Educar

“O que é ser um bom educador?”

Muitas vezes esta pergunta me vem à mente e eu fico pensando até onde chega os conhecimentos que eu transmito a todos os meus educandos.

“Será que o que ensino lhes será útil?!

Será que eles se lembram de mim ao longo de suas vidas?!”

Educar é uma incógnita, porque, por mais que você siga um planejamento pré-estabelecido, nunca as coisas sairão como estão no papel. Sempre haverá um olhar, uma palavra, uma troca... Ah! A troca! A troca é o que há de mais profundo na relação educador/educando. É o que há de mais magnífico, de mais humano. É o que me move a continuar lecionando... Mais do que ensinar, o que me faz lecionar é o olhar de descoberta que os educandos têm ao aprenderem e que eu tenho ao descobrir algo novo, do universo deles.

Educar é descobrir esta troca entre educador e educando. É ter a sensibilidade para perceber que o educador não é o que tudo sabe e que o educando não é um ser sem luz. Educar é uma descoberta de horizontalidade, que só a torça de conhecimentos permite.

Talvez a resposta de abertura deste texto seja justamente essa: permitir-se trocar, fomentar o conhecimento produzido pela abertura a troca. A partir do momento que educador e educando trocam suas visões de mundo – que muitas vezes são extremamente distintas -, o processo educacional se dá efetivamente. Ser um bom educador é criar um ambiente de câmbio de informações.

Sei que nunca serei uma educadora perfeita, porque um dia aprendi com um amigo que sempre podemos melhorar. Se deixo alguma marca de meu ensino em outrem, eu não sei. Sei que todos os meus educandos deixaram uma marca profunda em mim.