Hoje, recebemos em meu trabalho uma visita de um chileno. Visita esta que coincidiu com a releitura de um dos meus poemas favoritos, o “Poema 20”, escrito pelo também chileno Pablo Neruda... Isso gerou em mim recordações diversas de quando comecei a escrever...
A escrita brotou em minha vida por meio da poesia. Escrever de forma sintética e – por vezes – enigmática aquilo que eu sinto é o que me mantem viva. Entretanto, esse “escrever” não nasceu do nada. Este “escrever” foi fomentado por três grandes nomes... três grandes nomes que por lerem a minha alma, tornaram-se três grandes amigos (eu sei que parece loucura, não os conheci, mas eles são amados por mim e me ajudam tanto quanto meus amigos).
Se os responsáveis por me fazer ler – e gostar de - poesia são o Vinicius (de Moraes) e o (Carlos) Drummond (de Andrade)*, a culpa de eu ter me aventurado no “poetizar” foi do Neruda.
Cerca de 3 ou 4 anos após ter enveredado essa estrada – e de ter lido e relido vários livros de Vinicius, Drummond e Neruda –, “trombei” nos corredores da biblioteca com um exemplar de O Carteiro e o Poeta, do chileno Antonio Skármeta. Quem leu, sabe o quão linda é a narrativa. Tão bonita que, posteriormente, virou filme.
Abaixo segue um vídeo do Skármeta contando um pouco – entre outras coisas - sobre como foi escrever esse livro e a respeito da sua relação com o Neruda**. Espero que vocês gostem!
* Eu sei que, por respeito, convencionou-se a se referir aos autores por nome e sobrenome e/ou sobrenome. Entretanto, como disse, eles não são autores... não para mim. Vinicius, Drummond e Neruda são, além de autores, amigos, são íntimos, são os escritores que relatam aquilo que sinto, mas que não consigo dizer com minhas próprias palaras.
** Depois de ver um chileno e de ler um poema chileno, ao chegar em casa, deparo-me com a entrevista do video... um chileno falando sobre outro chileno. Overdose boa, não? ;)
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