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Coleção Brasiliana, do Itaú Cultural. |
Semana de carnaval... Que tal aproveitar aquele momento em que você está à toa entre um bloquinho e outro para conferir uma super exposição? A sugestão do dia é dar um pulo no Itaú Cultural e percorrer os dois andares da Coleção Brasiliana, instalada no Espaço Olavo Setubal. Dividida em 9 módulos, a mostra apresenta a história do Brasil por meio de pinturas, fotografias, numismática, cartografia e literatura, trazendo ao visitante a multiplicidade da nossa cultura.
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Este é um dos primeiros mapas em que o Brasil foi retratado. |
O acervo parte de um Brasil desconhecido, cujo território foi desbravado e moldado por intermédio de relatos que partiam de um viés um tanto exótico-fantasioso. O canibalismo e o índio como figura européia são temas predominantes destas narrativas deste lugar que ninguém sabia ao certo que rumo teria.
Do desconhecido o visitante é conduzido ao período de colonização holandesa e o pelo registro deixado pelo legado de Maurício de Nassau. Há, portanto, certa predominância de obras que retratam o Nordeste e sua paisagem durante estes oito anos.
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Livros dos autores árcades Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Santa Rita Durão e Basílio da Gama. |
A seguir, passa-se ao período em que os portugueses resolveram fechar as fronteiras, após a derrotarem os holandeses. Foi na mesma época também que os lusitanos descobriram o ouro da região de Minas Gerais. Além de retratar a tensão política, foi neste momento em que eu tive o meu primeiro impacto literário durante a minha visita: vi ali as primeiras edições dos livros dos dois principais autores árcades: Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa. Ao lado das edições, ainda pude observar documentos assinados pelos inconfidentes — incluindo o Tiradentes — e a imagem de Nossa Senhora das Dores, esculpida por Aleijadinho.
Deste impacto, o visitante é conduzido ao Brasil dos Naturalistas. O que mais me encantou neste módulo foram as cromolitografias: pássaros e plantas da nossa fauna e flora feitos com toda a delicadeza e precisão.
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Observando as gravuras do Brasil dos Naturalistas. Uma imagem mais linda que a outra. |
As capitais e as províncias são registradas nos módulos 5 e 6 da exposição, assim como o império, no módulo 7. Contudo o que mais expressa a nossa realidade é a oitava parte da exposição, O Brasil da Escravidão, que escancara o modo com que os diversos artistas viajantes retrataram, em contextos rural e urbano, a escravidão no Brasil.
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Nem tudo são flores. A escravidão vista pelos diversos artistas que aqui passaram e deixaram estas imagens como documento histórico. |
A viagem histórica termina no módulo 9, que ressalta o Brasil dos brasileiros. Ali, mais uma vez, meu coração pulsou com a coleção literária que inclui obras — algumas delas com dedicatórias ou autografadas — dos cânones Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Jorge de Lima e Manuel Bandeira.
Exposição Coleção Brasiliana
Funcionamento: Terça a sexta das 9h às 20h. Sábado, domingo e feriado das 11h às 20h.
Endereço: Itaú Cultural — Espaço Olavo Setubal (Pisos 4 e 5)
Avenida Paulista, 149
São Paulo — SP
CEP: 01311-000
Telefone: +55 11 2168 1777
E-mail: atendimento@itaulcultural.org.br
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que incrível Fê, adorei!
ResponderExcluirBlog Entrelinhas
Fê, quando vier a SP, não deixe de conferir. :)
ExcluirVocê vai curtir muito! :)
Beijos
Bem que exposição maravilhosa, carregada de história =)
ResponderExcluirMRS. MARGOT
Siiiiiiiim!
ExcluirUm lugar bom para você visitar se resolver vir ao Brasil um dia. :)
Beijos!