quinta-feira, 10 de março de 2022

À moda antiga

Foto por Taisiia Shestopal, via Unsplash.


Resolvi escrever um post à moda antiga, como aqueles de quando a internet era mato e a gente abria a área de blog para conversar. Não sei como as coisas andam por aí — do outro lado da tela —, mas aqui, tudo tem passado em um piscar de olhos. O primeiro trimestre do ano está praticamente no fim, eu fiz tanta coisa e, ao mesmo tempo tenho a sensação de que não absolutamente fiz nada.

A passagem do tempo anda estranha. Hoje faz dois anos que eu voltava da Argentina pela terceira vez. Fez mais de dez que eu me formei. Já tem quase dois que deixei a carreira de docente na Educação formal. Em setembro, completo 36. Algumas lembranças seguem tão vívidas que eu poderia jurar que aconteceram ontem, não há quase duas décadas. Os sonhos andam tão firmes e distantes que ainda me sinto jovem. Meu corpo, contudo, me lembra que as coisas já não são bem assim.

Vi no Jornal Hoje que março está com as temperaturas acima da média. Aqui em São Paulo a temperatura está cerca de 4ºC mais quente se comparada com os verões passados. Não sei se é isso, se é o saldo do confinamento ou as guerras que homens insistem em travar, mas meu foco anda a cada dia mais escasso. Talvez por isso — ou seria justamente por isso? — eu tenha apelado por esse post à moda antiga.

A lista dos desejos está longa. Sou uma pessoa que quer parir ideias a todo o instante. Mas o que mais desejo mesmo é a bandeira branca hasteada num parque, em um dia de piquenique, rodeada de amigos e abraços. Em meio à gargalhadas sinceras e pés descalços, é possível recuperar o fôlego e encontrar a paz.

Certeza de que sou vintage, porque — ao fim e ao cabo — eu sou tão à moda antiga quanto um textão em um blog nascido no início deste século.


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10 comentários:

  1. Oi, Fernanda. Como vai? Que lindo texto, viu. Que a paz volte à humanidade o mais rapidamente possível. Fique bem. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. Olá,
    compartilho e muito de vários dos seus pensamentos.
    Acho que o pessoal tinha razão quando me falava que depois dos 30 a coisa passa bem rápido. Mas estou só no sentimento de não ter feito nada/suficiente.
    O foco tá mínimo e, nossa, a gente até tenta ficar longe das notícias, mas é impossível.
    Eu moro num local do Rio que faz muiiiiiiiito calor, essa semana foi horrível... a sensação térmica passa sempre dos 40.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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    Respostas
    1. Oi, Nana!
      A gente sempre é o suficiente. Mas o mundo às vezes distorce essa percepção. Isso é o mais complicado de tudo.
      As mudanças climáticas estão afetando todo mundo. :(

      Um beijo

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  3. oi, oi.

    fê, eu senti tudo daqui. cada palavra, cada sentimento... o que vc tá vivendo é o mesmo por aqui. fiz muita coisa, mas ao analisar o tempo, sinto q não fiz nada.

    há um desgaste mental. não sei se é a pressão por ainda acreditar na pandemia ou o cansaço mental dos últimos anos. o fato é que estou seguindo... não sei onde chegarei, mas desistir não uma opção.

    boa sorte pra gente e desejo tudo de melhor por aí!

    bj!

    Não me venha com desculpa - Adriel Christian

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    Respostas
    1. Oi, Adri!
      A pressão sempre vem. A gente tem que lidar com ela e isso é que complica. O bom é que temos os nossos blogs, temos uns aos outros.

      Sorte pra nós!

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  4. Uau! Arrasou! Esses tempos áureos do blog poderiam voltar.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está de volta com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.