terça-feira, 12 de abril de 2016

Fim de semana

Livro do Tezza e a lanterninha para ler no escuro (uma das melhores compras que já fiz!)

Passei dois dias inteiros na cama. Não que estivesse doente, apenas queria um momento de paz e silêncio, já que trabalho em meio a tanto barulho. Acabei lendo os dois livros que comprei na sexta passada. Um de crônicas do Cristovão Tezza (A máquina de caminhar) e outro escrito a quatro mãos pela Leila Ferreira e pela Cris Guerra (Que ninguém nos ouça). Tirando os banhos e as refeições com a família, meu sábado e domingo foi na companhia destes três autores.

É engraçado como as coisas são. Tenho uma teoria de que os momentos em que vivemos atraem para si as leituras que precisamos fazer. Depois de um 2015 incrível, 2016 tem sido um tirano que não está nem aí para nada e para ninguém - para os meus sentimentos, menos ainda. E minhas leituras têm sido um reflexo disso: a busca eterna do meu "ser autor" e a constante procura do que me faz (ou seria fará?) feliz.

Na pós-graduação, professores, colegas e autores consagrados defendem a teoria de que o escritor precisa viver. É do dia a dia, do cotidiano que a inspiração surge para se transformar em ficção. Autor que é autor tem que pôr a cara nas ruas, escrever em bares, ouvir o palavrear dos transeuntes. Mas a verdade é que a minha vida de trabalhadora e estudante anda me consumido a tal ponto que, em um fim de semana, tudo o que mais quero é não viver, apenas respirar enquanto os meus olhos se dividem entre captar alguma história e se fechar em um sono profundo.

Talvez este seja um indício de alguma doença (estresse agudo ou depressão?), talvez seja só a falta de esperança e de coragem de sair e enfrentar o mundo. Contudo, enquanto a vontade não chega, escondo-me aqui, no meu porto seguro em meio a palavras.

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7 comentários:

  1. Oi Fê,

    As vezes a gente precisa desse tempo sem fazer nada, sem sair, sem ver muita gente. O barulho fica muito dentro da cabeça e a gente precisa de um período de calma, tranquilidade em companhia de nós mesmos, nossas músicas ou livros.

    Mas não deixa de sair, de ver o mundo, as pessoas... porque faz bem!

    Um beijo!
    Aline

    Inventando Assunto

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  2. Oi fê,
    sei bem como é não sentir a minima vontade de sair. Ando nesse dilema, e enquanto isso não passa, mergulho nos livros como você. Melhor remédio.
    Um abraço,
    http://juliet-in-crisis.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Livros são passaportes sem que saiamos de casa! :D

      Beijos!

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    2. Livros são passaportes sem que saiamos de casa! :D

      Beijos!

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  3. Já disse e repito: esta foto ficou linda!

    www.carolvayda.com.br

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