quarta-feira, 11 de julho de 2018

A regra dos desregrados

Imagem: Pexels.

Todo mundo está cansado de saber que, ainda que a ciência tente organizar os sentimentos de uma forma lógica, o amor é controverso. O que faz com que eu me apaixone por alguém? O sorriso com metade da boca? As covinhas que aparecem denunciando simpatia? Os cachinhos no cabelo que me deixam com vontade de passar a mão? Só Deus sabe o que faz o meu estômago tremer enquanto eu ouço os sinos tocarem.

Sendo assim, por que raios que as pessoas insistem em botar tudo em caixas? “Namore alguém que viaje”, diz o link do Facebook. “10 dicas para prender o boy na cama”, estampa uma revista. “Diferença de idade atrapalha no relacionamento?”, questiona a blogueira de opinião duvidosa.

O amor é mais fácil quando a gente deixa de pensar e vive os clichês que a ele compete. É mais leve quando alcança todas as dores que lhe cabe e – se der sorte – as vence. Amor bom mesmo é o que segue a regra dos sem regras. Feliz aquele que vive desregrado.

O desregrado não sai por aí colocando o outro em moldes; porque, no fundo, o que importa realmente é a relação humana, cheia dos seus altos, baixos e descobertas. O desregrado sabe que vai discutir, que vai dar mancada, que vai ouvir algo que não quer em algum momento e, mesmo assim, se mantém firme em sua coragem. Ele se orgulha do olhar entregue, da sinceridade nas palavras, das discussões na defesa de um ponto de vista e das gargalhadas desenfreadas no meio do domingo preguiçoso. 

Amar é arriscado, uma entrega sem fronteias. Não são caixas padronizadas que nos causarão menos sofrimento. Viver é nadar braçada a braçada no mar do desconforto e amar faz parte disso. Ao desregrarmos, deixamos o nosso eu solitário e ir em busca de multiplicação. Não há fórmulas mágicas nas letras de música, nos filmes, nas revistas, nos sites ou blogs que deem conta da perfeição. Quer amar de verdade, então tenha consciência que você enfrentará o desconhecido e, na boa, melhor que seja assim.

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8 comentários:

  1. Oi, Fernanda! Vim conhecer teu blog e estou aqui mergulhada nele. Interessante tua relação entre o amor, o viver, o nadar.
    Um dos maiores amores que conheço (se é que se pode medir o amor) é o amor de mãe. E eu usei uma metáfora sobre o mar e a maternidade - que chamo de avassaladora. Vou deixar aqui para poderes dar tua opinião:
    http://somelhora.com.br/2016/07/26/maternidade-avassaladora/

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    1. O amor é uma potência mesmo!
      É isso que leva a humanidade à frente.

      Obrigada pelo link. Lerei.

      Beijos

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  2. Com certeza, viver, em qualquer circunstancia e sentimentos, não só no amor, é correr riscos. Mas que graça teria também se tudo fosse tão fácil?! Talvez não daríamos o valor necessário..

    www.vivendosentimentos.com.br

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  3. Hey Fernanda! Tudo bem?
    Quanto tempo que não venho aqui... já estava com saudades.
    Essa coisa de ser desregrado da tão certo no amor quanto em outras partes da nossa vida. Eu costumo levar as coisas assim também, sem regras e sem separar tudo em "caixas", com meus gostos, sentimentos e atitudes, e a maioria das pessoas acaba achando isso estranho: "Nossa, você gosta de rock e funk mesmo?" ou "Você comeu só salada no almoço e de noite tá comendo um x-burguer?". E eu só afirmo uma coisa, A VIDA É MELHOR SEM REGRAS!!
    Obrigada pelo seu texto, fez eu me sentir acolhida de verdade.
    Obrigada por comentar lá blog.
    Volte sempre!

    ~ miiistoquente

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    1. Oi, Tha!
      Estava com saudades de você! Que bom que veio :)
      Viver a vida de forma leve faz com que a gente consiga viver em paz. :)

      Beijos

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  4. Oii Fê!

    Verdade, o amor é algo que cada um entende ao seu próprio modo, de maneira que lhe faça sentido. Amor é risco porque depende de entrega pra que aconteça.
    A melhor maneira de viver é de uma forma que nos faça verdadeiramente feliz, sem nos prendermos ao que os outros pensam ou ao medo de amar.

    Boa semana pra vc =)

    Bjo

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    1. Concordo com tudo que você disse.
      Amar é desafiador. ♥
      Um desafio que vale a pena.

      Beijos :*

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Algumas Observações | Ano 18 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.