sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ensinamentos de J.K. Rowling

Daniel Radcliffe, J.K. Rowling, Emma Watson e Rupert Grint - Getty Images
Muito se escreveu nos últimos tempos sobre a série Harry Potter, de J.K. Rowling. Os artigos que tive contato, motivados principalmente pelo final da saga nas telonas, eram oriundos de diferentes tipos de autores: críticos literários e cinematográficos, jornalistas, escritores, e/ou blogueiros que escreveram despretensiosamente sobre a forma como se relacionavam com a história do menino bruxo. 

De todos os relatos que tive contato, entretanto, algo de peculiar me chamou a atenção: todos os autores destacaram, de uma forma ou de outra, os ensinamentos que a escritora deixou ao longo de cada aventura de Harry, Rony e Hermione. Para alguns, os pontos de maior distinção devem-se ao valor dado a amizade e a lealdade vista até o fim da última história, não só entre Potter, Wesley e Granger, mas também entre os outros personagens descritos (como se vê em Hagrid com Dumbledore). Paralelo a isso, a outra porção dos textos por mim lido, realçava como maior ensinamento a velha máxima de que “o amor sempre vence”. É notável que os protagonistas dos livros de Rowling tenham valores éticos impecáveis e que jamais se deixariam corromper, tendo como consequência, esta “vitória” a que essa máxima se refere. 

Falo tudo isso porque, no entanto, estes não foram os maiores ensinamentos que J.K. Rowling me deu. A cada artigo que lia, a cada palavra, uma reflexão martelava a minha cabeça sobre cada intersecção que a série fez – e ainda faz – com a minha vida. Ainda que eu ache perfeito e tente cultivar os sentimentos de lealdade e valorização das minhas amizades, ainda que este mundo louco tente me provar “por A+B” que tudo se corrompe e eu lute ferozmente contra essa ideia, estas não foram as maiores lições que Harry Potter deixou em mim. 

Mas o que aprendi então?! 
Meu primeiro contato com Harry Potter e a Pedra Filosofal – primeiro livro da série – foi durante o início de minha adolescência e, desde aquela época, a característica que mais me atrai àquela história é a coragem. Isso perdurou até o fim, perpassando pelos filmes, pelas entrevista ou qualquer coisa relacionada ao tema. A coragem que Harry apresenta desde o começo e que choca as demais personagens todas às vezes que ele chama Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, por seu verdadeiro nome, (Lord) Voldemort. Creio que esta é, sem dúvida, uma das lições que muitas pessoas deveriam aprender: enfrentar os problemas de frente é algo que muitas vezes difícil e doloroso; por outro lado, se feito de frente, tem um efeito muito mais digno. Para que ficar protelando quando se sabe que teremos que enfrentar os desafios do dia a dia?! Harry Potter me ensinou que tudo fale a pena se enfrentamos a vida, não só quando ela nos traz boas surpresas, mas também, quando ela nos traz as coisas ruins. Ensinou-me mais ainda que aquilo que acreditamos/consideramos coisas ruins sempre nos possibilita aprendizado. 

É por tudo isso que só tenho a agradecer a J.K. Rowling, por um dos maiores aprendizados que carrego comigo: quando a vida parece Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, reflito, respiro fundo e duelo com Lord Voldemort.

5 comentários:

  1. Eu aprendi a mesma coisa, acho que muita gente aprendeu a mesma coisa. Lindo texto Fê! Suas palavras estão traduzindo o sentimento de uma grande geração.!

    Beijoos

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  2. Não li nenhum livro da saga e nem vi nenhum filme; para ser sincera, comecei a ler o 1º e não me identifiquei com o estilo da autora. A maior lição dela? Como ficar milionária vendendo fábula para adolescentes....rsrsrs...brincadeirinha...muito legal seu post!
    Bjs e fik c Deus.

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  3. Tenho 17 anos e acompanho o Harry desde os 10. É meio difícil dizer tudo que ele me ensinou. Eu aprendi grandes valores com a saga, aprendi a gostar de leitura, aprendi a ser muito do que sou hoje. Devo muita coisa a JK, muito do meu caráter, do meu gosto pessoal e da minha pré-adolescencia e adolescencia. =)

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  4. Que lindo post Fê!! Bom, Harry não fez parte da minha adolescencia, até pq eu sou mais velha q vc né rsrs, mas as vezes me sinto uma adolescente até hoje rsrs, os livros eu não li nenhum , mas os filmes eu ja vi quase todos e gostei muito, estou um pouco curiosa para ler os livros. É sempre bom quando a gente tira uma boa reflexão em uma obra q possa fazer parte da nossa vida , não é mesmo. Bjs

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  5. Afinal de contas, o medo de um nome só faz aumentar ainda mais o medo pela "coisa" em sí... Sábias palavras as de Dumbledore...

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Algumas Observações | Ano 18 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.