Ultimamente venho pensando muito na minha posição perante a sociedade, perante o mundo. Nos últimos dias li dois artigos (um da
Raila e um da
Vayda) que muito me provocaram a cerca do meu papel como mulher. Eu tenho lutado pelos direitos femininos afinal?
Minha família é extremamente tradicional. Minha mãe, religiosa como é, sempre vai dizer que sim, a mulher deve ser submissa ao marido – o que de fato nunca acontece na prática por aqui, já que meu pai sempre ouve e se importa com as opiniões dela. Por outro lado, eu sempre fui daquelas que nunca abaixou a cabeça para homem nenhum – respeito muito o ponto de vista de meu pai, mas nunca deixe de dizer o que penso e lutar pelo o que acredito.
Sempre acreditei que as mulheres podem fazer aquilo que quiserem. Cresci cercada de mulheres fortes: minhas avós, minha mãe (mesmo com o seu tradicionalismo, ela é um exemplo incrível!), minhas professoras... No trabalho, sempre tive mulheres como chefes diretas, sempre trabalhei em equipes femininas, e o resultado sempre foi incrível! De qualquer forma, isso aconteceu de forma orgânica – não foi uma exclusão proposital dos homens.
Como mulher, sei que tenho a mesma capacidade que os homens. Na infância – ao contrário dos artigos das meninas – tive fases: brinquei de boneca, adorava fingir que era professora (hoje não preciso mais fingir! \o/), depois, fui mais radical (?) ao passar horas na rua andando de patins! #saudades Conforme fui crescendo, fazia questão de reclamar pelos nossos direitos, pela igualdade, por aquilo que muitos consideram banal sem ser. Foi neste período que quis entender de futebol e fórmula 1, para discutir de igual para igual com os meninos ao meu redor.
Com o passar do tempo, fui ficando menos focada em ter que provar que posso fazer tudo porque sou mulher. Continuo sendo a moleca que anda de tênis para todos os lugares (mesmo que a roupa seja saia, social, sempre prefiro conforto a moda). Também passei a ter o meu lado mulherzinha, que AMA maquiagem e esmaltes. Sou a princesinha do papai e, ao mesmo tempo, a menina independente da mamãe. Simplesmente, faço o que quero e pronto!
Se estou com homens ao meu redor, me aproveito daquilo que eles têm de melhor: peço mesmo para que eles façam força no meu lugar. Ao passo que ajudo-os com a delicadeza feminina, com a percepção dos detalhes, dos pormenores. hehehe (Ainda assim, me irrito com certas piadinhas do tipo “vocês não queimaram o sutiã? Agora se virem!”...)
Como conquistar o nosso espaço? Sendo nós mesmas! Como evitar o machismo, pensando em como apresentamos o mundo para os nossos alunos, filhos, sobrinhos... Afinal, a maior parte dos homens foi criada por mulheres... (acabar com a ideia de: ele pode, porque é menino, e ela não, porque é menina é um excelente começo!)
E você, o que pensa sobre isso?!
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PS: ainda estou refletindo sobre o assunto, por isso este post ficou um pouco confuso... De qualquer forma, queria dividir estas inquietações com vocês! ;)
adorei seu texto! e concordo com você! Não concordo com isso de segregação. Homens e mulheres têm seu valor e juntos conquistam muito mais do que separados! Parabéns mais uma vez!
ResponderExcluirPois é.
Excluiressa vida de separação não rola pra mim! Homens são complicados, mas bem-vindos! :D
:*
Ta aí uma camisa que eu visto!
ResponderExcluirNosso mundo é tão moderno, mas nossa cultura é tão retrógrada! Não quero ser igual a um homem - afinal alguém tem que abrir o pote de palmito e matar as baratas - mas sim poder ser o que quero ser sem me preocupar com o que vão dizer.
Quero usar as roupas que eu bem entender sem correr o risco de ser chamada de vadia ou ser estuprada por um louco, quero dar pra quantos eu quiser sem ser apontada, quero ter minha opinião levada em consideração em uma reunião de negócios...
Ah, também quero que meus filhos - se os tiver - também vejam seu pai lavando louça, arrumando a cama e trocando suas fraldas.
!
beijo,
www.runvaydarun.blogspot.com