"Nosso único valor como humanos são os riscos que nos dispomos a tomar".
(Ernest Hemingway)
Sob a direção de Bob Yari, o drama biográfico Papa Hemingway: Una História Verdadeira narra o início da amizade entre o jornalista americano Denne Petitclerc (no filme, Ed Meyers) e o escritor Ernest Hemingway e sua esposa Mary.
Entre idas e vindas de Ed Meyers a Havana, Cuba, Papa Hemingway (como Ernest preferia ser chamado), passa a conhecer mais a história de vida de jovem jornalista e a ajudá-lo a encontrar a sua voz como escritor. Ed, por sua vez descobre todas as nuances do temperamento do autor que sempre o inspirou. Tudo isso acontece a partir de 1959, então, temos como pano de fundo a Revolução Cubana, com toda a sua truculência rondando os personagens.
"A man alone ain't got no chance". (Ernest Hemingway)
Na cena: Ed Meyers (Giovanni Ribisi) e Hemingway (Adrian Sparks).
Por termos sempre o ponto de vista de Ed, conseguimos acessar um lado da vida de Hemingway que nem todos conheciam: aquilo que estava na vida privada do vencedor do Nobel de Literatura de 1954. Sendo assim, é interessante observar como Papa Hemingway aborda o contexto do escritor de sucesso (vencedor de um Nobel) e suas lutas internas contra os próprios sentimentos, o bloqueio criativo, a fama, o sistema político. Em alguns momentos, o espectador é levado a refletir sobre o que é a liberdade, o amor e como lidar com a morte (que, lenta ou rápida, é sempre devastadora).
Cartaz do filme no Brasil.
Para quem nunca leu algo do Hemingway, o filme gera no espectador o desejo da leitura. Para quem já o leu, surge a vontade de ler mais. A película nos introduz o gênio e sua mania de contenção. Ser enxuto e, portanto, preciso é um dos lemas do autor e isso fica bem claro durante as conversas que ele trava com o Ed sobre a escrita.
Na cena: Ed Meyers (Giovanni Ribisi), Hemingway (Adrian Sparks) e Mary Hamingway (Joely Richardson)
O roteiro do filme foi escrito pelo próprio Denne Petitclerc, que seguiu amigo de Mary Hemingway, após a morte de Ernest. Vale ressaltar que o longa foi gravado nos cenários reais em que a amizade se deu, o que inclui a casa em Hemingway viveu em Cuba (hoje, um museu), e que a locação é incrível, tornando a fotografia impecável. Sobre isso, o diretor do filme, Bob Yari, relata que lidar com as diferenças de infraestrutura EUA x Cuba foi complicado e que a equipe americana teve que se adaptar ao ritmo cubano. Ainda bem que tudo deu certo e que eles conseguiram rodar um filme tão belo!
Filme: Papa Hemingway: Una História Verdadeira Título Original: Papa Hemingway in Cuba País: EUA, Canadá Duração: 1h50 Gênero: Drama, Documentário Classificação etária: 14 anos Direção: Bob Yari Elenco: Adrian Sparks, Giovanni Ribisi, Minka Kelly, Joely Richardson, Shaun Toub, James Remar, Daniel Travis Sinopse: Durante a Revolução Cubana, um jornalista vai a Havana entrevistar Ernest Hemingway, o escritor e aventureiro que o inspirou.
Desculpem, mas não encontrei um trailer com legendas em português. :(
A informação feliz é que tem o filme lá na Netflix. :)
ain, que bom que tem na netflix! facilita demais minha vida... vou já colocar na minha lista. :)
infelizmente não conheço o escritor, tampouco li algo dele, masssss... como vc disse que a história gera a vontade de conhecer ainda mais sobre ele, com certeza vou dar uma chance. amo quando isso acontece comigo. <3
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Fernanda Rodrigues é uma paulistana apaixonada por gatos e café. Atualmente é professora de escrita literária, escritora, revisora, preparadora de textos, leitora crítica, assistente literária, palestrante e cofundadora do Projeto Escrita Criativa. De formação, é especialista em Psicopedagogia, (Anhembi-Morumbi), em Docência em Literatura e Humanidades (FMU) e em Formação de Escritores e Produção e Crítica de Textos Literários (ISE Vera Cruz), além de ser bacharel e licenciada em Letras — Português/Inglês (USJT) e pós-graduanda em Revisão de Textos (FMU). É autora dos livros de poesia A Intermitência das Coisas: sobre o que há entre o vazio e o caos (2019) e Rasgos dentro da minha própria pele (2022), ambos publicados pela Editora Litteralux (antiga Penalux), de La intermitencia de las cosas: sobre lo que hay entre el vacío y el caos (2024), publicado pela Caravana Editorial e do didático Narrativas Digitais: narro, logo existo! Registrar o meu mundo e construir histórias (2021), lançado pela Fundação Telefônica Vivo. É 3º lugar no Prêmio SESC Crônicas Rubem Braga (2017) e tem textos em diversas antologias. Também escreve no site Algumas Observações, no ar desde junho de 2006.
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Desde 24 de novembro de 2013, as imagens do Algumas Observações são de minha autoria. Anteriormente, as que aparecem nas postagens eram meramente ilustrativas. Na maior parte das vezes, elas foram retiradas do Google Imagens, do We ♥ It e/ou do Tumblr. Evidentemente, sempre que eu sei quem é o autor, dou os devidos créditos. Entretanto, se você viu alguma imagem de sua autoria, por favor, deixe um comentário ou entre em contato avisando para ser creditado ou ter sua imagem substituída. ;)
Não conhecia esse filme!! Gostei da dica
ResponderExcluirBlog Entrelinhas
O filme é lindo! Vale a pena! :D
ExcluirBeijos
oi, oi!
ResponderExcluirain, que bom que tem na netflix! facilita demais minha vida... vou já colocar na minha lista. :)
infelizmente não conheço o escritor, tampouco li algo dele, masssss... como vc disse que a história gera a vontade de conhecer ainda mais sobre ele, com certeza vou dar uma chance. amo quando isso acontece comigo. <3
bjs!
Não me venha com desculpas
Adriel,
Excluirele (o Hemingway) tem um estilo bem conciso. No filme, dá pra ter um pouco da ideia que ele traz. Acho que você vai gostar! ♥
E Netflix salva vidas, né nom?!
Beijos!
Adorei os textos do Hemingway; obrigada pela dica!
ResponderExcluirBj e fk c Deus
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
Yay! Que bom que você foi atrás do Hemingway e que gostou! ♥
ExcluirFiquei feliz com isso :)
Beijos
Muito legal o seu blog, Fernanda! Abraços! Também tenho blog há 17 anos (rsrs).
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