Blá blá blá sobre os (meus) sonhos

Créditos na imagem - clique para ampliar
(esta mensagem apareceu por acaso na minha timeline do facebook
um dia depois da conversa com a Mari).

Quem me conhece sabe o quanto eu sou, ou ao menos tento ser, uma pessoa otimista. Tenho para mim que tudo tem o seu tempo e que, mais cedo ou mais tarde, tudo acontece como deve ser. A vida é um eterno aprendizado de como lidar com tempo. Quanto mais aprendemos isso, mais maduro nos tornamos...

O problema maior é que, às vezes, desanimo. Como todas as pessoas - mesmo as otimistas -, tenho os meus momentos de: cara, será que a minha hora vai chegar?! Sonho tão grande, mas a grana anda tão curta... Nessas horas, tenho uma tendência a simplesmente deixar a vida me levar, desistindo - mesmo que momentaneamente de tudo - e me afogando no primeiro chocolate que eu encontrar... É certo que a vida, a cada desânimo, mata os sonhos aos pouquinhos.

Estava em um momento desses em plena sexta à noite. Depois de discutir com um amigo (porque ele acha a minha vida de espera amorosa um fiasco e me culpe por isso), comecei a olhar para todos os meus sonhos não-realizados, para todo o esforço que venho fazendo - e que até agora parece em vão - e desanimei de verdade.

Mas, como disse aí em cima, nada acontece por acaso, e num inbox da vida, lá estava eu, desabafando com uma das poucas almas que mais me entende nessa vida. Sabe aquela amiga que mora no coração, não porque a gente se fale todos os dias, mas porque a gente tem aquela ligação incrível de quem se respeita e simplesmente se entende sem julgamentos?! Pois é assim que a Mari é. E assim, sem julgamentos, ela me ouviu e me entendeu e não me deixou matar os meus sonhos, não me deixou desistir.

Acho que cada um de nós deveria ter um amigo assim! Um amigo que viesse com um "detector de fábrica" que lhe fizesse perceber quando os nossos sonhos estão morrendo e não nos deixasse desistir. Sou extremamente grata a Deus por Ele ter me dado a Mari e por ela ter esse coração incrível que ela tem.

Enquanto eu falava para ela de todas as minhas angústias, ela me recomendou uma música do incrível John Mayer (música que estou ouvindo enquanto escrevo este texto). A canção se chama Walt Grace's Submarine Test, January 1967. Uma música que conta a história do Walt Grace, um cara que não desistiu dos seus sonhos, que lutou até o fim. 

Depois de ouvir a música com esta atenção especial, fiquei pensando no que ela significa para mim, neste momento - e qual retorno poderia dar para a Mari a este respeito. Acho que, no fundo, o desânimo é medo desse mundo que valoriza tanto o ter. Quem não tem, perde. Quem não tem é o que "falha se tentar". Fiquei pensando então justamente nisso: o que eu tenho afinal?! Saúde, inteligência, um pouco de talento com as palavras e entusiasmo para tentar fazer deste planeta um espaço melhor para se viver. Além disso, tenho amigos incríveis que não me deixam desistir. Nada valorizado nesta cultura tão materialista, mas tudo o que me faz ser feliz e completa como pessoa.

Ouvindo a música pela décima vez talvez, chego à conclusão que tenho razão. Tudo acontece como e quando tem que acontecer. No fim das contas, mais cedo ou mais tarde, entrarei no meu submarino caseiro, de lâmina de ventilador, feito por uma mulher só. E este momento será único; porque, depois de tanto me preparar para ele, serei madura o suficiente para aproveitá-lo!

PS: Mari, obrigada por nunca desistir, por ser este exemplo lindo que você é para mim e por vir com esse detector de fábrica que acalenta o meu coração quando mais preciso! Amo você! :)

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