segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Retrospectiva notável: 30 fatos de 2018

Que ano, não?
Oi, pessoal!
Estou aqui, mais uma vez, para aquele exercício anual de olhar para tudo o que aconteceu nos últimos 12 meses e tirar um saldo positivo para isso. Não sei quanto a vocês, mas 2018 foi um ano psicologicamente longo, duro e cheio de trabalho. Foi também aquele período para organizar a casa, para jogar fora o que não serve, para mudar comportamentos, para ter algumas certezas de qual caminho seguir. Vendo por esse lado, percebo que houve uma evolução (fui ler a retrospectiva de 2017 e senti como isso ficou palpável), então me parece que isso é um motivo em si para comemorar.

Janeiro

1. Estava tão cansada que nem criei expectativas, quanto mais metas, para 2018. Das três metas que me coloquei, só não cumpri a de viajar mais. Acabei fazendo apenas duas viagens pequenas (Holambra e São Roque). Contudo, só de ter feito um ano inteiro de terapia e de ter finalizado um projeto literário, já me considero um tanto feliz.

2. Foi também no começo do ano que lançamos a versão em e-book da primeira antologia do Projeto Escrita Criativa, a Amor e Resiliência. Foi legal demais ver um livro em que trabalhamos por tanto tempo ganhando vida e, principalmente, ver o retorno dos leitores. 

Fevereiro

3. Comecei a arriscar a escrever uns poemas nos stories do meu Instagram. O gostoso foi receber o feedback instantâneo das pessoas que liam cada texto. Fiz um post aqui no blog trazendo alguns deles para cá  a ideia era trazer com frequência - e pretendo voltar a fazer isso (escrever no Instagram e trazer para cá).

4. Foi também em fevereiro que eu peguei a turma de redação formada pelos alunos dos 3º do Ensino Médio do colégio. Essa foi, sem dúvida nenhuma, uma das melhores turmas para quem dei aulas em toda a minha carreira. Há tempos não tinha alunos tão queridos, tão abertos ao diálogo, tão amorosos. Me sinto muito grata por poder ter passado esse ano com eles. 

#2018bestnine da Poesia.

Março

5. Foi o mês da chegada da Poesia. Sempre sonhei em ter um gato e a Popô mudou a minha vida 100% para melhor. Descobri um amor que não sabia que existia em mim e me sinto realizada a cada dia com essa companheira ao meu redor. Com isso, o blog acabou ganhando uma coluna nova, a Diário de Gateira, em que compartilho as aventuras de ser mãe de gato de primeira viagem.

6. Também nessa época que eu entrei para o Time de Leitores da Companhia das Letras e fui cobrir a cabine de impressa do filme Pedro Coelho. Esse foi o primeiro evento que cobri oficialmente pelo blog. Foi muito emocionante! A Aline foi comigo, então a gente teve aquele dia maravilhoso falando de filmes, de livros, da vida. Como não amar?

Abril

7. Foi por essa época que eu passei a frequentar com regularidade o Clube da Escrita para Mulheres. Cada encontro foi extremamente fundamental para que eu pudesse me fortalecer como escritora e para que eu pudesse expandir meus horizontes em termos de temas de escrita. Fora o lado emocional, porque nada se compara a ter um ambiente seguro para abrir o coração e falar da vida sem julgamentos. 

Maio

8. Talvez este tenha sido o pior mês do ano. Eu não postei no blog. Foi o mês que abriu a temporada de eu ficar doente (descobri que a minha rinite, que já vinha me perturbando desde janeiro, atingiu o quadro agudo. Tive a retina deslocada, intoxicação alimentar e enxaqueca, tudo na mesma semana).

9. Somado a isso, vivi o primeiro cio da Poesia (que foi infernal!) e o processo de castração. Escrevi dois posts sobre isso em agosto, que podem ser lidos aqui e aqui.

10. Nesse meio tempo, minha tia-avó morreu, e eu ainda estou meio desorientada com essa perda. :/

Junho

11. Foi a primeira vez que eu participei de um sarau grande, lendo dois textos meus (uma crônica e um poema). A Cerverbaria foi um lugar muito importante para mim este ano (valeu, Carol!) e foi muito bacana pode mostrar os meus textos para o mundo!

12. Foi quando terminei oficialmente a pós-graduação, passei pela banca e me senti preparada para encarar esse mercado editorial que não é fácil, que vive de crises e que, de algum modo eu sei que está pronto para me receber.

Julho

13. Foi o mês em que lancei o Pequenas Obsessões de um Amor Inacabado no Wattpad. Acho que esse livro tem um papel importante na minha trajetória, porque foi ele que me fez deixar uma parte dolorosa da minha vida para trás. Fora que muita gente leu, ele entrou em vários rankings do site, muita gente veio conversar comigo porque se identificou com o que estava traduzido ali... A obra se tornou muito maior do que a história que a inspirou. 

14. No fim de junho e no começo de julho aconteceu a Flipop  evento organizado pela Seguinte, sobre literatura Young Adult  e foi encantador ver tantos autores jovens, tantos leitores jovens, tanta gente reunida para falar de livros. 

15. A gente lançou a versão física da Amor e Resiliência e eu pude enviá-la para vários lugares do Brasil e do mundo. Foi muito bacana ver o que as pessoas acharam do livro impresso.

Agosto

16. Eu estava no meio do fogo cruzado entre ter muita coisa para fazer e ficar doente, mas eu resolvi que sim, enfrentaria o desafio de fazer um BEDA (para quem não sabe, essa é a sigla para quem se põe a blogar todos os dias em abril ou em agosto). Foi a primeira vez, em 12 anos de blog, que eu fiz esse desafio e olha, parecia impossível, mas não é que deu certo? 

17. Teve Bienal. Revi todos os autores da Flipop, conheci o Cortella e o Lázaro Ramos (pessoa mais linda!). Assisti a palestras. Comprei com mais consciência do que das outras vezes. Autografei a Amor e Resiliência. Foi demais!

Setembro

18. Fui ao show do Nick Carter com a Bia. Dessa vez, resolvemos pular a parte de se gladiar na grade e ficamos lá atrás cantando e dançando como loucas que somos. O lugar era pequenos, então nos divertimos muito. Ele, como sempre, maravilhoso! E caracas, eu vi Don't want lose you now ao vivo, preciso falar mais?!



19. Passei o meu aniversário doente e perdi a festa que os meus alunos do médio preparam pra mim. :/ 

20. Mediei eventos de escrita na Biblioteca Pública Paulo Duarte. Foi bem interessante poder escrever com pessoas que conhecia de muito tempo e que nunca tinha visto antes. Num desses eventos, reencontrei a Natalia, colega da graduação, que há tempos não via.

21. Também reencontrei um amigo de infância em setembro e cara, é sempre bom morar dentro de um abraço, não?

22. Foi em setembro também que soube que um dos meus contos estará na antologia O que elas contam? da Cartola Editora. O livro está previsto para o início de 2019.

Outubro

23. O que dizer de outubro? As eleições também foram um fato marcante/traumático por aqui. Como aconteceu com quase todo mundo que eu conheço, esse processo eleitoral serviu para fazer uma peneira nas amizades e a refletir sobre quais são os valor que são imprescindíveis em uma vida em sociedade. Também foi ótimo para eu fazer aquele detox das redes sociais. Escrevi sobre tudo isso no artigo Sobre a violência que não quero viver e nas newsletters que enviei no segundo semestre.

24. Foi em outubro que fiz uma pequena oficina no SESC Carmo sobre autopublicação em meios digitais. Aprendi muito naqueles dois dias, porque foi a primeira vez que eu fiz um trabalho educacional para uma pessoa surda. Fez falta saber libras, mas a gente conseguiu se comunicar afinal.

Novembro

25. Em novembro eu fui a mais um evento de literatura ya e me vi com um microfone na mão, falando do meu papel como escritora negra na atualidade, falando sobre a minha obra. Até agora ainda não acredito nesse momento (tem vídeo lá no IGTV) e sou grata aos escritores que abriram este espaço (Larissa Siriani, Felipe Castilho, Eric Novello, Iris Figueiredo, Lucas Rocha e Vitor Martins).

26. Tive a oportunidade de fazer uma oficina de escrita de poemas lá no Núcleo de Incentivo à Palavra, de Santos, e que tarde mais maravilhosa! É sempre muito bom poder trocar com escritores, ler seus textos e saber como é o processo criativo de cada um.

27. Fui convidada pela livraria Cultura para o evento Conversa com o Autor, em que pude conhecer a escritora Aline Bei. Além de ter ficado encantada com tudo o que ela disse no dia, posso afirmar que o livro dela, O peso do pássaro morto, foi um dos melhores que eu li em 2018.

Dezembro

28. O último mês do ano trouxe um respiro bom de felicidade. Conheci a Lucila e estive com ela e com a Bia nos shows do Greg Holden e do Joshua Radin aqui em São Paulo. O Greg foi uma pessoa sensacional conosco, e eu não vejo a hora de voltar a vê-los.

29. Finalmente fui ver o famoso show de luzes que acontece no Ibirapuera e não me senti desconfortável por sair sozinha. Senti aquela paz e plenitude que há muito não sentia. Acho que chegar nesse nível de consciência e de reconhecimento interno é importante para recomeçar a desfazer a bagunça de que falava na retrospectiva do ano passado.

30. Por fim, li mais livros de autores nacionais e de mulheres este ano. Ao todo, foram 19 leituras completadas (fora aqueles que a gente começa e para e retoma no meio do caminho). Foram eles:

  1. Perambule, de Fabrício Corsaletti;
  2. Amor e Resiliência, organização Projeto Escrita Criativa;
  3. A parte que falta, de Shel Silverstein
  4. Pedro Coelho, de Beatrix Potter
  5. O segredo do talento, de Daniel Coyle;
  6. Céu sem estrelas, de Iris Figueiredo;
  7. Feitos no papel, de Guilherme Salviati;
  8. O pedaço da coxa de um anjo: aventura em Istambul, de Pedro Tavares;
  9. Cartas a D.: história de um amor, de André Gorz;
  10. Júbilo, memória, noviciado da paixão, da Hilda Hilst;
  11. Na minha pele, de Lázaro Ramos;
  12. Um blend de Nós, de Morgana Alencar;
  13. Indestructible, de Allison Fallon;
  14. De vida e de escrita, de Clarice Lispector;
  15. Todos eles viraram gato, de Brendan Wenzel;
  16. O peso do pássaro morto, de Aline Bei;
  17. Apneia, de Beatriz Aquino;
  18. A graça da coisa, de Martha Medeiros;
  19. Seu retrato sem você, de Tatiana Eskenazi.
E você? Como foi o seu 2018? Sobreviveu? Me conte nos comentários!
Feliz 2019! E que a gente siga sempre com coragem. ;)
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8 comentários:

  1. Que incrivel ein!!

    http://dosedeestrela.com.br

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  2. Oie, adorei sua retrospectiva! Feliz ano novo pra ti, muito sucesso em 2019!
    Blog Entrelinhas

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    Respostas
    1. Oi, Fê!
      Sabe que me senti bem surpresa com o resultado desse post? O ano foi tão duro que ver tantas coisas boas foi maravilhoso!
      Feliz ano novo para você também!

      um beijo

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  3. Meu 2018 foi bem frenético, triste e intenso, mas consegui sobreviver.
    Que 2019 seja um ótimo ano.
    Bom final de semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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    Respostas
    1. 2018 deixou todo mundo exausto, né? Que 2019 seja melhor para todos nós! :D

      Um beijo

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  4. adorei ver essa sua retrospectiva super completa do ano, que 2019 nos traga ainda mais felicidade e realizações

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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