Crônicas

Minhas crônicas não são com as da definição que aprendi na universidade. Elas não cabem em um evento do cotidiano. Minhas crônicas não olham o mundo que todos veem. Minhas crônicas são feitas para sentirem.

Volto os meus olhos para um lugar quase inabitável, desconhecido por muitos, é sobre ele que escrevo. Minhas crônicas são, portanto, a visão do desconhecido palpável por esta escritora que sente.

Minhas crônicas têm cheiro, têm gosto: o azedo dos dias cinzas, o doce da nostalgia, a picância do amor, o salgado da alegria, o amargo da tristeza, a candura da paz. Minhas crônicas têm a textura, a musicalidade e a rima de quem as faz.

Logo, não espero crônicas nos moldes dos folhetins, destas de jornal dominical. Os retratos aqui pintados não olham o mundo por todos vistos; eles pintam um universo que vai além do infinito... o meu infinito particular!