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Céu de inverno. |
Me vacinei na véspera do dia do amigo e isso, por si só, foi bem significativo. Fiquei pensando nos laços que construí ao longo da vida, nas pessoas que vieram e se foram e em tudo o que esses 16 meses de quarentena têm representado na minha vida. Quem me conhece de longa data sabe o quanto eu amo estar rodeada de gente e o quanto estar há mais de um ano sem me encontrar com os meus amigos é doloroso. Mas mais doloroso ainda é não poder apoiá-los nos momentos difíceis do jeito que eu gostaria. Faltam abraços e olho no olho. Nenhuma tela vai substituir isso. Quando me vacinei, não pude deixar de pensar no vô e em como gostaria que ele tivesse tido a mesma chance, ainda que ele fosse só vô de coração e não tivéssemos o mesmo DNA.
Também sinto falta de festejar. Os abraços felizes das conquistas e as gargalhadas altas ecoando espontaneamente não são as mesmas on-line, de qualquer modo seguimos assim pelo tempo que for preciso.
É engraçado pensar nisso tudo, porque há um paradoxo nessa relação também. A maior parte dos meus melhores amigos, aqueles com quem posso contar de olhos fechados, moram longe — outros municípios, outros estados, outros países. A fronteira do amor tem outras medidas que não cabem na cartografia.
Viver é uma contradição bonita, que me faz sorrir, porque eu sei que eu, na minha humana pequenez, sou a própria miscelânea de sentimentos antagônicos.
Sábado passado, na aula de Yoga, falamos sobre ter raízes profundas para poder balançar a copa com o vento. Me sinto reflexiva e, sobretudo, grata por poder seguir caminhando (seja em meio à brisa, seja em meio ao furacão).
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Bela reflexão!
ResponderExcluirAgora é só marcar pra rever os amigos e matar as saudades hihi :)
https://www.heyimwiththeband.com.br/
ainda falta a segunda dose e os 15 dias que seguem após a aplicação. Aos poucos tudo volta para o lugar que deve estar.
Excluir:)
oi, oi.
ResponderExcluirte entendo bem, Fê! quando eu me vacinei, tive um misto de sentimentos. na vdd, no momento em que a vacina foi aplicada, eu só tava com medo da agulha mesmo, mas depois, quando voltei ao trabalho, mil reflexões me passaram pela mente.
perdi o meu avô durante a pandemia. foi muito triste ver a família inteira não poder fazer uma despedida do jeito q ele merece. :(
enfim... que a gnt reúna forças pra seguir em frente, de cabeça erguida. Não me venha com desculpa - Adriel Christian
Oi, Adri!
ExcluirTambém tenho fobia, então as reflexões bateram depois também. Eu imagino o quanto foi doloroso perder alguém. sinta-se abraçado! <3
Um beijo :*
Força! Você conseguirá ter essa força para lidar com todas as situações de sua vida. E, com certeza, você é ar e benção para alguém. Adorei o texto!
ResponderExcluirBoa semana!
O blog está em Hiatus de Inverno entre 02 de agosto e 02 de setembro, mas comentaremos nos blogs amigos nesse período.
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Feliz por você ter gostado do texto! :)
Excluirviver é realmente uma contradicao bonita
ResponderExcluirUm beijo.
Ha det bra!
Leidiane Holmedal | leidianesbueno@gmail.com
Watermelon Curly
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A humanidade que há nisso é, de algum modo, perfeita.
ExcluirBeijos :*
Esta é uma frase muito significativa: "A fronteira do amor tem outras medidas que não cabem na cartografia." . Adorei seu texto!
ResponderExcluirAmar é transcender :)
Excluir<3