A primeira edição de O caminho do artista foi lançado pela Julia Cameron em 1992 e, desde então, tem sido um grande sucesso. Tido como "A Bíblia da Criatividade", o livro já vendeu mais de 4 milhões de cópias ao redor do globo e é queridinho de muitas pessoas que trabalham com criatividade em diferentes frentes.
A própria autora é uma artista multifacetada. Escritora, poeta, dramaturga, compositora, diretora de teatro, TV e cinema, Julia Cameron é também professora de escrita literária. Sua obra é fruto, portanto, tanto de seu processo artístico quanto de sua troca com outros artistas e da sua carreira como docente.
“Este livro é uma ferramenta muito valiosa para quem deseja se conectar com a própria criatividade.” – Martin Scorsese
O livro é didático e direto. É estruturado em três partes bem distintas: um começo situacional (que contém a Apresentação, a Introdução, os Princípios Básicos e as Ferramentas Básicas), o programa com as doze semanas e um fechamento que conta com um Epílogo, Perguntas e respostas, Guia para grupos, Apêndice, Agradecimentos e sugestões de leituras.
O caminho do artista não é um livro para ser lido numa sentada. Ele funciona como um curso. Um programa de doze semanas com leitura e tarefas. Duas delas perenes durante todo o período: as páginas matinais e o encontro com o artista. As páginas matinais consistem em escrever 3 páginas à mão, pela manhã. Essas páginas são de escrita livre. Já os encontros com o artista são duas horas semanais, para se divertir sozinho, fazendo algo que aguce a imaginação.
Sobre as doze semanas, cada uma delas trata da recuperação de um aspecto do artista para que a criatividade floresça novamente. Os assuntos passam pelos sensos de segurança, identidade, poder, integridade, possibilidade, abundância, conexão, força, compaixão, autoproteção, autonomia e fé. Cada capítulo apresenta atividades específicas sobre essas áreas, de modo a fortalecer a criação artística.
Aqui vale dizer que a Julia Cameron é espiritualista, no sentido de que ela crê em uma força maior, por ela chamada de Deus, Universo, Grande Criador, Grande Espírito, Força Criadora. Sendo assim, o livro parte dessa premissa para trabalhar a criatividade (ainda que não mantenha nenhuma ligação com religiões, em específico). Desse modo, ao ler e fazer os exercícios da obra, o leitor tem que estar aberto a entrar em contato com um lado mais místico.
Como dito, a escrita de Julia Cameron é didática. Deste modo, ela traz exemplos próprios, de alunos e conhecidos. Além disso, toda a obra é permeada por citações que complementam, endossam e/ou incentivam os leitores a seguir o que é proposto. Outro ponto alto do livro é que ao final de cada semana há uma Checagem, com perguntas específicas para que o leitor consiga saber como está progredindo no programa e, principalmente, onde moram as suas resistências a ele.
Depois de algumas tentativas, eu consegui cumprir o programa das dozes semanas pela primeira vez. Foi uma experiência transformadora na minha vida. Caso vocês queiram, posso detalhar tudo isso melhor em um outro post. Me digam nos comentários, ok?
O caminho do artista é um livro para quem está disposto ao mergulho dentro de si, a quem tem determinação para se comprometer com seu próprio projeto criativo. Partindo dessa premissa, este é um livro/curso/leitura que vale muito a pena.
Capa.
Livro: O Caminho do Artista
Título original: The Artist's Way
Autora: Julia Cameron
Tradução: Leila Couceiro
Editora: Sextante
Páginas: 272
Sinopse:O caminho do artista reúne uma série de exercícios, reflexões e ferramentas para ajudar você a despertar sua criatividade, recuperar a autoconfiança e se livrar dos bloqueios criativos. Organizadas num programa de 12 semanas, essas técnicas vão guiá-lo por uma viagem de autodescoberta, ajudando-o a enfrentar seus medos, crenças e inseguranças – os maiores obstáculos para quem deseja expressar qualquer forma de arte. Este livro desmistifica a ideia de que o processo criativo precisa ser sofrido e extenuante, embora ele requeira uma boa dose de persistência e prática. Com este método, você vai aprender a abandonar as desculpas que o impedem de transformar suas ideias em realidade. Você vai descobrir como criar com mais liberdade e menos autocrítica, usando de forma consciente o potencial criativo que estava represado até agora. Disponível em livro físico, e-book e audiolivro.
Oi Fernanda, tudo bem? Eu confesso que sou meio resistente à livros desse tipo, acho que tenho um certo trauma de ser conduzida, meu cérebro entende como manipulação, mas à medida que eu fui lendo sua resenha, fui ficando com vontade de ler e já adicionei no Skoob, afinal, concordo com o que li sobre criatividade e escrita outro dia, esse tipo de ensinamento deve ser visto como dicas para ajudar, não leis inquebráveis.
Dito isso, já sei que essa ideia de escrever de manhã provavelmente vou quebrar. Quase nunca acordo antes do meio dia, porque gosto de um silêncio nas primeiras horas depois de acordar, e aqui em casa se eu pedir isso vai dar um problema tão grande que tenho preferido abrir mão das minhas manhãs. Mas um exercício de incentivo à criatividade é sempre bom!
As páginas se chamam matinais, mas elas se chamam assim porque devem ser escritas ao acordar. Então você escreve na hora que despertar. Espero que você goste. :)
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Fernanda Rodrigues é uma paulistana apaixonada por gatos e café. Atualmente é professora de escrita literária, escritora, revisora, preparadora de textos, leitora crítica, assistente literária, palestrante e cofundadora do Projeto Escrita Criativa. De formação, é especialista em Docência em Literatura e Humanidades (FMU) e em Formação de Escritores e Produção e Crítica de Textos Literários (ISE Vera Cruz), além de ser bacharel e licenciada em Letras — Português/Inglês (USJT) e pós-graduanda em Psicopedagogia (Universidade Anhembi-Morumbi). É autora dos livros de poesia A Intermitência das Coisas: sobre o que há entre o vazio e o caos (2019) e Rasgos dentro da minha própria pele (2022), ambos publicados pela Editora Penalux, e do didático Narrativas Digitais: narro, logo existo! Registrar o meu mundo e construir histórias (2021), lançado pela Fundação Telefônica Vivo. É 3º lugar no Prêmio SESC Crônicas Rubem Braga (2017) e tem textos em diversas antologias. Também escreve no site Algumas Observações, no ar desde junho de 2006. Mais aqui.
Desde 24 de novembro de 2013, as imagens do Algumas Observações são de minha autoria. Anteriormente, as que aparecem nas postagens eram meramente ilustrativas. Na maior parte das vezes, elas foram retiradas do Google Imagens, do We ♥ It e/ou do Tumblr. Evidentemente, sempre que eu sei quem é o autor, dou os devidos créditos. Entretanto, se você viu alguma imagem de sua autoria, por favor, deixe um comentário ou entre em contato avisando para ser creditado ou ter sua imagem substituída. ;)
Visitas
Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.
Já ouvi falar muito desse livro. Ele parece ser incrível e com muitos ensinamentos. Fiquei curioso em ler.
ResponderExcluirParece ser um produto maravilhoso, com um cheirinho delicioso.
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
O livro é maavilhoso!
ExcluirVale a pena ler :)
Beijos :*
Fiquei curiosa com o livro, achei bem interessante e diferente.
ResponderExcluirAdorei a resenha e a dica hehe :)
https://www.heyimwiththeband.com.br/
Ele é ótimo para quem quer ter uma vida mais autoral, sabe?
ExcluirAcho que você iria gostar :)
Beijo
Oi Fernanda, tudo bem?
ResponderExcluirEu confesso que sou meio resistente à livros desse tipo, acho que tenho um certo trauma de ser conduzida, meu cérebro entende como manipulação, mas à medida que eu fui lendo sua resenha, fui ficando com vontade de ler e já adicionei no Skoob, afinal, concordo com o que li sobre criatividade e escrita outro dia, esse tipo de ensinamento deve ser visto como dicas para ajudar, não leis inquebráveis.
Dito isso, já sei que essa ideia de escrever de manhã provavelmente vou quebrar. Quase nunca acordo antes do meio dia, porque gosto de um silêncio nas primeiras horas depois de acordar, e aqui em casa se eu pedir isso vai dar um problema tão grande que tenho preferido abrir mão das minhas manhãs. Mas um exercício de incentivo à criatividade é sempre bom!
Até breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
Tem postagem nova no: Universo Invisível também!
As páginas se chamam matinais, mas elas se chamam assim porque devem ser escritas ao acordar. Então você escreve na hora que despertar.
ExcluirEspero que você goste. :)
Um beijo,