domingo, 24 de abril de 2011

What time is it in the world...? – Parte III

Parte I, aqui.
Parte II, aqui.

Acabado o show do Muse, o friozinho da barriga aumentou... Eles estariam chegando... Como não sentir um frio na barriga nessas horas?! 

Voltamos aos nossos lugares e ficamos mais um tempinho sentados – vendo aquele relógio sobre o palco (no telão, para ser mais precisa) girando com horários distintos... - Os instrumentos do Muse foram desmontados (em uma velocidade que me deixou pasma), e ver tudo sendo preparado para a minha banda de rock preferida, me deixava cada vez mais ansiosa. 

O tempo parecia não passar. Então, Fernanda e eu procuramos um bom passatempo: ficamos observando as pessoas ao nosso redor. Como sempre – digo “como sempre”, pois isso já não é mais muita novidade na minha vida – estávamos cercadas por cara gatos com suas respectivas namoradas; caras gatos, porém gays (nessas horas queria que os meus amigos gays estivessem lá comigo, eles teriam feito sucesso! Fato!) e os caras feios porém solteiros. Foi nessa hora que nós avistamos um gordinho olhando languidamente para nós da outra arquibancada – morro de rir só de lembrar!

Levantamos e voltamos à grade da arquibancada. Ficamos conversando (e comendo aquele sanduiche MA-RA-VI-LHO-SO de churrasco! – Sorry, Jennifer!), até que um carinha puxou assunto conosco – ele nos ouviu conversando em inglês e queria saber da onde éramos... Confesso que tive que me segurar para não rir, porque ele era A CARA do Howie D (dos Backstreet Boys!). Quando ele disse: Hi! Where are you from?, o imaginei dizendo: Hi! My name is Howie D and we are the backstreet boys. Keep the backstreet pride alive! Uahahahah Foi difícil não rir – ainda bem que a Fernanda chegou na hora, e eu desviei a minha atenção para a nossa conversa.

Conversa vai, conversa vem, eis que começa o Trem das Onze. Nos esbaldamos de cantar/gritar/dançar. Sambei – mesmo sem saber. Estava mega feliz!!! Como não estar?! Ainda mais, porque é engraçado dançar com o jeitinho brasileiro em meio aos gringos. Eles olham com uma cara de: também quero! Hehehe 

Acabado o momento “moooooooooro em Jaçanã”, as luzes se apagaram e eu fiquei com aquela cara de “Ai-meu-Deus-é-agora”. Ver o Trem das Onze abrindo espaço para Space Oddity, ver Larry, Adam, The Edge e Bono entrando no palco foi uma das coisas mais incríveis que já me aconteceu! (Larry e Adam vestidos em roupas brancas, Bono e The Edge em roupas pretas) Todas aquelas luzes, os sons do baixo, da guitarra e da bateria... Naquele momento constatei que aquela seria uma experiência a ser mais do que vivida, seria sentida! 

Foi quando eles começaram de fato a primeira música, que eu pensei: eles existem! E veio, então, a primeira música... Fiquei mega feliz, porque sempre tive um caso de amor com Even Better the Real Thing! Sempre adorei todas as chances que eles pedem na letra dessa canção, sempre a curti desde a primeira vez que a ouvi! Então, aquele era o momento de pedir: give me one more chance, let me be your lover tonight! 

Emendando Even Better the Real Thing, foi a vez de voltar direto no túnel do tempo e de eu me esgoelar gritando aquilo que todo o fã quer gritar pros caras: If you walk away, walk away / I walk away, walk away / I will follow. Eu sei que a essa altura eu pulava e gritava e me declarava. Nunca neguei o quanto gosto deles e nunca neguei o quanto eu amo I will follow, então imaginem a minha cara! Eu estava de fato mega surpresa; porque, ainda que eu soubesse que eles SEMPRE mudam o set list do show quando vem para cá, não esperava que as duas primeiras músicas seriam essas... O restante do show prometia! Sentia como se eles estivessem falando sobre mim, quando na verdade, eles cantavam/tocavam para mim.

Veio então Get on your boots e eu me acabei de tanto dançar até que The Edge começou a fazer aquele vocal maravilhoso, ao cantar You don't know how beautiful / You don't know how beautiful you are. Eu parei para ouvi-lo dizer isso. E gritei com o Bono (para The Edge, talvez): You don't know, and you don't get it, do you? Sentir a felicidade daquele estádio abarrotado de tanta gente foi algo surreal. A sensação que eu tive foi que todo mundo gritou junto o I got a submarine / You got gasoline / I don't want to talk about wars between nations, num desejo de mandar as coisas ruins para bem longe. Para longe dali, para longe de tudo.

E nessa, ouço os “obrigado” e os “São Paulo, São Paulo” ditos por Bono Vox. Olho para o Adam e vejo aquele sorriso lindo lindo! Por quanto tempo eu havia sonhado com isso?! Por toda a minha vida...

Chega a hora da música que adjetiva o show: Magnificent. A hora de sentir o nó na garganta só em ouvir o Bono cantar: I was born / I was born to be with you / In this space and time e desse nó virar lágrimas, quando ele completou: I was born / I was born to sing for you / I didn't have a choice but to lift you up / And sing whatever song you wanted me to / I give you back my voice. Sempre admirei as pessoas que perseguem os seus sonhos e que trabalham fazendo aquilo que amam – sejam elas vendedores, professores, médicos, ou cantores famosos – e Magnificent é justamente um dos porquês de eu amar o U2. Ver os quatro entregues àquela plateia e ver a multidão entregue aos quatro foi, é e sempre será de arrepiar! Only love, only love can leave such a mark / But only love, only love unites our hearts / Justified till we die, you and I will magnify / The Magnificent


Bono solta um “aaaah” e eu viro para a Fernanda e digo: é a sua música! Ela sem entender, responde: o quê?! E eu completo: é Mysterious Ways! E a música começa! Foi lindo vê-la vibrando com essa música – antes do show, estávamos conversando sobre as músicas que realmente queríamos ouvir e ela destacou Mysterious Ways. Também não pude deixar de me lembrar da Marina e do sonho que ela realizaria dois shows depois, ouvindo-a. Dancei (in mysterious ways) até não poder mais (acho que esta frase vai se repetir muitas vezes por aqui...) Era como se eles me dissessem: Let her talk about the things you can't explain. / To touch is to heal, to hurt is to steal. / If you want to kiss the sky, better learn how to kneel / On your knees, boy!

Uma pausa para uma prosa com Bono Vox: “Wow! Thank you. Obrigado”, ele disse. Depois completou: “Tonight is Saturday in São Paulo... Saturday is balada day, in São Paulo.” – imaginem a minha cara ao ouvir o “Balada day” – e seguiu dizendo, meio que falando com o Edge, meio que apontando para a multidão: “they eat pizza and go to balada. I like pizza!” Neste momento, o Bono começou a comparar a banda com sabores de pizza. (Eu nem ao pizza, não é? *assobia*). Bono era a de pepperoni, Adam a de banana, The Edge era a de jaca – todo mundo riu! - “or minhonhoca pizza?” – rimos mais ainda! – “is it a word, no? Ok, he’s jaca pizza”. Eu gargalho todas as vezes em que me lembro dele falando “minhonhoca” ao invés de “minhoca”! hehehe Quanto ao Larry: “No cheese, no tomato, no pastry, no pizza - we call him the good looking pizza. Larry Mullen on drum”

Para mim, o Larry pode ser uma pizza de quatro queijos ou de chocolate... Mas deixemos o lado “além-de-talentoso-ele-é-um-baita-dum-gato!” de lado...



Lift my days, and light up my nights, oh.

Continua...

3 comentários:

  1. Fernanda, Deus te abencoe garota!!! Sua riqueza de detalhes me fez ir até Sampa pra ver o show do U2. Sei q nao da pra comparar, mas foi como se eu tivesse lá... Muuuuuuuuuuuito obrigada!
    Fiz um balanço geral das férias. Confira. Bjs e fik c Deus.

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  2. Tem post novo na área!

    Bjs e fik c Deus.

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  3. Mamarazzi Week, dicas de blog e presente de dia das mães.
    E uma homenagem especial!
    Confira!
    Bjs e fik c Deus.

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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.