domingo, 26 de outubro de 2025

Tricotando no avião: como levar o seu projeto sem problemas

Tricô e viagem sempre se dão bem!

Ano passado eu resolvi que queria sempre ter um projeto de aniversário, algo que colocasse as minhas mãos e a minha arte em movimento. Comecei com a manta do clima (você ler sobre ela aqui, ou vê-la no meu canal, no YouTube) e, para este ano, resolvi fazer mais uma versão do Hope Summer Top (receita gratuita, em inglês e em espanhol, feita pela Nerea Moreno, disponível aqui).

Minha primeira versão do HOPE Summer Top.


A primeira vez que fiz essa blusa foi em 2023. Usei o fio Verão, da Círculo, na cor azul bic. Embora a proposta desse fio seja ele ser fresco, confesso que achei que a blusa ficou um pouco quente pro clima cheio de ondas de calor de São Paulo. Acabei vestindo-a mais no período de meia-estação. (Parece que o verão de 2026 será mais fresco, então, espero usá-la mais vezes).

Tendo tudo isso em vista, resolvi tecer a mesma blusa, usando o fio Anne Natural (também da Círculo). Como iria viajar, decidi que este também seria o meu projeto de viagem (além de ser o de aniversário).

Preparativos para a viagem

Comprei dois novelos; mas, ao fazer a amostra de pontos, notei que este é um fio que rende. Resolvi que levaria apenas um na viagem, uma vez que sabia que não terminaria a blusa toda por lá. 

Sobre a escolha da agulha, abri mão da minha preferida, a de metal. Sabia que poderiam implicar com ela, ao passar nos raios-X dos aeroportos. Sendo assim, escolhi a circular de bambu + silicone (com cabo de 80 cm, porque eu gosto de ter espaço, mesmo tricotando reto).

De material auxiliar, separei dois marcadores de plástico (um para a divisória do decote e outro para prender os fios da costura); um bloquinho de anotações e uma caneta; um parador de pontos de silicone para o fim da agulha e uma fita métrica.

Materiais levados na viagem. Blusa com tecitura já mais avançada.

Resolvi não levar tesoura. Como escolhi fazer a peça inteira com um fio só (sem as listras coloridas do original) sabia que só precisaria de cortar o fio duas vezes. Eu o fiz arrebentando com as mãos, mesmo. Mas nada que pedir um corte na recepção do hotel também não funcionasse. (Ao que me parece, é possível levar uma tesoura pequena no avião, desde que ela tenha menos de 10 cm de lâminas. Se você quiser levar uma na sua viagem, informe-se com a companhia aérea para ter certeza de que é isso mesmo.)

Para evitar de montar a peça no avião, comecei uns dias antes e já fui com a barra da blusa tricotada (viajei com uma amiga e achei que seria chato ter que ficar contando os pontos na hora da montagem da peça na agulha, estando com ela e mais um monte de gente ao redor).

No aeroporto e no avião 

Para facilitar, a bolsa de tricô era o item mais fácil de tirar da mochila que levei como mala de mão. Tanto em Guarulhos, quanto no Aeroparque, na ida e na volta, ninguém no raio-X pediu para ver o meu material de tricô.

No avião, coloquei a mochila nos meus pés, o que facilitou de eu pegar e guardar o projeto durante o voo. Tricotar foi bem tranquilo e relaxante. Ajudou o tempo a passar depressa e a acalmar a ansiedade do "chegar logo".

Sobre o projeto escolhido

Acho que fiz uma boa escolha em levar o Hope Summer top pra viagem. Ele é um projeto que não exige muito espaço na bagagem ou muitos materiais. Além disso, a receita é simples, sem pontos decorativos. Aquele tipo de trabalho que você não precisa ficar pensando muito, que é possível fazer enquanto conversa com alguém.

Penso que considerar o tamanho do projeto, a sua complexidade e o perfil da sua viagem é importante ao levar o seu tricô na bagagem (não seria viável, por exemplo, levar a manta do clima, que já estava enorme e volumosa e que envolve muitos novelos de cores diferentes).

Sobre o fio, o Anne Natural solta alguns fiapinhos enquanto a gente tece. Nada que continue depois que a peça já está pronta.  Isso pode ser ruim para algumas pessoas (a mim, não me incomoda). Eu gostei de dois pontos: um é que ele rende muito (um novelo deu para fazer a frente e mais da metade das costas da blusa), o outro é que ele desliza muito na agulha. Mesmo usando uma agulha fininha, o trabalho rendeu rápido.

Durante a viagem eu consegui fazer mais da metade da peça, mesmo tricotando em momentos esporádicos, como antes de dormir. 




Recapitulando

1. Escolha um projeto pequeno, que envolva poucos materiais e que tenha um nível de complexidade que se encaixe bem com a sua viagem;
2. Evite agulhas retas (as mais antigas têm metal dentro) ou de metal. Opte pelas de plástico ou pelas bambu + silicone. Também evite as que sejam mais pontiagudas. Assim, você se poupa de ter que se explicar no raio-x ou de ter que jogar fora as suas agulhas.
3. Faça a mesma coisa com os assessórios: opte por marcadores e agulhas de tapeçaria que sejam de plástico. Se for levar tesoura, certifique-se de que a sua atende às orientações da companhia aérea.
4. Deixe o seu material o mais fácil possível de pegar e guardar. De preferência, perto dos seus pés (não no bagageiro acima. Assim, você não precisa ficar se levantando e se sentando, principalmente se estiver nas poltronas da janela ou na do meio).
5. Divirta-se e tenha, ao final da viagem, uma peça que te remeta às boas lembranças daquele período! 😉
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