domingo, 11 de outubro de 2015

{Vou por aí} Palácio do Catete - Rio de Janeiro

Palácio do Catete visto do Jardim.
Em setembro, visitei o Rio de Janeiro e aproveitei para conhecer alguns lugares que sempre tive vontade, mas que nunca havia tido a oportunidade. Choveu o fim de semana todo, então não deu praia. De qualquer maneira, me diverti bastante conhecendo os espaços culturais lindos que há por lá. 

(Aliás, penso que as pessoas - cariocas e turistas - deveriam aproveitar mais os centros culturais que há no Rio. Nem só de praia e boemia vive o homem...)

Fiquei hospedada na casa de uma amiga carioca - Gi, sua linda, obrigada de novo! - e ela foi uma guia incrível! Acho o Rio meio confuso no sentido de locomoção (principalmente porque aqui em São Paulo eu faço tudo de metrô e o de lá não vai a todos os lugares), então estar com uma carioca o tempo todo foi uma mão na roda! 

O primeiro lugar que visitamos foi o Palácio do Catete. Lá há um jardim incrível, o Museu da República, um café, uma biblioteca e um cineclube. Nós visitamos o jardim e o museu e valeu muito a pena! :)

O Jardim


Obra: Caminhos mais claros, por Marcos Duarte. Madeira e fibra de vidro cromada.

Começamos a nossa visita pelo jardim. Além de lindo, ele estava com uma instalação artística em que várias obras de arte contemporânea contrastavam com as esculturas já existentes desde a construção do Palácio de Nova Friburgo (antigo nome do Palácio do Catete).

Obra: Walk in ball, por Felipe Barbosa. 135 bolas de futebol abertas e recosturadas e estrutura metálica

O jardim serve como refúgio ao caos urbano. Cercado de comércio, prédios, carros e movimento, várias pessoas vão até lá para descansar, ler, ter um momento para si. Com a chegada da primavera, os passarinhos estavam cantando felizes, o que trazia uma sensação de paz muito grande ao local. Recomendo a visita para quem quiser relaxar.

Escultura representando O Nascimento de Vênus.

Depois de darmos uma volta no jardim, entramos no museu abrigado dentro do palácio que serviu de cede da República, quando a capital do Brasil ainda era o Rio, e que também é conhecido por ser o lugar em que o presidente Vargas faleceu.

Piso térreo/1º andar

Logo na entrada temos noção da suntuosidade do lugar. Somos recebidos por duas esculturas que representam a Leitura e a Escrita, cada uma de cada lado da grande escadaria que nos leva aos pisos superiores.


Obra: A escrita.

Obra: A leitura.
No andar térreo, conhecemos um pouco da história do Palácio, construído entre 1858 e 1867, pelo Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto. À época o local foi considerado o símbolo do poder da elite cafeicultora. Vinte anos após o falecimento do Barão, o local foi vendido para uma companhia hoteleira - mas não chegou a se transformar em um hotel, porque foi comercializado novamente, sendo comprado pelo conselheiro Francisco de Paula Mayrink. Em 1896, o palácio foi adquirido pelo governo federal para servir de sede da Presidência da República.

Linha do tempo com os governantes brasileiros.
Ao visitarmos a sala de reuniões ministeriais somos recebidos pelo poema de Fernando Pessoa, Eros e Psiquê:

Poema localizado ao lado da entrada da sala ministerial.

Sala ministerial em que o presidente e seus ministros de reuniam. Ao centro da mesa, a estátua simbolizando a Justiça.


2º andar - Piso Nobre

Este é o andar que fora destinado às festas e recepções. Cada uma das salas tem uma decoração temática em que o visitante é submergido por arte: as paredes, os tetos, os vitrais, até as maçanetas são artísticas. A vista de acesso que a escada principal nos dá, já nos faz ter noção do que nos espera nos andares superiores.

Detalhes na escada principal.

Vista que temos da escada aos andares superiores.

É no piso nobre que temos acesso às salas de jantar (Salão de Banquetes) e de jogos (Salão Mourisco). Nele também há um espaço para a recepção de visitas e bailes (Salões Pompeano, Nobre e Veneziano) e uma capela. Consta na história que realizava-se saraus no salão Veneziano e foi lá em que aconteceu o sarau com as músicas de Chiquinha Gonzaga. Foi neste evento em que a elite pode conhecer um novo ritmo, o Corta-jaca, fato que escandalizou a sociedade da época. Este evento foi realizado pela D. Nair de Teffé, segunda esposa do presidente Hermes da Fonseca.

Salão de Banquetes.
Detalhe do teto do Salão de Banquetes.
Selfie no Salão Veneziano.

Neste andar também há a sala do presidente, com detalhes do escritório de Getúlio Vargas. Tudo está tão conservado que dá a impressão que ele pode aparecer a qualquer momento. Vejam só:

Manuscritos do presidente Getúlio Vargas.
Vista do Escritório.
Selfie no elevador presidencial.

3º andar - Habitações

Este é o andar em que estavam os quartos dos moradores do palácio - e o local em que Getúlio Vergas se suicidou em 24 de agosto de 1954. Infelizmente, não pude visitá-lo, porque esta parte do museu está fechada para restauração. Segundo nota no site do museu:
Devido a problemas estruturais e reformas, o terceiro andar do Palácio do Catete, Museu da República, onde se encontra o quarto do Getúlio e a Exposição “Res publica”, está fechado para visitação.
No entanto, o “Pijama do Getúlio” e a arma utilizada no suicídio estão em exibição no andar térreo, como parte da exposição “Saio da vida para entrar na História”.
Sem dúvida, esta é uma visita que vale muito se feita!
Para ver mais fotos e sentir mais deste lugar, visite o álbum no flickr.

PALÁCIO DO CATETE
Jardim: entrada gratuita
Museu da República: R$6,00 (estudante e professor pagam meia entrada)
Local: Rua do Catete nº153 - Catete - Rio de Janeiro | R.J.
Telefone: +55 21 2127-0324

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6 comentários:

  1. Oi Fernanda! Em primeiro lugar, parabéns por fazer uma postagem sobre Rio de Janeiro que não seja relacionada à praia ou ao Cristo Redentor! Hehehehe se você visitou passou por esses lugares, também vou querer saber tudinho e ficar babando nas fotos, mas é ótimo a gente conhecer pontos turísticos que normalmente não estão na lista dos mais procurados - antes, não conhecia nada sobre esse palácio, agora se eu for para o Rio de Janeiro, terei vontade de visitar. Ademais, sua postagem está muito completa e deu mesmo para conhecermos um pouco daí com você! Parabéns <3

    Beijos, Vickawaii
    http://finding-neverland.zip.net

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    1. Oi, Vic! :)
      Fico feliz que você tenha gostado do post! :D Acabei não visitando nem o Corcovado, nem o Pão de Açúcar, porque choveu e estes são passeios caros.
      De qualquer maneira, minha vontade nesta viagem era justamente conhecer os espaços culturais. Então, já aviso que teremos mais posts sobre isso por aqui!
      Beijos!

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  2. Muito obrigada pelas palavras lá no meu blog!
    Gostei muito das fotografias. Quando vou visitar sítios assim no meu país também gosto de andar com a câmara fotográfica atrás :)
    Beijo *

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    1. Oi, Patrice!
      Espero que você tenha a chance de visitar o Brasil (e eu espero que eu possa ir ao seu país também!).
      Beijos!

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  3. Pooooooxa, não acredito que você não pode visitar a parte dos quartos! É a mais legal! Mas deixa pra uma próxima, né? Eu amo o Palácio do Catete, é um lugar cheio de verde entre tantos ônibus e buzinas, apesar da praia estar do outro lado da rua. Mas ainda assim, como não sou de praia, prefiro as plantas - e o café! - do palácio. Não vou muito porque moro longe, mas ainda assim é uma delícia toda vez que vou. E que legal essa exposição que tava tendo! Nem sabia que eles colocavam exposições por lá, nunca vi uma.
    Beijo!

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    1. Pois é! Fiquei chateada também! Pelo o que vi lá, parece que vai demorar para reabrirem os quartos. Sobre o Palácio, eu gostei mto, me fez me sentir dentro da história que sempre esteve tão distante nos livros.
      Acho que todo mundo deveria conhecer um local como este!
      Beijos :*

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