sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

[Resenha] Puros, de Julianna Baggot


Para quem gosta de uma distopiaPuros é uma excelente pedida. Para quem não gosta mito – como eu – senta que lá vem história. Escrito por Julianna Baggot, autora premiada e professora de Escrita Criativa na Universidade da Flórida, Puros seria uma perfeita fonte para uma produção cinematográfica.

Imagine o seguinte contexto: explosões devastam o mundo. Elas são tão poderosas que os sobreviventes acabam fundidos ao objeto a que estava perto de si. Não há comida e bebida descentes. Moradia tão pouco. Então, os sobreviventes tentam formar um grupo de resgate, que, com o passar do tempo, se transforma em um exército tirano que decide quem deve viver ou não. Somado a isto tudo, há também as bestas que devastam o que veem pela frente. Contrapondo este panorama; há, no alto da montanha mais alta, um lugar intocado. A ele, os sobreviventes chamam de Domo. Lá vivem os puros, pessoas que não sofreram com qualquer efeito que as tais explosões e vivem numa redoma de perfeição. Imaginou tudo isso?! Então, agora você tem o contexto de Puros.

Eu confesso que demorei um pouco para entrar de fato na história (até a página 50 eu ainda estava fazendo cara de “mas é possível?”). Mas não posso dizer que a narrativa é mal feita, pelo o contrário! Baggot é genial ao estruturar cada capítulo, cada fato. Ela tem uma escrita elaborada e ao mesmo tempo, fácil de ser entendida. Ao mesmo tempo, ela exige que o leitor se abra para imaginar cada passo de cada personagem. Aliás, vamos conhecê-las?!

Inicio do primeiro capítulo (clique para ampliar).

No primeiro capítulo, somos apresentados a Pressia, uma menina que tem, no lugar de uma das mãos, um punho de cabeça de boneca. Ela mora com o seu avô, e seus pais não sobreviveram às explosões. A garota é introduzida ao leitor junto com o seu drama: completar 16 anos e ser forçada a integrar parte do exército tirano da OBR – a Operação Bendita Revolução, que quer derrubar o Domo. Mais a diante, conhecemos Partridge, morador do Domo, filho de um dos homens mais importantes de lá, que está passando por um processo de codificação da sua genética para ser perfeito.

A história começa ganhar fôlego, quando Pressia foge da OBR e Partridge começa a tentar descobrir o seu passado – o que, aliás, vai contra as regras do Domo. Então, o leitor começa a torcer pelas personagens e travar uma relação de amor e ódio com elas! Quantas vezes não me peguei dizendo: “não acredito que você fez isso!”. E, bem, é melhor eu parar por aqui... (vocês não vão quer spoiler, certo?)

Surpreendente e criativo, Puros nos deixa com aquele gostinho de “quero mais”.

Livro: Puros
Autora: Julianna Barggot
Páginas: 368
Editora: Intrínseca
Sinopse: Pressia pouco se lembra das Explosões ou de sua vida no Antes. Deitada no armário de dormir, nos fundos da antiga barbearia em ruínas onde se esconde com o avô, ela pensa em tudo o que foi perdido: como um mundo com parques, cinemas, festas de aniversário, pais e mães foi reduzido a somente cinzas e poeira, cicatrizes, queimaduras e corpos mutilados. Agora, em uma época em que todos os jovens são obrigados a se entregar às milícias para, com sorte, serem treinados ou, se tiverem azar, abatidos, Pressia não pode mais fingir que ainda é uma criança. Sua única saída é fugir. Houve, porém, quem escapasse ileso do apocalipse. Esses são os Puros, mantidos a salvo das cinzas pelo Domo, que protege seus corpos saudáveis e superiores. Partridge é um desses privilegiados, mas não se sente assim. Filho de um dos homens mais influentes do Domo, ele, assim como Pressia, pensa nas perdas. Talvez porque sua própria família se desfez: o pai é emocionalmente distante, o irmão cometeu suicídio e a mãe não conseguiu chegar ao abrigo do Domo. Ou talvez seja a claustrofobia, a sensação de que o Domo se transformou em uma prisão de regras extremamente rígidas. Quando uma frase dita sem querer dá a entender que sua mãe pode estar viva, ele arrisca tudo e sai à sua procura. Dois universos opostos se chocam quando Pressia e Partridge se encontram. Porém, eles logo percebem que para alcançarem o que desejam - e continuarem vivos - precisarão unir suas forças.

3 comentários:

  1. Sabe que começo a pegar gosto pelas distopias!? Antes era do time dos que não gostavam rs
    Adorei a ideia desse livro! Vai pra wishlist!
    Beijos

    www.meumeiodevaneio.com.br

    ResponderExcluir
  2. Oi Fê.

    Anida não li este livro e espero que se vier a ler eu goste dele. rs
    Parabéns pela resenha.

    Beijos
    http://fernandabizerra.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  3. Amada eu li o livro e ameiii, a resenha esta ótima, beijinhos...
    Está acontecendo 2 sorteios maravilhosos no blog, vem participar...
    Atitude da Beleza| FanPage| Youtube

    ResponderExcluir

Olá!

♥ Quer comentar, mas não tem uma conta no Google? Basta alterar para a melhor opção no menu COMENTAR COMO. Se você não tiver uma conta para vincular, escolha a opção Nome/URL e deixe a URL em branco, comentando somente com seu nome.

♥ É muito bom poder ouvir o que você pensa sobre este post. Por favor, se possível, deixe o link do seu site/blog. Ficarei feliz por poder retribuir a sua visita.

♥ Quer saber mais sobre o Algumas Observações? Então, inscreva-se para receber a newsletter: bit.ly/newsletteralgumasobservacoes

♥ Volte sempre! ;)

Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.