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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Retrospectiva da parceria com o Grupo Editorial Pensamento

quarta-feira, dezembro 28, 2022 6



2022 foi o ano em que o Algumas Observações foi parceiro do Grupo Editorial Pensamento pelo terceiro ano consecutivo. As obras recebidas para resenha me trouxeram muitas reflexões, muitos momentos prazerosos e alguns novos amigos literários. Sendo assim, vamos aproveitar o fim do ano para relembrar tudo isso?




Fevereiro:

Março:


Junho:

Julho:
Agosto: 
Setembro:
Outubro:
Novembro:


Dezembro:

Foram 16 posts aqui no blog (fora os das redes sociais), dois encontros presenciais (na sede da editora e na Bienal) e muito, muito amor! Aproveito aqui para agradecer ao Grupo Editorial Pensamento e toda a equipe pelo carinho e pela confiança. Espero que estejamos juntos no ano que vem! 😉

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

{Resenha} O Tarô Adivinhatório, de Papus

quarta-feira, dezembro 21, 2022 4


Quem gosta da história das coisas, vai curtir muito a nova edição do livro O Tarô Adivinhatório, de Papus. Isso porque a obra clássica ganhou novos texto de prefácio e posfácio, além de ter a reconstrução completa das 78 cartas que o acompanha.

Este livro foi o primeiro de tarô publicado no Brasil. Ele foi editado por Antonio Olívio Rodrigues, também conhecido como AOR. AOR foi o primeiro astrólogo brasileiro e o fundador da Editora Pensamento. 



A nova edição começa com uma apresentação sobre o novo projeto gráfico assinada pelo editor do Grupo Editorial Pensamento, Adilson Silva Ramachandra. Além dela, é possível compreender a importância da obra pelo prefácio intitulado "O centenário do tarô no Brasil e as origens de O Tarô Adivinhatório" de Constantino K. Riemma e Leo Chioda. Esses textos ajudam no entendimento não só do livro, mas na relação entre Papus e AOR.


O conteúdo em si é muito interessante. Tanto Papus quanto AOR tinham como premissa publicar um texto que fosse simples de ser entendido por todos e adaptável ao público brasileiro. A introdução traz a gênese do tarô, sua ligação com o Egito Antigo e a sua forma de preservação e continuidade. Depois, há capítulos sobre as cartas que compõe os naipes, as disposições dos arcanos maiores, muitos exemplos de interpretação, tiragens e leituras das lâminas e como combinar o entendimento das cartas.



É interessante notar que Papus dá muita importância aos arcanos menores. Sobre os arcanos maiores, ele atribui alguns significados diferentes do que os outros autores de tarô. Ele também relaciona o tarô à astrologia. Há um capítulo chamado "Combinação entre arcanos e números: a tábua astrológica" que aprofunda bem esse assunto. 

Por fim, a obra termina com textos extras que nos contam mais sobre as adaptações feitas, sobre Papus, sobre o AOR e a história do esoterismo no Brasil.  

O projeto gráfico do livro é muito bom também. As páginas são coloridas e no fim do livro (das páginas 232 até a 236) há um compilado com a imagem de todas as cartas. Assim, fica fácil estudar o livro em todos os lugares sem correr o risco de perder as lâminas (algo, inclusive, que poderia ser adotado em outros livros de tarô).



capa.


Livro: O tarô adivinhatório
Título original: Le tarot divinatoire 
Autor: Papus
Tradução: Karina Jannini
Página: 256
Editora: Pensamento
Apresentação: Lançado de forma pioneira em 1920, O Tarô Adivinhatório acumula, há mais de um século, mais de 700 mil exemplares vendidos. Trata-se da grande referência em cartomancia popular editada no país, responsável pela popularização desse tipo de oráculo no Brasil. Agora, a Pensamento traz esta edição totalmente renovada (desde os textos, caixa e cartas) contendo: texto integral de Papus, lançado na França originalmente em 1909, com estudos de Etteilla, Éliphas Lévi e Jean Gaston Bourgeat; contribuições importantes para o leitor brasileiro feitas por Antonio Olívio Rodrigues, fundador da Pensamento e primeiro astrólogo do Brasil; prefácio dos especialistas Leo Chioda (Café Tarot) e Constantino K. Riemma (Clube do Tarô), posfácio de Leo Chioda e a apresentação do editor Adilson Ramachandra. As 78 cartas que acompanham o livro trazem a restauração completa do Tarô Egípcio e seu método de interpretação.

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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

{Resenha} Curso Básico de Astrologia — volume II, de Marion D. March e Joan McEvers

quarta-feira, novembro 30, 2022 8


Excelente para os estudiosos, o segundo volume da série Curso Básico de Astrologia mantém a preocupação das autoras Marion D. March e Joan McEvers de escrever um livro que, mais do que para consulta, é mesmo um guia aprofundado de estudos. Assim como o primeiro volume, este livro apresenta aos leitores explicações detalhadas com direito a passo a passo, exemplos, exercícios, gabaritos e sugestões de consultas. 

Os dois volumes da série Curso Básico de Astrologia, de Marion D. March e Joan McEvers.


O volume II do Curso Básico e Astrologia contém uma breve introdução e se estrutura em três partes. Cada uma delas é subdividida em por módulos (capítulos) que aprofundam os conhecimentos estabelecendo relações entre os posicionamentos dos planetas e das casas de forma mais completa. Neste livro são discutidos conceitos de interpretação que partem de uma base (apresentada no volume I), a exemplo de ausência de determinados aspectos específicos, marca final e submarca, nascimento sob planetas retrógrados, casa e signos interceptados, regente do mapa, decanatos e tantos outros mais.

Parte dos instrumentos de estudo astrológico: livro, papel, caneta e calculadora.


A primeira parte do livro pode parecer um pouco mais complexa para quem não gosta muito de matemática ou de geografia, uma vez que envolve como localizar como precisão o local de nascimento no mapa geográfico (com conceitos de latitude e longitude) e pontos importantes relacionados ao horário de nascimento (em relação ao horário de verão e aos cálculos que envolvem o Meridiano de Greenwich). Apesar de a tecnologia fazer esses cálculos automaticamente, as autoras são enfáticas ao pedir para os leitores não pularem essa parte. Elas dizem que é importante aprender a fazer esses cálculos para conferir se não há nenhum erro no que foi feito pela tecnologia. Por entender que pode ser muita informação, as autoras escrevem o texto dividindo-o em etapas, detalhando cada passo, reiterando pontos importantes, reapresentando alguns conceitos. Isso ajuda os leitores a não se perder.


Páginas 146 e 147 do segundo volume do livro Curso Básico de Astrologia.


As outras duas partes soam mais fáceis (ainda que haja cálculo na terceira), uma vez que as autoras trazem muitos conceitos para a interpretação. Ao final, no apêndice, depois das respostas dos exercícios há tabelas que apoiam o desenvolvimento nos cálculos. Também há um índice com todos os mapas citados no livro (são mais de 50). 

Como dito anteriormente (e como já aponta o nome do livro), a obra não foi feita para ser lida numa sentada, mas sim para ser estudada. Assim, é possível compreender o que é lido, mas também colocar todos os conhecimentos em prática.



Capa.



Leia também: {Resenha} Curso Básico de Astrologia - volume 1.

Livro: Curso Básico de Astrologia: Volume II: técnicas de interpretação
Título original: The only way to learn Astrology: vol 1: math & interpretation techniques
Autoras: Marion D. March e Joan McEvers
Tradução: Carmen Youssef
Páginas: 416
Editora: Pensamento
Apresentação: Curso Básico de Astrologia apresenta uma forma prática, rápida e detalhista de aprender astrologia com lições claras e eficientes. Neste segundo volume, as autoras compartilham os fundamentos para a montagem de um mapa astrológico e sua interpretação, dando destaque às lições sobre os cálculos, além de fórmulas, efemérides e conhecimentos mais sofisticados sobre planetas retrógrados, nodos lunares e padrões nos mapas astrais. A obra ainda ajuda a entender a lógica de construção de um mapa e traz exemplos de mapas natais de personalidades do mundo das letras, das artes, dos esportes e da política de diversos países, que ajudam no aprofundamento do estudo sobre o tema.
Livro no Skoob. | Livro no GoodReads. | Você pode ler a resenha do primeiro volume clicando aqui. O lançamento da nova edição do volume 3 está previsto para fevereiro de 2023.

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sábado, 22 de outubro de 2022

{Resenha} Mandalas: 32 Caminhos de Sabedoria, de Celina Fioravanti

sábado, outubro 22, 2022 2


Escrito pela brasileira Celina Fioravanti, a obra Mandalas: 32 Caminhos de Sabedoria vai direto ao ponto. A obra reúne, como o próprio nome diz, 32 mandalas ilustradas pelo artista plástico Vagner Vargas. As ilustrações coloridas estão disponíveis em formato de cartas que podem ser usadas individualmente e são acompanhadas por um livro explicativo.

Caixa rígida, livro e as 32 cartas que o acompanham.


Antes da explicação de cada carta, o livro conta com 3 breves partes: uma introdução, um texto sobre os 32 caminhos da Sabedoria, e um terceiro com instruções de como utilizar as cartas. A explanação sobre cada mandala traz um texto descritivo do caminho que aquela ilustração representa, as orientações oraculares e uma pequena meditação. 

Caixa rígida, livreto e as cartas agrupadas em pequenos montes.
Suas cores me fizeram pensar nos 7 chakras.


Segundo a autora o trabalho com mandalas possibilita que as pessoas descubram seu potencial energético e representa uma forma de descoberta dos mundos exterior e interior. Elas podem ser usadas para melhorar a energia do ambiente, como recurso de autorreflexão e como oráculo. 

Livro aberto. Páginas 40 e 41, sobre a mandala 14.


No caso das mandalas pensadas para este livro, elas representam os 32 estados de consciência que contribuem para cumprir uma etapa evolutiva. Sendo assim, a Fioravantti sugere deixar a mandala no campo de visão para acessar o campo de vibração que ela produz. Conforme ela orienta:

"Há duas maneiras de selecionar uma carta de Mandala: deixar ao acaso ou seguir uma ordem seletiva." (página 9)

A autora ainda completa dizendo que, além de se conectar com a força da mandala, o leitor pode selecioná-la à revelia e tê-la como um oráculo, ou seja, como um potencial informativo.

Capa.


Livro: Mandalas: 32 Caminhos de Sabedoria
Autor: Celina Fioravanti
Ilustração: Vagner Vargas
Páginas: 80
Editora: Pensamento
Encadernação: caixa rígida
Sinopse: Com as belas e significativas mandalas criadas pelo artista plástico Vagner Vargas, Celina Fioravanti apresenta uma obra inovadora sobre o tema, que une a energia dos desenhos sagrados a um texto simples à primeira abordagem, mas com um profundo conteúdo místico.

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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

{Resenha} O Divino Feminino no Tao Te Ching, de Rosemarie Anderson

quinta-feira, setembro 29, 2022 8


Em O Divino Feminino no Tao te Ching, professora emérita de Psicologia Transpessoal na Universidade de Sofia (EUA), Rosemarie Anderson, apresenta ao leitor uma nova perspectiva a partir da tradução que ela fez da obra Tao Te Ching, livro clássico da literatura chinesa cuja autoria é atribuida a Lao-Tsé. 

A jornada de tradução da obra começou quando Anderson foi passar um tempo na China e se defrontou com o conceito de wei wu wei, tão difundido no país. Sobre isso, ela afirma que:

"Morar na Ásia com 30 e poucos anos desafiou quase tudo que eu achava que sabia sobre o mundo. Aprendi a difícil lição de aceitar as coisas como elas são e não como eu pensava ou queria que fossem. Olhando em retrospectiva, percebo que havia começado a aprender o que os chineses chamam de  wei wu wei, que significa 'agir sem agir' ou 'saber sem saber'. (...) ... incorporei o conceito chinês do wei wu wei sem muito esforço e, ao voltar para os Estados Unidos, com certeza já era um ser humano bem diferente". (páginas 14 e 15)

Páginas 104 e 105.


O bacana de O Divino Feminino no Tao te Ching está justamente no fato de que a autora não entrega apenas uma tradução de um texto clássico. Ela faz questão de contar quais foram os caminhos que a levou a esse trabalho. O livro, de 184 páginas, apresenta uma introdução que conta como a autora conhecei a Tao; uma primeira parte dizendo por que ela considera a Tao feminina e como ela chegou a essa conclusão; uma segunda sobre as "origens, lendas e manuscritos antigos"; uma terceira, em que aborda como a figura de Lao-Tsé tem uma atribuição um tanto controversa (fora um soldado que deixava a China e antes de partir compartilhou seus ensinamentos ou várias pessoas que foram compilando esses ensinamentos ao longo de anos?). Só depois de toda essa fundamentação que chegamos à parte em que os poemas aparecem traduzidos. Isso é muito bacana tanto para leitores que, assim como eu, nunca tiveram contatos com esse texto antes; quanto para leitores que já conheciam o texto clássico compreenderem os motivos de se ter outra perspectiva.

"No entanto, foi só depois de me aposentar que me perguntei se conseguiria traduzir o manuscrito chinês sozinha. Afinal, eu já era capaz de ler livros básicos em chinês e tinha ao alcance obras acadêmicas que poderiam me ajudar com os caracteres chineses que eu não conhecia. Achei que, se eu traduzisse os poemas inicialmente apenas para meu próprio uso e prazer, talvez pudesse descobrir algo novo no Tao Te Ching ou sobre mim. 
Para minha surpresa, descobri que o Tao era profundamente feminino! Nunca poderia ter previsto isso porque, nas traduções para o inglês que lia, ele é, em geral, designado pelo pronome neutro 'it', ao longo dos versos." (páginas 15 e 16)

Por ser professora, estudante de língua estrangeira e por ter percebido o quanto o impacto das traduções anteriores mudou sua perspectiva sobre o texto, Anderson fez questão de trazer alguns materiais extras após os poemas. Sendo assim, ela também incluiu no final do livro notas sobre as suas escolhas ao longo da tradução, notas sobre as caligrafias que aparecem ao longo do projeto editorial e notas sobre os poemas em si, para facilitação do entendimento. Ou seja, apesar de ser um livro pequeno em tamanho, é bem completo.

Capa.

Livro: O divino feminino no Tao te ching
Título original: The divine feminine Tao te ching
Autora: Rosemarie Anderson
Tradução: Denise de Carvalho Rocha
Páginas: 184
Editora: Pensamento
Apresentação: Esta tradução do Tao Te Ching é única por revelar pela primeira vez a natureza do Divino Feminino no Tao, descrita no Tao Te Ching como mãe, virgem e útero da criação. Ao longo de dois anos, a professora Rosemarie Anderson Ph.D traduziu minuciosamente todos os 81 poemas, captando a natureza feminina original desse texto clássico da filosofia oriental. Ela explica ainda que o Tao (ou a Tao, como afirma) é uma força feminina, o Ventre Escuro da Criação, o Vazio Imortal que renova a vida repetidas vezes, seja em tempos comuns ou em tempos de crise. Ela tece comentários para os 81 poemas, ajudando a revelar sua profunda sabedoria e também restaura a simplicidade deles bem como sua cadência musical. A autora mostra que a grande mensagem do Tao, o wei wu wei, o agir sem agir , oferece um caminho de paz e bem-estar para nós e nossos relacionamentos com as outras pessoas e o planeta Terra, um caminho que surge da ação espontânea. Rosemarie lança uma nova luz sobre a sabedoria esotérica contida no Tao Te Ching e sua essência feminina e mística.

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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

{Resenha} O tarô da criança interior, de Isha Lerner e Mark Lerner

quarta-feira, agosto 31, 2022 0


O Tarô da Criança Interior é um dos tarôs mais divertidos que eu já recebi do nosso parceiro, o Grupo Editorial Pensamento. Escrita por Mark Lerner e por Isha Lerner (que também é autora de O Tarô da Deusa Tríplice), esse tarô nos ajuda não só a resgatar o universo infantil como a nos conectar com a nossa criança interior. Segundo Antero Alli escreveu na introdução, 

O aspecto mais revolucionário das cartas de O Tarô da Criança Interior é que elas funcionam bem, tocam e fazem ressoar as cordas da memória emocional e da vida psíquica vinculadas às histórias da infância, há muito esquecidas - cada gravura é uma história diferente. (página 17)

É possível também utilizá-lo com as crianças, atividade que é incentivada pelos autores. Há um capítulo inteiro na Parte I dedicado a esse uso. Aliás, o livro é dividido em três partes. Na primeira, os autores explicam como usar esse oráculo seja para si, para leituras para outras pessoas ou para criança. Também são apresentados seis métodos distintos de leitura. A segunda parte é destinada à descrição de todos os arcanos maiores. Já na terceira são descritos os arcanos menores. 




Nas páginas sobre os métodos de leitura há diagramas que mostram como dispor as cartas. Nas cartas dos arcanos maiores, além da explicação daquela história ou daquele personagem representado na lâmina, o arquétipo do tarô tradicional e o planeta regente a que a carta se relaciona. Já os naipes dos arcanos menores também ganharam uma nova roupagem neste baralho: paus virou varinha de condão; espadas se transformaram em espadas da verdade; copas são os corações alados e ouros, os cristais da Terra. 

Os autores recomendam que as pessoas leiam o livro como um todo antes de começar a tirar as cartas. O que posso dizer é que a leitura é muito divertida. Voltamos à infância com um olhar que é nostálgico; mas, ao mesmo tempo, fresco. Isha e Mark Lerner fazem apontamentos muito interessantes sobre cada personagem e narrativa, de modo a traçar uma ponte entre a visão que carregamos dessas histórias e olhar arquetípico para cada uma delas. 



É interessante notar como os autores estudaram cada narrativa para compor esse baralho. Além das histórias originais, eles também citam versões consagradas e cristalizadas no nosso imaginário, como as produzidas pela Disney. O cruzamento de todas as informações traz uma riqueza de detalhes grande ao momento da leitura.




Outro ponto que chama muito a atenção é o projeto gráfico. Além das belíssimas ilustrações das cartas (feitas por Christopher Guilfoil), ao abrir o livro, nos sentimos abrindo um volume antigo com páginas cheias de conhecimento seculares! O que não deixa de ser uma verdade, já que o tarô atravessa culturas há tempos.

Para quem gosta ou está buscando um jeito mais lúdico de entrar no mundo do autoconhecimento, O tarô da criança interior, de Isha Lerner e Mark Lerner, é uma grande pedida! :)


Capa.

Livro: O tarô da criança interior
Título original:
Autores: Isha Lerner e Mark Lerner
Ilustração: Christopher Guilfoil
Tradução:
Páginas: 312
Editora: Pensamento
Apresentação: Neste clássico sobre o estudo da simbologia oculta nos contos de fada, os autores, trazem um moderno sistema adivinhatório, vinculando a estrutura simbólica do tarô às histórias de nossa infância. As 78 cartas coloridas com ilustrações de Christopher Guilfoil, despertam a criança que há em cada um de nós, fazendo com que entremos em contato com os mais importantes arquétipos do mundo interior. Ao atribuir uma história arquetípica diferente a cada uma das cartas, O Tarô da Criança Interior dá um salto qualitativo, passando da vida imóvel para a animação tridimensional, à medida que cada carta adquire vida, com seu próprio começo, meio e fim. 

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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

{Resenha} O Tarô Zen, de Osho

segunda-feira, agosto 15, 2022 2
O tarô Zen, de Osho.

O Tarô Zen é uma publicação da Editora Cultrix que traz ao leitor um livro e um conjunto de cartas elaboradas por um dos 1000 Arquitetos do Século XX, de acordo com o Sunday Times, Osho. A proposta desse tarô é alinhada com a de seu autor, que sempre visou transformar a totalidade da existência em meditação.

Inspirado na narrativa das cartas de Tarô (que contam a trajetória do Louco/Coringa), O Tarô Zen, de Osho, não tem o objetivo de fazer previsões, mas sim de ajudar seu usuário a focar no momento presente, no aqui e no agora. Como o próprio livro diz:  

"Este jogo é um chamado para o despertar, para sintonizar-se com a sensibilidade, a intuição, a compaixão, a receptividade, a coragem e a individualidade". (Página 16)
 
Livro, caixa e cartas de O Tarô Zen, de Osho.

Por conta disso, o baralho deste tarô traz uma carta extra: O Mestre é a superação definitiva, a transcendência do ciclo de morte/renascimento, de começos e fins, a lâmina que representa o processo de iluminação.

Além da explicação do que o tarô, de como jogá-lo, de cada arcano maior e de cada arcano menor, o livro conta ainda com maneiras de dispor cas cartas, um glossário de símbolos e outras informações sobre seu autor e sua ilustradora, bem como uma lista de referências. Para quem gosta de buscar uma via mais lúdica e efetiva de se manter no momento presente, O Tarô Zen, de Osho, é uma boa ferramenta.

Capa.

Livro: O Tarô Zen: o jogo transcendental do Zen
Título original: Osho Zen tarot: the transcendental game of Zen
Autor: Osho
Ilustração: Deva Padma
Tradução: Paulo Rebouças
Páginas: 200
Editora: Cultrix
Sinopse/Apresentação: O Tarô Zen, de Osho enfoca o tipo de conhecimento que você precisa ter, aqui e agora, para viver melhor e evoluir como ser humano. As imagens contemporâneas das cartas mostram situações e estados mentais que você está vivenciando e podem servir como instrumentos para a sua transformação pessoal. O livro que acompanha o tarô o ajudará a interpretar e compreender essas imagens, por meio da linguagem simples, direta e extremamente prática da filosofia Zen.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

{Resenha} Curso Básico de Astrologia — volume I, de Marion D. March e Joan McEvers

segunda-feira, agosto 08, 2022 2


Se você sempre quis entender todos os termos relacionados à astrologia de forma prática, se você sonha em compreender a diferença entre signos, planetas, casas e aspectos astrológicos, se você deseja interpretar com mais profundidade um mapa astrológico, o livro Curso Básico de Astrologia é feito para você.

Além de ser muito didática e com uma linguagem gostosa de ser lida, a obra escrita por Marion D. March e Joan McEvers traz tabelas-resumo, exemplo de análises de mapas natais de figuras importantes e, claro, como um bom curso também apresenta exercícios para que os leitores possam praticar. No final do livro, é possível conferir as respostas e fazer um estudo autodidata. 

O livro é dividido em três partes e um apêndice. Nele, os capítulos são chamados de módulos. Para aproveitar melhor a leitura, eu optei por estudar o livro, então mantive um caderno de anotações por perto. Assim, pude aproveitar melhor a leitura — e todos os insights que ela me proporcionou. 

Exemplo de mapa natal. (páginas 112 e 113)

Na parte I, March e McEvers traz tudo o que o leitor/estudante de astrologia precisa saber, partindo do básico: o que são Astrologia, horóscopo, roda natural, elementos, qualidades, regências e casas e tudo aquilo está ao redor desses termos. A partir daí, o leitor passa a ter um conteúdo mais aprofundado sobre os signos (módulo 2), os planetas (módulo 3), as casas (módulo 4), como ler interpretar ou analisar um mapa astrológico (módulo 5), os aspectos (módulo 6) e a aspectação (módulo 7). 

O leitor pode se sentir um pouco ansioso para sair fazendo leituras astrológicas a partir de todas as informações recebidas na parte I do livro, mas as autoras são categóricas que é preciso saber ainda mais antes de sair falando que o mapa astrológico de uma pessoa é assim ou assado. Nesse sentido, elas apontam o tempo todo a responsabilidade de se trabalhar com esse tipo de informação.


Abertura da Parte II.

Na parte II do livro, é possível ampliar e aprofundar as premissas básicas apresentadas na parte I. Como elas mesmas escrevem:

"Queremos que você aprenda a penetrar mais profundamente na leitura astrológica e seja capaz de investigar os traços, as características e os potenciais de qualquer mapa. As palavras-chave da Parte I são seu primeiro ponto de referência, agora que você já tem noções gerais da Astrologia. O próximo passo é aprender a usar sua própria lógica, seu pensamento e sua intuição. A experiência nos tem mostrado que é mais que apenas palavras-chave para compreender as muitas variações possíveis de um horóscopo. Você vai precisar de explicações detalhadas, de mais exemplos reais e do próprio raciocínio para descrever as possibilidades presentes em um mapa. Esse será o seu segundo ponto de referência." (Página 121)

Os módulos da parte II (de 8 a 14) aprofundam as características e dados astrológicos dos planetas Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno (na astrologia, Sol e Lua são chamados de planetas). Já os capítulos da parte III (de 15 a 17) são voltados a discutir sobre Urano, Netuno e Plutão. Por fim, o Apêndice traz as respostas dos exercícios e leituras recomendadas.

Primeira página do Apêndice. (página 445)


Apesar de gostar de Astrologia, não sabia muito além do que é possível ver em alguns sites na internet. Ler o Curso Básico de Astrologia ajudou a compreender de forma mais aprofundada e, sobretudo, mais séria, alguns pontos importantes. O que popularmente as pessoas chamam de horóscopo (como aqueles que saem em sites ou nos jornais) é bem diferente daquilo que um astrólogo sério chama de horóscopo. Os arquétipos de cada signo são muito mais complexos e cheios de nuances do que dizer que um ariano é briguento; um canceriano, dramático; um virginiano, perfeccionista; um geminiano, fofoqueiro — como acontece popularmente por aí. É possível tirar coisas boas de quadraturas. Etc. etc. etc.

Se você sempre procurou um bom ponto de partida para o estudo dos astros, o Curso Básico de Astrologia é a sua leitura! 


Livro: Curso Básico de Astrologia: Volume I: princípios fundamentais
Título original: The only way to learn Astrology: vol 1: Basic Principles
Autoras: Marion D. March e Joan McEvers
Tradução: Carmen Youssef
Páginas: 480
Editora: Pensamento
Apresentação: O Curso Básico de Astrologia apresenta uma forma prática, rápida e detalhista de aprender astrologia com lições claras e eficientes. Neste primeiro volume da clássica e aclamada trilogia que agora chega atualizada e repaginada, Marion D. March e Joan McEvers trazem os módulos do curso que versam sobre o simbolismo básico dos signos, dos planetas, das casas e dos aspectos, além de analisar cada planeta em relação a cada signo, casa e aspecto. Como exemplos, são estudados os mapas astrológicos de algumas personalidades de renome mundial no campo das letras, das artes, dos esportes e da política, além de testes que permitem ao leitor fazer uma análise para conhecer melhor sua personalidade por meio do próprio mapa natal.
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sexta-feira, 8 de julho de 2022

{Vou por aí} Visitando a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

sexta-feira, julho 08, 2022 12
Vem que eu te conto tudo sobre a Bienal do Livro de São Paulo.


Estive por dois dias na Bienal Internacional do Livro de São Paulo e escrevo para contar tudo o que você precisa saber, caso queira visitar o evento.

Réplica da estátua do Drummond,
no estande do Grupo Editorial Record (E 87)


Começando por dicas práticas

É possível segurar uma réplica do Prêmio Jabuti no estande dedicado à premiação (E 76).


1. É possível chegar lá de carro e de transporte público. No meu caso, fui de metrô até a estação Portuguesa-Tietê (linha 1-Azul) e lá peguei o transfer gratuito para o evento. Apesar da longa fila, o processo foi mais rápido do que nas bienais anteriores. Acredito que seja porque o evento está acontecendo em um novo local que é mais próximo da estação.

2. Se for possível, compre o ingresso antecipadamente via internet. No sábado havia uma fila a perder de vista só para entrar no espaço. Na terça, a fila estava bem menor. 

3. Vista um sapato confortável e leve água e comida (para ter uma ideia de preço, paguei 10 reais numa garrafa de água. Com esse dinheiro daria para comprar um livro).

Prêmio Jabuti de pertinho.
(Eu pensava que ele fosse maior!)


4. Tenha muita paciência! Durante a semana há muitas excursões de escolas. No final de semana, pessoas com malas de viagem (que chegam lá vazias e voltam para casa cheias de leituras). Há fila para tudo: desde para tirar fotos nos espaços mais descolados, até para entrar nos estandes das grandes editoras. (No sábado, por exemplo, só consegui entrar na Companhia das Letras depois das 19h.)

5. Garimpe! Há estandes em que é possível comprar 3, 4 livros por 50 reais. Entretanto, eles são meio bagunçados e é preciso ter paciência para encontrar o seu título preferido. Se possível, faça uma lista do que quer comprar antes de ir (como tem muitos livros, estandes e informações, é fácil perder o foco e esquecer do que queria).

Lizandra de Almeida, Camilla Dias e Djamila Ribeiro falando sobre a coleção Feminismos Plurais no estande da Amazon (G 111)


6. Se você quiser ver alguma palestra, chegue cedo (lembre-se da fila para entrar!). É bom conferir a programação com antecedência para garantir que você vai conseguir ver quem quer. A mesma coisa serve para quem quiser autógrafos.

Com o meu ex-aluno, amigo querido e,
agora, autor, Abner Almeida, no estande da Cartola Editora (Travessa 07)


7. Marque um ponto de encontro ANTES de entrar no local da Bienal. Como tem sempre muita gente, o sinal do celular não dá conta. O máximo que eu consegui usar lá dentro foi o SMS e, ainda assim, com muita dificuldade, porque em alguns momentos a mensagem não conseguia ser enviada.

Eu vejo os Backstreet Boys em todos os lugares, incluindo na Bienal. 💚

8. Apesar de não ser obrigatório, use máscara e leve algumas extras para poder trocar ao longo do dia. Como o espaço tem muita gente e é fechado, é melhor prevenir do que remediar. 😉

Com o xará mais ilustre de Portugal: Fernando Pessoa,
no estande do convidado de honra Portugal (E 62).

9. O mapa dobradinho cabe dentro do porta-crachá. ;)

Como foi a minha visita

Aline e eu recriando a capa do Torto Arado, no estande da Todavia (H97).


No sábado fui com a Boo. Na terça, fui com a Aline e o Lucas. Foi muito bacana, porque além de estar no meio dos livros, estive com amigos queridos. 💚

Autografei um exemplar do meu livro para a Carol Daixum,
a Pequena Jornalista.


Nas duas visitas eu também pude conhecer pessoalmente a Carol Daixum, do Pequena Jornalista, e reencontrar um ex-aluno meu de quando lecionava inglês na universidade, o Abner Almeida, que além de ter se tornado um amigo querido, estava lançando seu primeiro livro, Cartas a Juliano (Cartola Editora). Também reencontrei a Yasmin, uma ex-aluna minha que está trabalhando como livreira na Rocco

Fazendo parte da capa da nova edição de Entrevista com o Vampiro, da Anne Rice
(com tradução da Clarice Lispector), no estande da Rocco.
Lestat, é nóis! hehehe 


No sábado não deu para ver muitas coisas por conta da lotação, mas consegui comprar 4 livros. Além do que foi escrito pelo Abner, comprei as cartas do Sabino para a Clarice (que estava na minha lista há tempos), um de poesias da Marina Colasanti e um da Brené Brown.

Comprinhas 💚


Grupo Editorial Pensamento

Claro que eu iria visitar a parceira do blog!
Grupo Editorial Pensamento fica na rua A 76.

Tem resenha de boa parte desses livros aqui no blog! 😉


Aproveitei ainda para prestigiar a parceira do blog, a Editora Pensamento. Que delícia foi poder ver todos os selos (Pensamento, Jangada, Cultrix e Seoman) juntos. Uma verdadeira festa dos livros para mim. 😍

Com a Carol Bessa, 
coordenadora do Marketing do Grupo Editorial Pensamento.


Foi ótimo reencontrar a Carol Bessa (que é do marketing da editora) e, claro, recomendar vários títulos para os meus amigos. Quer ver como o estande está lindão? Então aperte o play no vlog:


Com exemplares dos livros que eu amo lá do Grupo Editorial Pensamento.

Me conte nos comentários se você foi à bienal e o que achou. Se você não é ou não teve a chance de vir a São Paulo, me diz se tem algum evento literário bacana na sua cidade. 😉

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