Imagem por Irina Iriser, via Pexels. |
— fênix retornada —
dos encontros, a matéria-princípio:
luz, areia, mar, cosmos, fria-quentura
seguimos
muito e nada em frações de nanossegundos
disponibilidades que se desfazem e se renovam
no valor do vento, equilíbrio-oxigênio combustível das entranhas
e seus volumosos corpos de moléculas
— nem sempre tão poéticas ou contundentes —
seguimos
no alento destas ambidestras incertezas
frases ganham importância mesmo que não tenham sentido
— orações que outrem ouve e interpreta —
a visão da vasta vida e de seu parto
período composto por eternos recomeços
recomendados pelos cinco sentidos humanos
aprovados por mais outros dez ou quinze divinos
fé sendo confiança no reconhecimento da pureza
seguimos
na devoção há fome e dicionários de etimologias devorantes
me queimo por inteira já que sempre me disponho
nua corro vestida somente por vocábulos
significantes robustos de traduções e de significados
velhos descendentes de uma morte-vida latino-americana escancarada
potencial ponte, fonte fonética e frutífera
útero construindo gerúndios que se renovam e multiplicam
seguimos
sou esculpida por vulnerabilidades sinceras
marcadas no tempo pelas ousadas páginas de telas e celuloses repletas de grafismos
rabiscos-rascunhos curiosamente curados de segredos sitiantes
conjunto que se lança em registros intergalácticos sem datações
metonímia de parte que é todo que se reparte
existo
Reflexão preciosa. Gostei bastante!
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Obrigada por ler :)
ExcluirAdorei o poema! Espero um dia conseguir escrever um. Até hoje não consegui ficar satisfeita com minhas tentativas.
ResponderExcluirAbraço;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com