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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Conselho

segunda-feira, junho 28, 2010 1
Júpiter e Juno
Carracci, s. XVI

"Cabe ao varão começar, fazer as súplicas, e a ela acolhê-las. Queres tê-la? Pede. Ela espera por isso. Conta-lhe a causa, a origem do teu desejo. Era Júpiter quem abordava as heroínas lendárias suplicando-as; nenhuma foi provocá-lo, apesar do seu poder".
(Ovídio, poeta romano, em A arte de Amar)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sinto que...

terça-feira, junho 23, 2009 0
..."Veni, vidi, vici"*



Foto por: Cristiane®

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*Veni, vidi, vici (em português: "Vim, vi, venci") é uma famosa frase latina supostamente proferida pelo general e cônsul romano Júlio César em 47 a.C.. César utilizou a frase numa mensagem ao Senado Romano descrevendo sua recente vitória sobre Farnaces II do Ponto na Batalha de Zela. A frase serviu tanto para proclamar seu feito, como também alertar aos senadores de seu poder militar (Roma passava por uma guerra civil). Fonte: Wikipédia.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

"Old, but good..."

quinta-feira, abril 16, 2009 7

Olá pessoal.

Hoje escrevo porque esta tem sido uma semana na qual eu tenho pensado muito em muitas coisas, tenho me questionado muito.

Logo na segunda-feira fui a uma reunião com o coordenador do meu curso na universidade. Nesta reunião estavámos nós dois e os demais representantes dos 1º e 3º anos de Letras e do 1º, 2º, 3º e 4º anos do curso de Tradutor e Interpréte. Durante o encontro, os representantes de Tradutor questionaram a possibilidade de um curso de Latim, já que eles não têm essa matéria. O profº respondeu que é contra ao ensino da Língua Latina (até mesmo no curso de Letras), já que, em suas palavras "o Latim é uma língua morta". Eu, bem... Eu quase infartei. Como que alguém que é formado no curso e trabalha com educação, pode ter uma mente tão pequena?!
[Por que eu quase infartei??! Porque as aulas de Latim são perfeitas. Além de aprendermos uma nova língua, entendemos melhor a nossa e ainda ampliamos infinitamente o nosso universo cultural]

Depois, estava dando aula de informática para a Terceira Idade. Pela primeira vez eles estavam usando o teclado, e eu pedi que eles falasse um pouco sobre suas vidas. Um senhor (que tem uma bagagem político-cultural imensa) virou pra mim e disse: "Para quê? Hoje você é jovem e tem sonhos, quando chegar aos 50, vai pensar 'pra que isso?'. Se chegar aos 70, 80 vai dizer: 'minha vida é uma merda'. " Eu fiquei em choque de novo. Como alguém com tantas histórias pode pensar assim?! (depois eu me lembrei que no dia anterior disse para as meninas que a minha vida está uma merda...) Fiquei me perguntando o porquê dele pensar assim. Quando fui ler o que ele havia escrito, vi que a velhice era o que pesava.

Por fim, ontem a minha professora professora de Latim/Estudos Diacrônicos leu para a turma uma entrevista da revista Língua Portuguesa com o jornalista portugues João Pereira Coutinho. Quando questionado sobre a variante brasileira da língua, ele disse que para ele "o português do Brasil sempre me pareceu mais arcaico (ou, se preferir, menos moderno) do que o português de Portugal. Isso pode parecer estranho, porque toda a gente tem a impressão de que o Brasil fala um português mais "solto", mais "moderno". Mas eu tenho a impressão contrária e creio mesmo que os portugueses do século 16 ou 17 falavam como os brasileiros falam hoje: uma linguagem mais musical, plena de arcaísmos (como "açougue", por exemplo). "
No momento em ouvi tais palavras dois pensamentos cruzaram a minha mente:
1. Por que o nosso?! Eles ainda mantêm uma grafia arcaica - etimologicamente falando.
2. Como alguém tão jovem pode ter tantas informações assim na ponta da língua? Se a gente for conversar com qualquer jovem da idade dele aqui no Brasil, rarissímos serão tão precisos assim...

E nisso eu fiquei pensando. A sociedade brasileira tem muito preconceito com tudo o que é velho. Todas as palavras que estão ligadas a um longo período de tempo têm, para nós, um sentido pejorativo: "velho", "arcaico", "passado"... Todo mundo coloca as esperanças numa juventude que não sabe o que quer. Que faz tudo de qualquer jeito. Que aceita as coisas sem questionar... E nisso, a educação vai mal, a economia vai mal, a política vai mal.
Os jovens de hoje não olham o passado. Não aprendem com os erros alheios. Se acham os donos do mundo e não sabem resolver uma operação matemática básica. São intransigentes... não olham o passado e deixam de aprender com quem sabia.

Na aula de Latim, eu aprendi que até hoje nós temos costumes romanos. Trabalhamos como os nossos ancestrais faziam há milênios atrás. A história está aí, seja de um homem ou de um povo, está aí para que aprendamos com ela...

Pena que nem todos percebem isso...