domingo, 26 de março de 2023

{Resenha} Nos poros do espelho, de Mariana Maiante

Vem conhecer o livro da Mari! 💙


Em um mundo dual, uma poesia que abriga a possibilidade do "e": amor e desamor, morte e vida, casa e mundo, paz e caos. Assim é o Nos poros do espelho, livro de estreia de Mariana Maiante. O mais interessante é que essa amplitude de possibilidade é abrigada no mais ínfimo do dia a dia: no poro que reflete a nossa realidade, no poro da moldura estruturante do espelho.

Poemas "Vamos deixar tudo acertado" e "Por causa de você, menina", nas páginas 56 e 57,
do livro Nos poros do espelho, de Mariana Maiante.


Ao mergulhar na singularidade do dia a dia, a poética de Mariana Maiante nos provoca a olhar o mundo com a profundidade madura da vida adulta e com o olhar curioso da primeira infância, de modo que nós, leitores, paramos para refletir sobre nossa própria vida: é possível sempre se redescobrir.

Ao relatar a volta para o lar, as plantas na casa, um dia de sol, as lembranças e os sonhos conhecemos o universo interno desse eu lírico tão complexo. Já ao retratar as ruas, o mar, as canções, o porvir, os versos ganham um tom de crônica, uma vez que temos o olhar do eu poético que flana pelo mundo. Assim, os poemas de Nos poros do espelho ganham com facilidade o coração de seu leitor.

Poemas "O dobro das cebolas" e "Processos", nas páginas 32 e 33,
do livro Nos poros do espelho, de Mariana Maiante.


Apesar de retratar o cotidiano, mergulhar nos poros do nosso próprio espelho exige coragem. Ao ler o livro de Mariana Maiante, temos não só esse incentivo, mas também uma poeta que nos pega pela mão e, com sua potência, nos acompanha até o outro lado. 

Capa.


Livro: Nos poros do espelho
Autora: Mariana Maiante
Editora: Penalux
Páginas: 92
Sinopse/Apresentação: Há uma pitada de cronista que flana na poesia de Maiante: o interno (do sono, dos pensamentos, das memórias, do solitário, das plantas da casa) e o externo (das ruas, do mar, das músicas, das relações, do porvir) se entrelaçam nos apontando o que há de mais genuíno, o que se é de fato — não apenas o que se tem ou que se perdeu. Aliás, é tocante perceber como as perdas solidificam o que compõe esse espelho: não há apagamento de seu poro ou tentativa de conserto, mas a exposição dele como construção de uma identidade marcante e sólida. Cada verso, cada poema, cada vivência são únicos e devem ser — mesmo que a seu modo — celebrados como tal. Em um mundo cada vez mais dado a extremos, encontramos no eu lírico de Mariana Maiante a possibilidade do “e”. Amor e desamor, morte e vida, casa e mundo, paz e caos. Tudo convive, porque tudo tem permissão para passar pelo Poro do Espelho. Como poeta, Mariana foi capaz de se desnudar e encarar esta jornada. Agora, fica o convite para que o leitor também se transporte e se encontre refletido neste caminho de versos repleto de possibilidades. 
Compre o livro com a autora, via Instagram: @mari_maiante.
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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.