domingo, 28 de dezembro de 2025

Retrospectiva notável: 2025

domingo, dezembro 28, 2025 3
2025 não só foi complexo, mas também foi lindo!

Uma das coisas mais legais de se ter um blog é poder revisitar o passado. Evolução, aprendizado, dramas, recomeços. Tudo registrado. 

Antes de começar este post, fui reler a retrospectiva incrível de um ano notável. Dez anos passam num piscar e, olha, é legal fechar 2025 com uma sensação parecida com a de 10 anos atrás: um ano artístico, cheio de encontros, feliz. Também li a retrospectiva notável de 2020 e é doido que também continuo com a sensação de que a linha do tempo se embolou. Em um dia era janeiro, noutro setembro, noutro dezembro. 2025 continuou com o tempo não linear, mesmo eu usando todos os tipos de lembretes e agendas. Das venturas escondidas no pó do tempo vejo que ser artista é essência e que essência se honra. Fico feliz que o mundo tenha controlado vírus e que agora eu possa viver uma vida artística de forma plena.

2025 foi o ano em que eu dancei!
Acima um pouco das minhas 2 apresentações de dança.

Falando sobre 2025,"altos e baixos: a sorte vai e vem", já diria a música. O fato é a minha sensação é que: 1. isso é viver; 2. no fim das contas, foram mais altos do que baixos. 

Na lista dos altos, temos: fiz novas amigas (minhas companheiras de bailado!), comecei a aprender a dançar, passei o meu aniversário no meu lugar favorito, abracei Júnior (depois de 18 anos de blog), conheci a Polly, passei a encontrar duas amigas (a Boo e a Si) uma vez por mês, comemorei 10 anos de Projeto Escrita Criativa, realizei o meu sonho de ver o Sting (isso estava na minha bucket list!), a Shakira e o Oasis (milagre!!!!). Fora ter revisto os meus boys. No trabalho, diversifiquei as minhas aulas: além das mentorias de escrita, passei a lecionar língua portuguesa e voltei à língua inglesa. Além disso, continuei com os trabalhos textuais de leitura crítica, preparação e revisão de texto. Rascunhei 2 livros novos. Também iniciei a pós em revisão de textos e fiz outros estudos literários. Já na dos baixos, fiquei doente por quase 3 meses, mas não reclamo (agora estou bem), a Poesia andou adoentada (agora ela também está bem) e isso me fez gastar um pouco de dinheiro que não queria. Nada fora do controle. 

Como disse acima, queria (e quero) viver uma vida cada vez mais artística. Então, 2025 foi um ano de experimentar leituras, conhecer novos autores, ver espetáculos (de dança, de música, de stand up). Isso me fez feliz demais!  Abaixo, seguem algumas listas do que rolou:

Livros lidos (e relidos):

Uma das minhas leituras preferidas deste ano.

  1. Canção para ninar menino grande, de Conceição Evaristo 
  2. Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus 
  3. Um paraíso portátil, de Roger Robinson 
  4. Crônicas de Travesseiro, de Pedro Tavares 
  5. Demerara, de Wagner G. Barreira
  6. Como encontrar o seu estilo de escrever, de Francisco Castro 
  7. Escrever sobre escrever poesia, de Eduardo Milán 
  8. Também eu danço, de Hannah Arendt 
  9. Depois dos quinze, de Bruna Vieira 
  10. Esta história está diferente, org. Ronaldo Bressane 
  11. Ano Passado, de Júlia de Carvalho Hansen 
  12. Devoção, de Patti Smith 
  13. Na ponta da língua, de Caetano W. Galindo
  14. Teoria do Conto, de Nadia Batella Gotlib
  15. Mamãe & eu & mamãe, de Maya Angelou
  16. Cartas perto do coração, de Fernando Sabino e Clarice Lispector
  17. Diario de la dispersión, de Rosario Bléfari
  18. Octavio Paz 1914-1998, de Octavio Paz 
  19. Escrever ficção, de Luiz Antonio de Assis Brasil 
  20. Mudança, de Verónica Gerber Bicecci 

Shows, dança e teatro:
Alguns dos shows que assisti em 2025.
Neste ano fui a muitos, mas quase não fiz fotos.
Quis mesmo curtir o momento. :)
  1. Show: Shakira (Las mujeres ya no lloran World Tour)
  2. Show: Sting (Sting 3.0 World Tour)
  3. Show: Leoni
  4. Show de abertura: Dado Villa-Lobos
  5. Show: Os Paralamas do Sucesso (Os Paralamas do Sucesso  Turnê 4.0)
  6. Concerto: Orquestra no teatro municipal
  7. Teatro/dança: Começaria tudo outra vez
  8. Dança: Carvão, cia Sansacroma  (SESC)
  9. Show: Nando Reis
  10. Stand up: Victor Camejo
  11. Show: Ceelo Green (The Town)
  12. Show: Pedro Sampaio (The Town)
  13. Show: Jason Derulo (The Town)
  14. Show: Backstreet Boys (The Town)
  15. Teatro/dança: Tango no Café Tortoni
  16. Teatro/musical: Norma Bengell, o Brasil em revista
  17. Teatro/dança: Carvão (CCSP)
  18. Show de abertura: Richard Ashcroft
  19. Show: Oasis
Alguns dos espetáculos que vi.
O Carvão ainda está rodando o país (você pode ter informações sobre a agenda no Instagram da @cia_sansacroma). Já o Tango e o Em pé na rede são permanentes (o tango, no Café Tortoni e o stand up, todo domingo no Clube Barbixas).


Além disso, este foi o ano em que mais gravei pro YouTube, falando de rotina, de literatura, dos meus hobbies. Também terminei a manta do clima e outros projetos. Escrevi aqui. Enfim, vivi uma vida artística que se espalha por todo o lugar por onde passa e que eu gostaria que inspirasse as pessoas ao meu redor. 

E você, como foi o seu ano?
_____________________________________________________________
Gostou deste post?
Então considere se inscrever na Newsletter para receber boletins mensais 
ou me acompanhar nas redes sociais: 

domingo, 14 de dezembro de 2025

Cartografia

domingo, dezembro 14, 2025 3
para Veriana Ribeiro

distâncias não são nada para quem tem raízes
e sabe fluir por águas e ares

distâncias não são nada para quem se comunica com a terra
e faz do barro palavras e das palavras, pulso

distâncias não são nada para quem amadurece
e multiplica os frutos da amizade em todo canto

distâncias não são nada para quem sabe
que partir também é ficar e que ficar também é ir

distâncias não são nada para quem está sozinha
porque estar sozinha é mito, não verdade

distâncias não são nada
quando se sabe ser parte, se é todo

distâncias não são nada e se espraiam
para ser cidade e rio e voo e floresta e lenda e chão

distâncias não são nada
distâncias são tudo
trajetórias, recomeços
de rotas sem fim

Texto escrito e lido no amigo secreto do sarau das estações como presente para a escritora Veriana Ribeiro. Para saber quem me sorteou e qual texto tanto eu, quanto as demais autoras ganharam de presente, clique aqui.


_____________________________________________________________
Gostou deste post?
Então considere se inscrever na Newsletter para receber boletins mensais 
ou me acompanhar nas redes sociais: 

domingo, 7 de dezembro de 2025

Convite: Sarau das estações: edição de verão + amigo secreto

domingo, dezembro 07, 2025 2


Mais um ano se encerrando, mais uma mudança de estação chegando, mais um sarau lá no meu canal do YouTube. E nada como festejar ter vencido 2025 com um amigo secreto, não é mesmo? Sendo assim, convidei outras 4 escritoras para celebrarmos e fazermos a troca de presentes, presentes em formato de texto! YAY! O mais legal? Você poderá ver a troca ao vivo e à cores numa live que faremos juntas (clique aqui para ativar as notificações).



E quem são as escritoras que estarão junto comigo nesse encontro? Segue abaixo a informação de cada uma delas:

LUCILA ELIAZAR NEVES 
Lucila tem 37 anos, é mineira e escreve há mais de 10 anos. É coautora do livro "As 79 Luas de Júpiter". Participou das antologias "Marés", do Projeto Escrita Criativa e "Terra", do Selo Off Flip. Escreve no blog Reticências (https://oinfinitocomtrespontos.blogspot.com) e no Instagram (@lucibsb_en). 

MARCELLE VIEIRA SALLES 
Marcelle Vieira Salles é escritora, mestra em administração e bacharel em Letras pela UFMG. É membra e palestrante da Jane Austen Sociedade do Brasil desde 2011. 
Instagram: @marcellevieirasalles2 

MICHELLE CRUZ 
Michelle Cruz, comunicóloga, multiartista (atriz, locutora, escritora, ilustradora intuitiva, crocheteira) e cat sitter. Coautora da antologia "Marés". Descendente das primeiras mulheres empreendedoras do Brasil: As Negras Quitandeiras. Redes sociais: 
Instagram: @soumichellecruz 

VERIANA RIBEIRO 
Veriana Ribeiro é jornalista e escritora acreana com mais de 15 anos de experiência na área da comunicação, formada pela Universidade Federal do Acre (UFAC) e mestre em Meios e Processos Audiovisuais pela Universidade de São Paulo (USP). Publicou o livro "Coletânea dos Amores Partidos" (autopublicação, 2021) e participou das coletâneas "Contos em Miniatura"(Editora Comala, 2025) e  "Antes que eu me esqueça \ 50 autoras lésbicas e bissexuais hoje" (Quintal Edições, 2021), além de escrever projetos literários independentes como zines e newsletters. Instagram: @veriveris



Você está convidado para se divertir conosco. VEM
_____________________________________________________________
Gostou deste post?
Então considere se inscrever na Newsletter para receber boletins mensais 
ou me acompanhar nas redes sociais: 

domingo, 23 de novembro de 2025

{Fotografia} Pausa para respirar #8

domingo, novembro 23, 2025 7


Este pausa para respirar segue na linha portenha, porque se tive momentos de pausa e de respiro nesta viagem, muitos deles foram para comer. E quem não ama estar em uma cidade repleta de bons restaurantes com quitutes maravilhosos? Pois é, posso dizer que fui bem feliz.

Não fiquei anotando em qual restaurante comi o quê (deixo anotado o que souber), mas deixo no fim do post alguns lugares por onde passei, assim vocês podem inclui-los nos seus roteiros de viagem, caso queiram.

Ah! E mais um pequeno adendo — porque eu só notei isso enquanto escrevia este post —, eu comi churrasco argentino (las parrillas), mas estava tudo tão saboroso, que eu me esqueci de fazer as fotos. Hehehe 



Bolinhas que ganhei do chico que trabalha no quiosco ao lado do hotel em que me hospedei.

Bolo que o hotel me deu de aniversário. 
(Já tinha comido metade, quando me lembrei de fazer a foto.)

Nhoque no London City.

Metade foi meu jantar de aniversário, outra metade, meu almoço no dia seguinte. 
Este é do Paulin.


Este é do Café Paulin.





Menu La Parolaccia.

Menu La Parolaccia.

Menu La Parolaccia.

Menu La Parolaccia.






La panera rosa.






Restaurantes

  • La panera rosa — Avenida Corrientes, 699 e Avenida Callao, 692
  • La Parolaccia Puerto Madero — pedir o menu Parolaccia (vem com entrada, prato principal, sobremesa e bebida, por um preço mais barato) — Av. Alicia Moreau de Justo, 1052
  • La Instancia Girll (La instancia de Palermo) — Em frente à entrada do Jardín Botánico — Avenida Santa Fé, 3954
  • Buenos Aires Grill — Avenida Corrientes
  • Pizzaria Guerrín — Avenida Corrientes
  • Alma Café — Calle Cerrito, 304 (perto do Obelisco e da casa de câmbio)
  • Confitería la ideal — Calle Suipacha, 384
  • Paulin y Café Paulin — Calle Sarmiento, 635
  • London City — Avenida de Mayo, 599
  • Il gatto — Obelisco — Avenida Corrientes, 959
  • Biutiful louge & restaurant — Galerías Pacífico (uma das entradas é na Calle Florida)
  • Kentucky — Obelisco — Avenida Corrientes, 961
  • Café y libros — Quiosque de café ao lado da Casa Rosada — Av. Hipólito Yrigoyen
_____________________________________________________________
Gostou deste post?
Então considere se inscrever na Newsletter para receber boletins mensais 
ou me acompanhar nas redes sociais: 

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Livros que comprei em Buenos Aires

sexta-feira, outubro 31, 2025 6

Como contei aqui, passei meu aniversário em Buenos Aires e é claro que eu aproveitei a viagem para fazer uma das coisas que mais amo: comprar livros!  YAY!

Trouxe cinco. E agora vou compartilhar um pouco dessas compras, assim como fiz com os que comprei n'A Feira do Livro.


Diario de la dispersión

Quando eu fiz a a disciplina de mestrado como aluna ouvinte lá na Unifesp, a professora Paloma Vidal nos apresentou o começo do livro Diario de la dispersión, da argentina Rosario Bléfari. Eu li aquelas páginas e fiquei encantada. Procurei para comprar aqui e não achei, por isso viajei na missão de trazer um exemplar comigo. Bléfari, assim como a Patti Smith, é uma multiartista, algo que me encanta e me inspira. 😍

Achei o livro no Mercado Livre, vendido pela livraria Libros Del Buen Leer (@delbuenleer). Pedi pra entregar na casa da Ayumi (quem tem amigo, tem tudo!) e trouxe feliz. 😁 Nem preciso dizer que ele passou na frente de todos os outros livros que tenho para ler, preciso?

Capa de Diario de la dispersión.

Livro: Diario de la dispersión
Autora: Rosario Bléfari
Editora: Mansalva
Páginas: 144
Gênero: Poesia e ficção latino-americana 
Apresentação: Pasaron las semanas, los meses, y en el camino muchas veces pensé que este era el diario de la dispersión pero también el diario de mi salud debilitada –aunque no hiciera alusiones directas a ella–, el diario de las despedidas, el diario de una mujer que responde a la obligación filial de hija única para salvarse a sí misma al mismo tiempo, el diario del amor, la maternidad y la amistad a distancia. Podría seguir cada tema sin mencionar los demás, pero explicitar parte o no explicitar nada se volvió un dilema. También estas dudas son parte del análisis de la dispersión. Puedo decir a esta altura que mi método funciona, estoy segura, pero este experimento se me fue de las manos: ahora todas las personas del mundo lo están probando. Algunos reniegan, otros gozan, algunos se angustian y otros se sorprenden. Desplegarse no es desaparecer, no es alejarse o ser voluble sin sentido. Rosario Bléfari.


Promoção de poesia

Na minha segunda semana de viagem, aproveitei o meu tempo para passear pelas inúmeras livrarias da Corrientes. Na Sudeste Libros (Corrientes, 1773), eu encontrei uma promoção que me chamou a atenção: 3 livros de poesia por 10000 pesos (cerca de 40 reais). Não pensei duas vezes. Peguei 3 de uma mesma coleção: antologias que apresentam as obras de seus autores.

Ironicamente, não escolhi nenhum argentino, mas isso não invalida o contato com a obra e com a língua espanhola. Dentre as opções disponíveis, li os poemas da quarta capa para fazer a escolha. 



O primeiro escolhido foi do mexicano Octavio Paz; o segundo foi o do poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca; por fim, o terceiro é do também espanhol Rafael Alberti. Sei que os três são famosos, mas não tive a oportunidade de ler a obra deles, então será um bom primeiro contato. 

Poema da quarta capa do livro do Octavio Paz:

Quiso cantar, cantar
para olvidar
su vida verdadera de mentiras
y recordar
su mentirosa vida de verdades.

Poema da quarta capa do livro do Federico García Lorca:

Yo me enamoré del aire,
del aire de una mujer,
como la mujer es aire,
en el aire me quedé.

Tengo celos del aire,
que da en tu cara,
si el aire fuera hombre
yo lo matara.

Poema da quarta capa do livro do Rafael Alberti:

Si mi voz muriera en tierra, 
llevadla al nivel del mar y
dejadla en la ribera.

Llevadla al nivel del mar
y nombradla capitana
de un blanco bajel de guerra.


El Ateneo Grand Splendid

Nas outras vezes em que fui a Buenos Aires, comprei CDs que não encontro por aqui, na El Ateneo Grand Splendid (Avenida Santa Fe, 1860). Desta vez, resolvi trazer um livro. E foi uma escolha difícil, porque eu fiquei na dúvida entre o que trouxe a Poesía completa, do Júlio Cortázar (que, pelo o que entendi, acabou de sair). Acabei optando pelo Poesía completa, da escritora argentina Alejandra Pizarnik, uma vez que já tinha comprado 3 livros escritos por homens. 

Ela é outra escritora que é famosa que eu nunca li. Então, nada melhor começar com a obra poética completa, não é mesmo?

Capa do Poesía Completa.

Livro: Poesía Completa
Autora: Alejandra Pizarnik
Editora: Lúmen
Páginas: 480
Apresentação: Alejandra Pizarnik es una figura de culto de las letras hispanas y una autora que se internó por infiernos raramente visitados por la literatura española. Su poesía se caracteriza por un hondo intimismo y una severa sensualidad o, en palabras de Octavio Paz, la obra de Pizarnik lleva a cabo una «cristalización verbal por amalgama de insomnio pasional y lucidez meridiana en una disolución de realidad sometida a las más altas temperaturas». Esta edición, a cargo de Ana Becciu, incluye los libros de poemas editados en vida de la autora y los poemas inéditos compilados a partir de manuscritos. Reseñas: «Sobre mi mesa, lleva semanas abierto el volumen que contiene la Poesía completa de ese irrepetible y doliente meteoro que fue Alejandra Pizarnik (1936-1972), de quien no me resisto a transcribir unos versos estremecedores: no atraigas frases / poemas / versos / no tienes nada que decir / nada que defender / sueña sueña que no estás aquí / que ya te has ido / que todo ha terminado.» Manuel Rodríguez, Babelia «La palabra parece la guarida que no siempre es capaz de proteger. Su poesía es luminosa en la oscuridad; provoca vértigo, perturba; las ausencias pesan y la belleza desgarra.» Estandarte

Post em vídeo

Gravei um vídeo em que mostro mais de cada livro. Para assisti-lo, clique aqui ou aperte o play abaixo:


_____________________________________________________________
Gostou deste post?
Então considere se inscrever na Newsletter para receber boletins mensais 
ou me acompanhar nas redes sociais: 

domingo, 26 de outubro de 2025

Tricotando no avião: como levar o seu projeto sem problemas

domingo, outubro 26, 2025 8
Tricô e viagem sempre se dão bem!

Ano passado eu resolvi que queria sempre ter um projeto de aniversário, algo que colocasse as minhas mãos e a minha arte em movimento. Comecei com a manta do clima (você ler sobre ela aqui, ou vê-la no meu canal, no YouTube) e, para este ano, resolvi fazer mais uma versão do Hope Summer Top (receita gratuita, em inglês e em espanhol, feita pela Nerea Moreno, disponível aqui).

Minha primeira versão do HOPE Summer Top.


A primeira vez que fiz essa blusa foi em 2023. Usei o fio Verão, da Círculo, na cor azul bic. Embora a proposta desse fio seja ele ser fresco, confesso que achei que a blusa ficou um pouco quente pro clima cheio de ondas de calor de São Paulo. Acabei vestindo-a mais no período de meia-estação. (Parece que o verão de 2026 será mais fresco, então, espero usá-la mais vezes).

Tendo tudo isso em vista, resolvi tecer a mesma blusa, usando o fio Anne Natural (também da Círculo). Como iria viajar, decidi que este também seria o meu projeto de viagem (além de ser o de aniversário).

Preparativos para a viagem

Comprei dois novelos; mas, ao fazer a amostra de pontos, notei que este é um fio que rende. Resolvi que levaria apenas um na viagem, uma vez que sabia que não terminaria a blusa toda por lá. 

Sobre a escolha da agulha, abri mão da minha preferida, a de metal. Sabia que poderiam implicar com ela, ao passar nos raios-X dos aeroportos. Sendo assim, escolhi a circular de bambu + silicone (com cabo de 80 cm, porque eu gosto de ter espaço, mesmo tricotando reto).

De material auxiliar, separei dois marcadores de plástico (um para a divisória do decote e outro para prender os fios da costura); um bloquinho de anotações e uma caneta; um parador de pontos de silicone para o fim da agulha e uma fita métrica.

Materiais levados na viagem. Blusa com tecitura já mais avançada.

Resolvi não levar tesoura. Como escolhi fazer a peça inteira com um fio só (sem as listras coloridas do original) sabia que só precisaria de cortar o fio duas vezes. Eu o fiz arrebentando com as mãos, mesmo. Mas nada que pedir um corte na recepção do hotel também não funcionasse. (Ao que me parece, é possível levar uma tesoura pequena no avião, desde que ela tenha menos de 10 cm de lâminas. Se você quiser levar uma na sua viagem, informe-se com a companhia aérea para ter certeza de que é isso mesmo.)

Para evitar de montar a peça no avião, comecei uns dias antes e já fui com a barra da blusa tricotada (viajei com uma amiga e achei que seria chato ter que ficar contando os pontos na hora da montagem da peça na agulha, estando com ela e mais um monte de gente ao redor).

No aeroporto e no avião 

Para facilitar, a bolsa de tricô era o item mais fácil de tirar da mochila que levei como mala de mão. Tanto em Guarulhos, quanto no Aeroparque, na ida e na volta, ninguém no raio-X pediu para ver o meu material de tricô.

No avião, coloquei a mochila nos meus pés, o que facilitou de eu pegar e guardar o projeto durante o voo. Tricotar foi bem tranquilo e relaxante. Ajudou o tempo a passar depressa e a acalmar a ansiedade do "chegar logo".

Sobre o projeto escolhido

Acho que fiz uma boa escolha em levar o Hope Summer top pra viagem. Ele é um projeto que não exige muito espaço na bagagem ou muitos materiais. Além disso, a receita é simples, sem pontos decorativos. Aquele tipo de trabalho que você não precisa ficar pensando muito, que é possível fazer enquanto conversa com alguém.

Penso que considerar o tamanho do projeto, a sua complexidade e o perfil da sua viagem é importante ao levar o seu tricô na bagagem (não seria viável, por exemplo, levar a manta do clima, que já estava enorme e volumosa e que envolve muitos novelos de cores diferentes).

Sobre o fio, o Anne Natural solta alguns fiapinhos enquanto a gente tece. Nada que continue depois que a peça já está pronta.  Isso pode ser ruim para algumas pessoas (a mim, não me incomoda). Eu gostei de dois pontos: um é que ele rende muito (um novelo deu para fazer a frente e mais da metade das costas da blusa), o outro é que ele desliza muito na agulha. Mesmo usando uma agulha fininha, o trabalho rendeu rápido.

Durante a viagem eu consegui fazer mais da metade da peça, mesmo tricotando em momentos esporádicos, como antes de dormir. 




Recapitulando

1. Escolha um projeto pequeno, que envolva poucos materiais e que tenha um nível de complexidade que se encaixe bem com a sua viagem;
2. Evite agulhas retas (as mais antigas têm metal dentro) ou de metal. Opte pelas de plástico ou pelas bambu + silicone. Também evite as que sejam mais pontiagudas. Assim, você se poupa de ter que se explicar no raio-x ou de ter que jogar fora as suas agulhas.
3. Faça a mesma coisa com os assessórios: opte por marcadores e agulhas de tapeçaria que sejam de plástico. Se for levar tesoura, certifique-se de que a sua atende às orientações da companhia aérea.
4. Deixe o seu material o mais fácil possível de pegar e guardar. De preferência, perto dos seus pés (não no bagageiro acima. Assim, você não precisa ficar se levantando e se sentando, principalmente se estiver nas poltronas da janela ou na do meio).
5. Divirta-se e tenha, ao final da viagem, uma peça que te remeta às boas lembranças daquele período! 😉
_____________________________________________________________
Gostou deste post?
Então considere se inscrever na Newsletter para receber boletins mensais 
ou me acompanhar nas redes sociais: 

domingo, 19 de outubro de 2025

{Vou por aí} Visitando o Ecoparque em Buenos Aires

domingo, outubro 19, 2025 6


Quem acompanha o blog há muito tempo sabe que eu visitei o zoológico de Buenos Aires em 2015. Em 2016, o zoo fechou. Após uma reforma e da recomendação de boa parte dos animais, o espaço foi reaberto em formato de Ecoparque. Portanto, chegou a hora de atualizar o post antigo.

Como chegar

A estação de metrô mais próxima é a Plaza Itália (Línea D - Verde). Entretanto, durante a minha vista a Buenos Aires, essa estação estava em reforma. Desci na Scalabrini Ortiz (que fica a 3 ou 4 quadras - pequenas - dali).

Vista do lago localizado logo após a entrada.

Sobre a entrada

A entrada é gratuita para argentinos, residentes e estrangeiros. É preciso, entretanto, passar por uma catraca. A entrada é dividida entre catracas para estrangeiros, para grupos de estudantes, para residentes, para aposentados etc. Não perguntei, mas creio que seja para controle de quantos e quais são os vistantes do espaço.

Sobre alimentação e banheiros

Cafeteria localizada na entrada. Além dela, há outros estabelecimentos que vendem comida.

Além de uma cafeteria, há vários quiosques e food trucks vendendo todos os tipos de lanchinhos (medialuna, choripán, empanadas, cupnudles, refrigerantes, água e guloseimas de todos os tipos). Eu não usei os banheiros, mas há vários dentro do parque.

Sobre os animais

Neste recinto há um casal de aves que não podem mais voar e que, portanto, não pode ser reintroduzido na natureza.

A maioria dos animais do zoológico foi remanejada para outros espaços mais adequados ou devolvidos à natureza (quando possível). Há alguns animais expostos, mas achei muito bacana que em todos os recintos há placas explicando o motivo de eles estarem lá: desde onça-parda (puma) nascida em cativeiro, que não pode ser solta, até duas fêmeas de bisão que estavam no zoológico e são muito idosas para se mudarem.

Todos os animais que estão lá têm uma plaquinha como esta explicando o motivo.

Além disso, em todos os espaços de animais há a inscrição de que animais silvestres não são de estimações. 



Maras e pavões continuam soltos pelo parque. 😉

Educativo e trabalho ambiental

Visitei o parque numa quinta-feira. Havia vários grupos de estudantes circulando com seus professores. Também havia grupos fazendo visitas guiadas. Dentro do parque existe uma biblioteca que pode ser visitada às quintas e sextas-feiras às 15h. (Informações oficiais aqui).

Árvore de flores bonitinhas.


No Ecoparque há todo um trabalho ambiental que é desenvolvido no sentido de preservar as espécies tanto de fauna quanto de flora. Eles ajudam na reabilitação de animais e na soltura, quando possível.

Além disso, ao longo do passeio é possível ver algumas obras de arte, a exemplo da escultura abaixo:


Lojinha

Eu não entrei, mas há uma loja em que é possível comprar lembrancinhas e pelúcias de recordação e para dar de presente.

Quer visitar também?

Várias borboletas polinizando o parque.

Então anote aí:

Ecoparque Buenos Aires
Estação de metrô mais próxima: Plaza Itália (línea D) - se ela ainda estiver em reforma, a mais perto é a Scalabrini Ortiz (também da Línea D).
Entrada pela Plaza Itália
De terça a domingo e feriados, das 10h às 17h. 
Fechado quando chove.
Gratuito.

_____________________________________________________________
Gostou deste post?
Então considere se inscrever na Newsletter para receber boletins mensais 
ou me acompanhar nas redes sociais: