domingo, 3 de maio de 2015

Diálogo do impossível


– Hey...
- Oi.
- Desculpe, eu... eu não queria incomodar...
- Sem problemas...
- Só queria entender. Sobretudo me entender...
- Olha, eu... 
- Não, não precisa dizer.
- Mas eu devo, eu que sumi...
- Você foi um covarde por isso... mas mesmo assim...
- Mesmo assim?
- Mesmo assim eu consigo ver as coisas boas, os momentos bons. Mesmo assim eu continuo te amando.
- Eu não sei nem o que dizer.
- Não precisa dizer nada. O fato de eu te amar ainda, depois de todos estes anos, não significa que eu voltaria correndo para você.
- Você e seu orgulho.
- Eu e o meu medo, eu diria. Não consigo confiar em alguém que não tem certeza do que sente. Você já me abandonou uma vez, por que não faria de novo?
- E por que faria de novo?
- Essa não é a questão. Não te chamei aqui para isso. Na verdade, não sei ao certo porque estamos aqui... Só queria desabafar. Só quero me livrar deste fantasma. Colocar um ponto final em tudo isso, saca?
- Acho que sei.
- Você tocou a sua vida, eu fiz isso minimamente. Eu sobrevivi. Agora eu quero viver, cem por cento, por inteiro.
- Então viva. Siga o seu caminho.

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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.