, sim, vamos às curiosidades:

 1.  O livro nasceu sem a intenção de ser um livro

O começo do A Intermitência foi um pouco caótico e sem pretensão. Eu abri um arquivo de Word em que resolvi escrever um poema por dia. Depois de um tempo, somei a alguns textos que havia escrito para uma disciplina da pós-graduação (Formação de escritores). Foi apenas com esse conjunto que eu notei que havia um embrião de livro eu poderia ser trabalhado.


Parte dos muitos abraços que recebi no evento de lançamento do livro.


2. O nome veio de uma conversa com 2 amigas escritoras

Depois de mostrar o embrião de livro para a Ane Venâncio e para a Ayumi Teruya, minhas amigas com quem tive a honra de cofundar o Projeto Escrita Criativa, elas vieram com este ponto importante: são poemas sobre a intermitência. Algo que fica entre o vazio e o caos, o caos e o vazio. Me senti representada. Essa é, de fato, a essência da obra. Sendo assim, não foi tão difícil bater o martelo para o nome do conjunto de poemas.

 

3. Há apenas  um poema que eu considero “de amor", mas não é para ninguém que eu amei romanticamente

Ao longo dos anos uma pergunta que eu sempre ouço é: Para quem é o poema "Você" (página 21). Bem, a verdade é ele é o único poema que eu realmente considero com essa temática de amor, mas ele surgiu de um exercício da pós-graduação que pedia que a gente escrevesse um retrato. Eu escrevi um retrato de alguém que admiro de forma artística, mas o tom saiu diferente. Gostei, não mexi no tom e aqui estamos com os versos no livro.

 

4. A intermitência, o vazio e o caos como tema de escrita na minha vida

Até escrever o livro, eu nunca tinha parado para refletir sobre qual é o tema predominante na minha escrita ou como ela se apresenta para o mundo. Juntar textos curtos (sejam eles contos, crônicas ou poemas) em um livro, coloca seu autor para pensar nas unidades temáticas que irão compor o trabalho. E como a minha cabeça ama pensar, levei isso para a vida.


Eu notei que meus textos, independentemente do livro, fazem esse ping-pong: vazio x caos; vida x morte; existência x produtividade; amor x desamor; natureza x intervenção humana; etc.; etc.; etc.  Então, meu ponto agora tem sido como explorar essa minha grande temática de modos diferentes. 

 

Autografando no lançamento. 

5. O livro ganhará uma versão em espanhol

Há um pouco mais de um ano, eu assinei um contrato com uma editora brasileira que também publica/vende na Argentina. O livro já era para ter saído, houve um pequeno atraso, mas eu ainda tenho fé que dê certo. (Na conversa que tive brevemente com o editor, nessa semana que passou, ele disse que vai dar.)

Ter um livro em español sempre foi um sonho, que eu espero que se realize em breve! Portanto, fiquem de olho nas novidades.

 

Playlist com leituras dos poemas, imagens do lançamento, live de 2 anos do livro, etc.


Ainda não leu A Intermitência das Coisas ou quer presentear alguém querido?

  • Você pode comprar tanto o A Intermitência das Coisas  (ou qualquer outro livro escrito por mim) autografado, com dedicatória, na loja do blog ou entrando em contato via e-mail: contato@algumasobservacoes.com.
  • Além disso, é possível adquiri-lo (sem autógrafo) nos seguintes sites: Editora PenaluxAmazon, SubmarinoAmericanas.
  • Se você já leu o livro, pode deixar a sua avaliação no Skoob ou no Goodreads
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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.