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Imagem por Kostina, via Pexels. |
sabores na casa da tia
bolhas de sabão
vento no rosto ao descer a ladeira de patins
sol com o vô na calçada
tartaruga que caminha vagarosa
letras esparsas
primeiro beijo
primeiro show
uma nota baixa
— garrancho, rascunho ou mal-entendido? —
muitas notas altas
saque que não passava da metade da quadra
professor racista
professoras mães
um poema
¿hablas español?
descoberta da autora favorita
desilusão amorosa
primeiro emprego
desilusão amorosa
segundo emprego
coração verdadeiramente estilhaçado
escrita de um livro
what’s goin’ on?
cruzar fronteiras
adotar um gato
ser leoa
adotar outro gato
mais um passo
enfrentar o mundo
erguer a cabeça
— jogo de equilíbrio —
reaprender a amar
— sobretudo a si mesma —
caminhar em busca de sonhos para não esquecer
Um poema incrível e que descreve muitos fatos que vivemos. Amei.
ResponderExcluirBjus!!!
Oi Fernanda, gostei do poema. Parece fazer um carinho enquanto descreve várias fases da vida. Gostei da ideia de as feridas expostas sempre cicatrizarem. A princípio discordei, ao pensar nas minhas próprias, mas enquanto escrevia o comentário concordei, culpa minha (ou talvez tenha sido autopreservação automática) se nunca deixei as feridas expostas. Não cicatrizaram. Só se acumularam e formaram cicatrizes com as boas experiências não vividas.
ResponderExcluirAbraço;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com