sexta-feira, 27 de julho de 2018

Infinito

sexta-feira, julho 27, 2018 8
Imagem: Pexels.


Com papel e uma caneta
na mão, sigo desbravando
a galáxia mais bonita de todas:


a minha essência.

Este post faz parte da blogagem coletiva de julho do Projeto Escrita Criativa, cujo tema é Com a caneta na mão... Para conhecer mais do Projeto Escrita Criativa e seus participantes, clique aqui.

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quarta-feira, 25 de julho de 2018

{Diário de Gateira} Como eu me preparei para ter um gato (e 6 passos para você se preparar também)

quarta-feira, julho 25, 2018 4
Adorável Poesia.

Olá, pessoal!
Hoje eu venho com mais um post da coluna Diário de Gateira, para contar como que eu me preparei para ter a Poesia.

A escolha de ter um bichinho deve ser consciente. Por isso, é bacana que o futuro dono tutor se informe de todas as variáveis que envolve cuidar de outro ser. Alimentação, banhos, doenças, características da raça, veterinário, brinquedos, espaço físico, custos, tempo para brincar (e levar para passear, no caso de um cachorro). Tudo conta. Sendo assim, separei seis passos que fiz antes da Poesia chegar, para que tudo desse certo. Acredito que quase todas as dicas a seguir servem não apenas para gatos, mas também para outros animais de estimação. Vamos lá?

1. Procure informação com quem já tem o mesmo animalzinho que você quer ter

Antes de adotar, conversei com vários amigos gateiros sobre as rotinas que os gatos deles têm e suas peculiaridades. Cada raça tem características distintas e foi importante ver o "ter um gato" sob vários ângulos. Durante essa fase eu também tive noção do quanto iria gastar por mês com areia higiênica e com ração. Isso foi útil para saber se ter um bicho estava ou não dentro do meu orçamento. 

No meu caso (que moro com meus pais e minha irmã), precisei ter certeza de que a casa não ficaria cheirando a xixi e cocô. Conversar com as amigas gateiras e entender como fazer a higiene correta foi primordial (fora que várias delas gravaram áudios e vídeos para tranquilizar o coração de todo mundo por aqui).


2. Procure informações na internet

Em fevereiro — quando decidi adotar —, eu estava em uma correria louca, então percebi que um dos jeitos mais prático de me informar seria assistindo a vídeos no YouTube. Durante as minha pesquisas, encontrei três canais que, até agora, ainda são os meus preferidos quando o assunto é gato: o Amora e Abelha, o Perito Animal (esse também fala sobre cachorro) e o Isa Gateira.

Amora e Abelha


Esse canal tem dois pontos fortes (além da Amora e do Abelha, claro!): os vídeos com tutoriais no estilo "faça você mesmo" que ensina muito de como criar materiais para interagir com os bichanos e os vídeos específicos sobre as diferentes raças de felinos, com todas as suas peculiaridades.


Perito animal


O que eu gosto no Perito Animal é a praticidade. Normalmente os vídeos são curtos e bem objetivos. Muitos deles explicam por que os felinos fazem o que fazem ou agem de determinada forma.


AMO (assim mesmo, em letra garrafais) o canal da Isa e aprendi muito com ela. Para que você tenha uma noção, passei tardes e tarde assistindo um vídeo atrás do outro. A Isa é estudante de medicina veterinária e tem 24 gatos, por isso a experiência dela com felinos é notável. Foi muito útil conhecer o canal dela, principalmente porque eu nunca havia ouvido falar sobre as doenças ou sobre os diferentes temperamentos felinos, e ela não só explica tudo muito bem, como mostra exemplos do que já vivenciou com um ou mais de seus gatos.





Lá no canal da Isa a gente também encontra vídeos sobre ração e areia higiênica, que também são muito importantes para quem nunca esteve nesse universo.

3. Escolha um veterinário antes do animalzinho chegar

Não espere o animal chegar na sua casa para procurar um veterinário. Emergências acontecem e é bom estar preparado (principalmente quando o bichinho em questão é gato. Para quem não sabe, eles são extremamente metódicos e só a mudança de onde ele vivia para o novo lar pode deixá-lo estressado a ponto de ficar doente).

No meu caso, aproveitei a conversa com uma amiga da minha irmã (que tem três gatos e que mora perto de casa) para pedir indicação. Quando ela me passou o nome da clínica, dei uma olhada no site e procurei a página do Facebook do lugar. Lá, li todas as avaliações deixadas por outros tutores (incluindo os de cães). Como todas elas eram muito positivas, resolvi dar uma chance.

Alguns dias depois que a Poesia chegou, ela passou mal e vomitou alguns vermes (na hora bateu um pânico, descobri que isso é comum entre filhotes de gatos e que, normalmente, eles pegam a verminose durante o período de amamentação). Foi um alívio saber que já tinha um lugar para levá-la.

4. Prepare o ambiente: compre os aparatos e brinquedos necessários

Poesia e seus ratinhos (pendurados na porta) na caixa de transporte.
A caixinha fica à disposição dela, para que ela não associe entrar ali com algo ruim (idas ao veterinário).

Qualquer animalzinho irá precisar de comedouros e caixa de transporte. No caso de gatos, é bacana ter potes de ração e de água espalhados pela casa, bem como mais de uma caixa de areia. A caixa de transporte deve permitir que o seu pet consiga ficar em pé e dar uma volta dentro dela, sendo assim, já comprei uma que permitirá esse movimento quando a Poesia for adulta (tamanho nº 2).

Gatos precisam de espaço vertical — eles se sentem donos do pedaço e gostam de observar o seu "reino" do alto, por questão de sobrevivência. Portanto, é importante ter espaços livres no alto da casa. No meu caso, não quero que a Poesia suba nos armários e na geladeira, por isso comprei prateleiras, que ficam vazias, para que ela possa transitar por ali.

Também comprei bolinhas, ratinhos, cordas e dei a ela um macaquinho de pelúcia (que ela ama abraçar e morder, como faria com um outro gatinho). É importante estimular a brincadeira, principalmente as que simulam a caça. 

Outro item importante é o arranhador. Gatos precisam afiar as unhas por questão de saúde e, sem arranhadores, eles fazem isso nas portas, camas e sofás. No caso da Popô, comprei o de sisal e o de carpete, mas ela não gostou. Então, tentei o de papelão e ela gamou e o usa como se não houvesse amanhã. Deste modo, fica a dica: teste diferentes tipos de formatos e materiais até que dê certo.

5. Tele a sua casa!

Antes da Poesia chegar, nós — meu pai e eu — telamos as janelas da casa. Para quem mora em apartamento, penso que isso seja uma regra dos próprios condomínios, por conta da altura. Entretanto, para quem vive em casa, telar é tão importante quanto. Gatinhos não foram feitos para passear. 

Ah, Fê, mas a minha gata/meu gato é castrada/castrado! Mesmo assim. Gatos que saem correm o risco de pegarem doenças graves nas ruas (já ouviu falar de Fiv e Felv? De sarna? De pulgas? Tenho certeza que você não quer uma infestação de pulgas que te faça jogar fora colchão, sofá, tapetes e cortinas...), de serem atropelados, de se perderem e não voltarem mais, e de serem mortos (infelizmente, ainda há muita gente preconceituosa com os bichanos).

É melhor gastar com telas e manter o seu gatinho em casa, do que ter o seu animalzinho perdido ou sofrendo de doenças e lhe fazendo gastar fortunas no veterinário.

6. Eduque as pessoas ao seu redor

Aqui em casa, quanto mais eu me informava, mais transmitia as informações a todos que moram comigo e que vêm aqui em casa com frequência. É importante compartilhar como é o comportamento canino/felino com quem vai conviver com o bichinho, principalmente quando há crianças que fazem parte desse grupo. Já ouvi e vi muitos casos de crianças que maltratam os animais de estimação sem saber que estão fazendo isso. Mostrar que não é legal empurrar, puxar o rabo, montar no gato ou cachorro e qualquer atitude do gênero ajuda a todos a conviverem felizes.

Em resumo:



Tenho certeza que, se você seguir essas 6 dicas básicas, a chegada do seu animal de estimação será tranquila e cheia de amor!

Beijos e queijos meus e da Popô! ;)
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segunda-feira, 23 de julho de 2018

{Resenha} O Segredo do Talento, de Daniel Coyle

segunda-feira, julho 23, 2018 4
Imagem: TeroVesalainen.

Segredo do Talento é fruto de cinco anos de pesquisa de seu autor, Daniel Coyle; mas, ao contrário do que se possa imaginar, suas 128 páginas passam longe da linguagem acadêmica empolada. A obra é direta e de fácil compreensão.

Coyle dividiu o livro em três partes, cada uma delas focada em uma etapa de desenvolvimento de talentos. São elas: Primeiros Passos, Desenvolvimento de Habilidades e Progresso Contínuo. Cada parte, por sua vez, é subdivida em dicas numeradas de 1 a 52. Esta organização torna a obra didática e permite que o leitor escolha como fará a leitura: se por um lado ele pode ler o livro como um todo, por outro, pode escolher ler apenas o que precisa.

A obra ajuda o seu leitor a refletir desde qual é o tipo de habilidade a ser desenvolvida (se de alta precisão ou de alta flexibilidade) e os diferentes métodos de prática intensiva para cada um deles. O livro também serve de guia prático para como organizar o desenvolvimento das atividades, de modo a conseguir praticar todos os dias.

Para o autor, a prática começa onde começa o acerto. O que ele busca fazer, portanto, é estimular os seus leitores ao desenvolvimento constante. 

Livro: O Segredo do Talento
Título original: The little book of talent
Autor: Daniel Coyle
Páginas: 128
Editora: Sextante
Sinopse: Quando vemos alguém se destacar em determinada área, logo pensamos que a pessoa já nasceu com um dom para aquela atividade. Mas será que só isso explica o talento? É possível aprimorá-lo sem fazer esforço? O que você pode fazer para melhorar? Pensando nessas questões, Daniel Coyle visitou e pesquisou inúmeras incubadoras de talentos mundo afora. Investigou as técnicas utilizadas por elas, entrevistou instrutores competentes, associou isso a informações sobre como a mente funciona e chegou à conclusão de que todos têm talentos, mas poucos sabem como desenvolvê-los. Para organizar todas as informações cientificamente comprovadas obtidas nessa pesquisa, o autor formulou 52 dicas simples e diretas para que qualquer pessoa desenvolva habilidades, seja qual for a sua área — artística, empresarial, esportiva, etc. Embora a neurociência por trás desse assunto seja complexa, ela parte do princípio básico de que pequenas ações, repetidas ao longo do tempo, podem gerar grandes mudanças e tornar seu cérebro mais rápido.
Leia trecho disponibilizado pela editora. | Livro no Skoob.


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quarta-feira, 18 de julho de 2018

Chuva de ânimo

quarta-feira, julho 18, 2018 4
Imagem: freephotocc
Férias. Seis letras e uma paz de espírito sem fim. Acho que estava precisando pôr a cabeça no travesseiro e deixá-la lá até que ela despertasse sem um despertador tocando. Ok, sempre tem a Poesia miando, para pedir o carinho e a refeição matinal, mas quando o assunto é amor, apenas aceito feliz.

Minhas férias começaram com três dias de agito: estive na Flipop, acompanhada da minha amiga Aline (escritora lá no Recanto da Prosa). A Flipop é um evento organizado pela Editora Seguinte e esteve na sua segunda edição. Foi a primeira vez que participei e pretendo voltar nos próximos anos. Foi maravilhoso ouvir os desafios do mercado literário das bocas das pessoas que estão nele (escritores, tradutores, designers, editores e agentes literários). Também foi extremamente inspirador. Sabe quando você tem uma chuva de ânimo? Pois é.

Talvez seja por isso que voltei ao Wattpad. Para minha surpresa (e felicidade!), meu livro, Pequenas Obsessões de um Amor Inacabado, entrou em quatro rankings do site em menos de uma semana de publicação. Esse é o tipo de acontecimento que me surpreende, uma vez que cada capítulo dessa obra é composto por um fragmento. É bacana demais ver que os leitores estão abertos a esse tipo de literatura.

Paralelo a isso tudo, Ane, Ayumi e eu temos pensado muitas ações para o futuro do Projeto Escrita Criativa. Ainda não posso falar muito, mas me encanta ver os rumos que estamos dando para algo que amamos tanto! 

Aqui no blog, voltei com as newsletters. Desta vez, em um formato mais intimista e literário, mais gostosinho de se ler. É ótimo poder me aproximar de cada um também desta forma (ficou curioso? Então, se inscreva para recebê-la clicando aqui!). Também abri uma página de serviços, porque quero muito trabalhar com textos (já peguei o meu primeiro trabalho e estou feliz demais com isso!). Logo, se você precisa de uma revisão de textos, de uma revisão crítica ou de uma leitura crítica, dê uma olhada aqui. Ficarei muito feliz em dar aquele empurrãozinho para que o seu texto fique redondo. ;)

Sobre a questão da minha saúde, obrigada pelos votos de melhora no post passado. O que eu posso dizer é que ir a uma médica experiente muda toda a percepção que temos da vida, não é mesmo? As doutoras com quem havia consultado anteriormente eram de emergência, por isso, resolvi marcar uma consulta com a oftalmologista que me acompanha desde sempre, antes de me desesperar com tudo o que as doutoras desconhecidas me disseram. Minha médica de confiança fez um monte de exames e deu o diagnóstico: deslocamento de retina. Pelo o que ela me explicou, é algo um tanto comum aos míopes (meu caso). Consegui me acalmar com as palavras dela (apesar de tentar não me desesperar, a ansiedade sempre dá as caras) e vou me cuidar para que tudo fique bem. :)

Espero que o mês de vocês esteja sendo tão produtivo quanto o meu. ;)
Beijos e queijos :*

PS: Vocês gostam de posts mais pessoais? Escrevia muitos deles quando este blog começou e gostaria de retomá-los vez ou outra. Para mim, é prazeroso conversar com todos que me leem. Digam aí nos comentários o que vocês acham dessa ideia.
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quarta-feira, 11 de julho de 2018

A regra dos desregrados

quarta-feira, julho 11, 2018 8
Imagem: Pexels.

Todo mundo está cansado de saber que, ainda que a ciência tente organizar os sentimentos de uma forma lógica, o amor é controverso. O que faz com que eu me apaixone por alguém? O sorriso com metade da boca? As covinhas que aparecem denunciando simpatia? Os cachinhos no cabelo que me deixam com vontade de passar a mão? Só Deus sabe o que faz o meu estômago tremer enquanto eu ouço os sinos tocarem.

Sendo assim, por que raios que as pessoas insistem em botar tudo em caixas? “Namore alguém que viaje”, diz o link do Facebook. “10 dicas para prender o boy na cama”, estampa uma revista. “Diferença de idade atrapalha no relacionamento?”, questiona a blogueira de opinião duvidosa.

O amor é mais fácil quando a gente deixa de pensar e vive os clichês que a ele compete. É mais leve quando alcança todas as dores que lhe cabe e – se der sorte – as vence. Amor bom mesmo é o que segue a regra dos sem regras. Feliz aquele que vive desregrado.

O desregrado não sai por aí colocando o outro em moldes; porque, no fundo, o que importa realmente é a relação humana, cheia dos seus altos, baixos e descobertas. O desregrado sabe que vai discutir, que vai dar mancada, que vai ouvir algo que não quer em algum momento e, mesmo assim, se mantém firme em sua coragem. Ele se orgulha do olhar entregue, da sinceridade nas palavras, das discussões na defesa de um ponto de vista e das gargalhadas desenfreadas no meio do domingo preguiçoso. 

Amar é arriscado, uma entrega sem fronteias. Não são caixas padronizadas que nos causarão menos sofrimento. Viver é nadar braçada a braçada no mar do desconforto e amar faz parte disso. Ao desregrarmos, deixamos o nosso eu solitário e ir em busca de multiplicação. Não há fórmulas mágicas nas letras de música, nos filmes, nas revistas, nos sites ou blogs que deem conta da perfeição. Quer amar de verdade, então tenha consciência que você enfrentará o desconhecido e, na boa, melhor que seja assim.

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segunda-feira, 9 de julho de 2018

{Receita} Quibe assado na fritadeira elétrica*

segunda-feira, julho 09, 2018 6

Oi, pessoal!
A receita de hoje é saudável, prática e excelente para aquele dia em que você precisa fazer algo gostoso. Entretanto, já aviso aos árabes e seus descendentes que eu não me prendi às tradições. A verdade é que eu resolvi fazer de cor o que me lembrava das várias receitas de quibe que os diversos amigos que sabem cozinhá-lo me passaram. Sendo assim, o meu quibe nasceu de uma mistura doida e do meu toque especial (um tanto exagerado) para alguns dos temperos.

Ingredientes:
250 gramas de carne moída
250 gramas de trigo para quibe
550 ml de água fervente
1 cebola grande picada
3 dentes de alho
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 e 1/2 colher de sopa de azeite de oliva
Hortelã, cebolinha, sal, orégano e azeitonas (eu usei a preta) a gosto

Quibe pronto para ser modelado.

Modo de preparo:
Em um recipiente grande, coloque o trigo para quibe e a água fervente. Deixe descansar por meia hora. Depois, acrescente todos os outros ingredientes: a carne, a cebola, a farinha, o alho, o orégano, a hortelã, a cebolinha, o sal, a azeitona e o azeite. Unte a fritadeira com azeite. Modele o quibe e coloque para assar por 20 minutos, a 200ºC, na fritadeira elétrica ou no forno (se você ainda não tem uma fritadeira elétrica Air Fryer, aqui tem algumas dicas muito legais para te ajudar a escolher uma).

Como vocês podem ver, eu preciso treinar mais como modelar. Uahahaha Apesar do formato, ficaram bem saborosos!

Algumas observações:
1. A maioria das receitas de quibe pede para tirar o excesso de água do trigo, passando-o por uma peneira ou pelo pano de prato antes de misturar os demais ingredientes. Eu não fiz isso, porque acho que esse processo deixa o quibe ressecado depois que ele assa. Fica aí uma opção para quem gosta do quibe mais sequinho.
2. Eu corto a cebola em pedaços, mas há quem prefira colocá-la ralada ou triturada. Então, você escolhe como será a sua cebola.
3. Por fim, há quem queira acrescentar mais temperos (como salsinha e pimenta) ou deixar com menos temperos (tirar a cebolinha e o orégano). Nesse quesito, sou do seguinte pensamento: seu quibe, suas regras. Portanto, você decide como temperar. O que eu não mudaria é a quantidade de farinha, de trigo, de água e de carne.
*4. Se você não tiver uma fritadeira elétrica, pode assar no forno. Recomendo que unte a forma com azeite, para não grudar. Deixe assar até dourar.

Rendimento: se você modelar quibes em tamanho médio, fará cerca de 30 quibes. (Eu assei metade da receita e guardei a outra metade na geladeira para modelar no dia seguinte.)

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quarta-feira, 4 de julho de 2018

{Resenha} A Confissão da Leoa, de Mia Couto

quarta-feira, julho 04, 2018 8

"Escrever é perigosa vaidade. Dá medo aos outros".
(A Confissão da Leoa, de Mia Couto, página 88)

Certa vez ouvi um crítico literário dizendo que a África de Mia Couto é inventada e quem vai a sua procura se frusta por não encontrá-la. Se ele estava certo, não sei; contudo, ao ler A Confissão da Leoa, percebi que existe uma África cheia de mistério e magia dentro de todos nós, basta que queiramos descobri-la.

A obra nos apresenta o seguinte panorama: os moradores da aldeia Kulumani estão aflitos pois suas mulheres estão sendo atacadas por leões. Eles veem na figura de Arcanjo Baleiro a única possibilidade de fim deste tormento: o homem é um caçador renomado e vai até lá para se livrar das feras.

A narrativa em primeira pessoa é alternada entre dois personagens: Baleiro, que tem uma perspectiva do homem que veio da cidade, ainda que preserve de uma forma ou de outra suas origens, e Mariamar, uma das residentes da aldeia. É justamente nesta alternância de falas e pontos de vista que os leitores são conduzidos pelos fatos e, ao mesmo tempo, levados a sérias provocações relativas ao direito de voz, ao papel das tradições e das mulheres na sociedade.

Embora os assuntos intrínsecos sejam fortes e duros, Mia Couto mantém sua forma doce, poética e carregada de um realismo fantástico que nos acalenta o coração. A metalinguagem também é um dos recursos extremamente bem empregado que dá um toque de encantamento à obra.

Se destacarmos os interesses políticos do administrador - que envia o caçador à aldeia com a pura intenção de arrecadar votos para a sua campanha -, veremos que, de certo modo, o tal continente do escritor moçambicano é aqui também. Se observarmos a opressão feminina, a influência do que dita "a moral e os bons costumes", também não nos sentiremos afastados dos africanos. Realismo fantástico? Até que ponto estas questões são apenas ficção?!

Doce, intenso e reflexivo, definitivamente este livro me cativou e me fez admirar ainda mais a literatura nascida do Mia Couto. Uma leitura de deleite puro e de profundidade intensa, na certa!


Livro: A confissão da Leoa
Autor: Mia Couto
Páginas: 256
Sinopse: Em 2008, quando Mia Couto participava da expedição de uma equipe de estudos ambientais ao norte de Moçambique, começaram a ocorrer na região ataques de leões a pessoas. Essa experiência inspirou o autor a escrever este romance singular. Em A confissão da leoa, uma aldeia moçambicana é alvo de ataques mortais de leões provenientes da savana. O alarme chega à capital do país e um experimentado caçador, Arcanjo Baleiro, é enviado à região. Chegando lá, porém, ele se vê emaranhado numa teia de relações complexas e enigmáticas, em que os fatos, as lendas e os mitos se misturam. Uma habitante da aldeia, Mariamar, em permanente desacordo com a família e os vizinhos, tem suas próprias teorias sobre a origem e a natureza dos ataques das feras. A irmã dela, Silência, foi a vítima mais recente. O livro é narrado alternadamente pelos dois, Arcanjo e Mariamar, sempre em primeira pessoa. Ao longo das páginas, o leitor fica sabendo que eles já tiveram um primeiro encontro muitos anos atrás, quando Mariamar era adolescente e o caçador visitou a aldeia. O confronto com as feras leva os personagens a um enfrentamento consigo mesmos, com seus fantasmas e culpas. A situação de crise põe a nu as contradições da comunidade, suas relações de poder, bem como a força, por vezes libertadora, por vezes opressiva, de suas tradições e mitos.

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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Pequenas Obsessões de um Amor Inacabado

segunda-feira, julho 02, 2018 2
Imagem: Nietjuh.
Olá, pessoal!
O post de hoje é para falar que comecei a postar um livro inédito no Wattpad. Assim como aconteceu com História de um Casal e com o Poemas para um amor que já se foi, estou empolgadíssima com o fato de tornar o Pequenas Obsessões de um Amor Inacabado disponível aos leitores.

Este livro foi escrito no ano passado, revisado ao longo deste ano e estava na gaveta até então. Ele parte de uma experiência bem ruim que vivi e se mistura a elementos ficcionais. Cabe ao leitor tentar descobrir o que é o quê. 

Autor: Fernanda Rodrigues
Publicação: Wattpad
Sinopse: Pequenas Obsessões de um Amor Inacabado é um livro que retrata os sentimentos dolorosos do término de um relacionamento. Por meio da prosa poética, o leitor se transporta para junto do narrador-lírico em uma viagem interna não só em busca por respostas do que deu errado, mas também da cura deste relacionamento que não existe mais.

Quer saber mais? Então clique aqui, leia no Wattpad, comente e vote (isso é muito importante para que o livro se destaque na comunidade leitora).

Boa leitura! ;)

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