domingo, 26 de janeiro de 2025

{Fotografia} Pausa para respirar #7

domingo, janeiro 26, 2025 10


Uma das coisas mais legais de 2024 foi poder ter ido à praia. Este passeio abriu as comemorações do meu aniversário, em setembro. Foi bacana, porque fui com os meus pais, e a gente se divertiu muito, apesar de ter sido um bate e volta.

A princípio, iríamos a Santos, mas no meio do caminho mudamos de ideia e fomos parar na Riviera de São Lourenço. Como descemos a serra num dia de semana, a praia estava MUITO tranquila. Além disso, embora na capital o sol estivesse reinando, no litoral estava nublado. Viajamos naquela semana em que o interior estava sofrendo com as queimadas, então até a fumaça tinha descido a serra. 

Apesar dessas adversidades, não deixei de me divertir. Eu AMO ir à praia, mas quase nunca tenho a oportunidade de fazer isso. Sendo assim, agarrei com unhas e dentes e me joguei no mar, mesmo com a água estando fria. Parecia uma criança e, se esse papo de criança interior for verdadeiro, a minha foi bem feliz!

Abaixo alguns dos registros feitos com a boa e velha cybershot. 😉

Uma conchinha fofinha 😍



Já diria Diogo Nogueira: 🎶Pé na areia, a caipirinha, água de coco, a cervejinha
Pé na areia, água de coco, beira do mar🎵


Pessoas ao longe. 


Uma ilha. ⛵

Nós respeitamos o mar, e o mar nos respeita. 😉


Por fim, a famigerada selfie — esta, feita com o celular:

Solar, salgar



Veja também: outras edições do Pausa para Respirar:
01 ⏯️ 02 ⏯️ 03 ⏯️ 04 ⏯️ 05 ⏯️06 ⏯️


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domingo, 19 de janeiro de 2025

{Resenha} Canção para ninar menino grande, de Conceição Evaristo

domingo, janeiro 19, 2025 6



Canção para ninar menino grande, de Conceição Evaristo, é um livro que contém muitas camadas, aquela leitura que a cada vez que a revisitamos descobrimos mais e mais coisas tanto sobre as personagens, quanto sobre nós mesmos.

A obra nos apresenta a história de Fio Jasmim, um homem negro, que trabalha em uma ferrovia, e de todas as mulheres que passaram por sua vida: desde a oficial — com quem casou e teve os ditos “filhos oficiais” — a todas as outras que conheceu em suas viagens a trabalho.

Dito assim, pode parecer que Fio Jasmim é apenas mais um homem qualquer; mas, ao adentrarmos na narrativa, a autora nos leva a refletir sobre o racismo estrutural, sobre a masculinidade frágil, sobre a coragem e determinação de algumas dessas mulheres e sobre a pressão sofrida por todas elas, a que algumas sucumbiram. Tudo isso, narrado a partir de uma força poética que já é tão característica da literatura de Evaristo.

A obra coloca uma lente na masculinidade tóxica vivida por homens em geral e mais ainda, na que é vivida pelos homens negros. Homens estes que são cobrados de uma virilidade sempre pronta, em riste e forte, e sem o direito a sensibilidade alguma. Ao ler o livro de Conceição Evaristo, observamos o outro lado, o efeito — muitas vezes geracional, já que Jasmim aprendeu o que sabia com os homens mais velhos que o rodeiam — do estereótipo do malandro aproveitador que é tido como uma máquina de obter e dar prazer e que abandona uma mulher grávida a cada estação por onde passa.

O legado, como dito e muito bem-marcado pela autora, é geracional: assim como há os efeitos do estereótipo do homem negro, há também uma lente para a mulher negra — seja ela tida como “de família” ou “da vida” — qual é o espaço que essa mulher ocupa na sociedade? Se jovem e bonita tem seu corpo sexualizado; se mais velha ou mãe, muitas vezes assume o lugar de “lutadora que cria os filhos sozinha”, geração após geração.

No livro, Conceição Evaristo maneja não só (um dos muitos modos de) ser negro no Brasil, mas também como essa relação de homem que sempre é forte, conquistador e viril impacta diretamente na vida das mulheres e dos filhos que elas eventualmente têm. De como, para o homem ser o garanhão é um sinônimo de virtude; quanto para as diferentes mulheres (negras ou não), estar como alguém como Fio Jasmim é cair em desgraça.

Por meio das mulheres que amaram Fio Jasmim; nós, leitores, passamos a compreender a ferida estrutural da nossa sociedade, que descende — em grandíssima parte — de pessoas como ele e seus amores. Conceição Evaristo, por meio de sua escrevivência, coloca o dedo na ferida e brada um “precisamos falar, sim, sobre isso, sim”, afinal, ainda hoje dados estatísticos comprovam que o número de mães que criam seus filhos sozinhas no Brasil ainda é alto*.

Há um vazio existencial enorme para praticamente todos os personagens do livro. O vazio provocado pela estrutura social que educa pela lente do racismo (há príncipes negros na escola?) e do machismo desde a infância e que a objetificação dos corpos não consegue preencher. Homens como Fio Jasmim têm que se provar o suficiente o tempo todo, para que se sinta existente e aceito na sociedade — mesmo que ele nem esteja com tanta vontade assim de sexo (como sair da cidade sem ter transado como alguém?).

O corpo como moeda de troca para preenchimento de um vazio. O vazio causado por uma sociedade egocêntrica que não questiona o sentimento alheio. O poder de decisão, de resignação, de curiosidade, de pulsão de vida e morte. A história dos nossos e das nossas ancestrais. Questionamentos. Poder de estagnação e igualmente, de mudança. É possível encontrar tudo isso em Canção para ninar menino grande, de Conceição Evaristo. Que sorte a nossa, ter uma autora como ela no nosso cânone. Que sorte a nossa!

Capa (divulgação da editora).



Livro: Canção para ninar menino grande
Autora: Conceição Evaristo
Editora: Pallas
Páginas: 136
Apresentação/sinopse: Trata-se de um mosaico afetuoso de experiências negras, um canto amoroso e dolorido. Na figura do personagem Fio Jasmim, Conceição discute com maestria as contradições e complexidades em torno da masculinidade de homens negros e os efeitos nas relações com as mulheres negras. O livro é um mergulho na poética da escrevivência e ao mesmo tempo um tributo ao amor sob uma ótica poucas vezes vista na literatura brasileira.

*Segundo reportagem da Agência Brasil (leia aqui), em 2022, havia mais de 11 milhões de mães solo no Brasil. 
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domingo, 12 de janeiro de 2025

7 hábitos que eu implementei em 2024 e que manterei em 2025

domingo, janeiro 12, 2025 14


No post de hoje, trago sete hábitos saudáveis que implementei em 2024 e que quero levá-los para 2025. Todos eles me auxiliam na minha rotina e tornam a minha vida mais fácil de ser vivida, em meio à correria do dia a dia.

1. Ter uma garrafa grande de água

Isso foi um divisor de águas na minha rotina. Comprei a garrafa de água mais simples que achei na Daiso, mas que era a maior que tinha na loja naquele dia. O que eu buscava? Um litro ou mais.

Encontrei uma que comporta 1,1 litro de água e, embora ela não seja a melhor do mundo em termos de se manter fechada (se eu a colocar na bolsa e ela virar, vai molhar tudo), ficou muito mais fácil para eu controlar o quanto bebi de água por dia. (Nos dias de onda de calor, cheguei a beber 4 delas.)

O meu corpo todo passou a responder melhor, minha pele ficou tão bonita que as pessoas ao meu redor repararam e vieram me perguntar o que eu ando fazendo, quando tudo o que fiz de diferente foi beber mais água.

2. Comprar chás de diferentes sabores

Embora eu AME café, eu gosto muito de resolver a minha vida com chá. Comi algo que não caiu bem? Tomo chá. A barriga ficou inchada? Tomo chá. Estou ansiosa ou tensa? Tomo chá. Quero dar um quentinho no coração? Tomo chá. Preciso me concentrar? Tomo chá. Está muito calor? Chá gelado com limão. Enfim, você entendeu, não é? 

Ter um chá para cada ocasião tem sido muito, muito gostoso porque me dá uma sensação de aconchego, de que estou cuidando de mim mesma ao longo do dia.

3. Criar estações ao organizar os meus itens

Eu sempre fui uma pessoa organizada, mas vez ou outra tinha itens diferentes em lugares diferentes. Seja porque me esquecia onde era o lugar original, seja porque o lugar original não era funcional e me dava preguiça de guardá-los lá. Entretanto, resolvi mudar isso. Fui criando o que chamo de "estações" e armazenando tudo junto. Dois grandes exemplos: tudo o que envolve papelaria, todas as coisas das gatas. 

Isso facilita tanto para mim, quanto para se alguém da minha família precisar de alguma coisa. Quando isso acontece basta responder que está na estação tal, que a pessoa acha.

4. Me organizar de acordo com as estações do ano

Apesar de noturna, eu sou uma pessoa muito solar e funciono melhor na primavera e no verão, do que no outono e no inverno. Sendo assim, eu quebro o meu planejamento de acordo com as estações do ano. Eu sei que no inverno eu tenho mais dificuldade de sair de casa, que preciso dormir mais, que no verão tenho mais energia. Então, planejo os projetos que demandam mais energia de janeiro a março e de setembro a dezembro, por exemplo. 

5. Ter um hobby para espairecer 

Sabe aquele hobby que você faz porque gosta, não porque quer ser bom naquilo, e que usa para espairecer depois de um dia cansativo? Pois bem, os meus são o tricô e a aquarela. O tricô, com mais frequência. Amo ter algo meu que não é para fazer dinheiro, que faço porque gosto, no meu tempo, sem pressão.


6. Ouvir pelo menos 10 minutos em língua estrangeira todos os dias

Uma coisa que eu gosto de fazer é ouvir as línguas estrangeiras que falo (inglês e espanhol) todos os dias. Normalmente, faço isso usando o YouTube, seja vendo vlogs, seja assistindo aos programas de notícias. Tem sido legal não só pelo exercício em si, mas também porque posso variar nos sotaques, aprender palavras novas (algumas, que eu nem sei como seriam em português) e ver como os outros países têm visões diferentes sobre determinados temas (normalmente relacionados à política e à economia).

7. Manter a caixa de entrada do e-mail zerada

Há alguns anos eu zerei todas as minhas caixas de entrada. Lembro-me que levei alguns dias nessa tarefa de arquivar o que era preciso e de jogar fora o que não era. Hoje, o combinado que tenho comigo é: tudo o que está na minha caixa de entrada está pendente por algum motivo. Quando resolvo, já faço esse redirecionamento de guardar ou excluir. 

Zerar a caixa de entrada é algo que dá trabalho, mas que vale a pena. Além de manter o digital em ordem, depois que se pega o jeito, o mental também fica muito mais organizado sem tanta informação desnecessária à mostra. Recomendo demais!


E você?

Conte pra mim: quais são os hábitos que você tem que tornam a sua vida mais fácil de ser vivida? Há algum hábito de que você não abre mão? Me conta nos comentários quais são as suas dicas que facilitam o seu dia a dia e se você gostou de alguma das que dei aqui. 😉

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