segunda-feira, 10 de julho de 2017

{Resenha} Filme: Papa Hemingway: Una História Verdadeira

"Nosso único valor como humanos são os riscos que nos dispomos a tomar".
(Ernest Hemingway)

Sob a direção de Bob Yari, o drama biográfico Papa Hemingway: Una História Verdadeira narra o início da amizade entre o jornalista americano Denne Petitclerc (no filme, Ed Meyers) e o escritor Ernest Hemingway e sua esposa Mary. 

Entre idas e vindas de Ed Meyers a Havana, Cuba, Papa Hemingway (como Ernest preferia ser chamado), passa a conhecer mais a história de vida de jovem jornalista e a ajudá-lo a encontrar a sua voz como escritor. Ed, por sua vez descobre todas as nuances do temperamento do autor que sempre o inspirou. Tudo isso acontece a partir de 1959, então, temos como pano de fundo a Revolução Cubana, com toda a sua truculência rondando os personagens.


"A man alone ain't got no chance". (Ernest Hemingway)
Na cena: Ed Meyers (Giovanni Ribisi) e Hemingway (Adrian Sparks).

Por termos sempre o ponto de vista de Ed, conseguimos acessar um lado da vida de Hemingway que nem todos conheciam: aquilo que estava na vida privada do vencedor do Nobel de Literatura de 1954. Sendo assim, é interessante observar como Papa Hemingway aborda o contexto do escritor de sucesso (vencedor de um Nobel) e suas lutas internas contra os próprios sentimentos, o bloqueio criativo, a fama, o sistema político. Em alguns momentos, o espectador é levado a refletir sobre o que é a liberdade, o amor e como lidar com a morte (que, lenta ou rápida, é sempre devastadora).

Cartaz do filme no Brasil.

Para quem nunca leu algo do Hemingway, o filme gera no espectador o desejo da leitura. Para quem já o leu, surge a vontade de ler mais. A película nos introduz o gênio e sua mania de contenção. Ser enxuto e, portanto, preciso é um dos lemas do autor e isso fica bem claro durante as conversas que ele trava com o Ed sobre a escrita.

Na cena: Ed Meyers (Giovanni Ribisi), Hemingway (Adrian Sparks) e Mary Hamingway (Joely Richardson)

O roteiro do filme foi escrito pelo próprio Denne Petitclerc, que seguiu amigo de Mary Hemingway, após a morte de Ernest. Vale ressaltar que o longa foi gravado nos cenários reais em que a amizade se deu, o que inclui a casa em Hemingway viveu em Cuba (hoje, um museu), e que a locação é incrível, tornando a fotografia impecável. Sobre isso, o diretor do filme, Bob Yari, relata que lidar com as diferenças de infraestrutura EUA x Cuba foi complicado e que a equipe americana teve que se adaptar ao ritmo cubano. Ainda bem que tudo deu certo e que eles conseguiram rodar um filme tão belo!

Filme: Papa Hemingway: Una História Verdadeira
Título Original: Papa Hemingway in Cuba
País: EUA, Canadá
Duração: 1h50
Gênero: Drama, Documentário
Classificação etária: 14 anos
Direção: Bob Yari
Elenco: Adrian Sparks, Giovanni Ribisi, Minka Kelly, Joely Richardson, Shaun Toub, James Remar, Daniel Travis
Sinopse: Durante a Revolução Cubana, um jornalista vai a Havana entrevistar Ernest Hemingway, o escritor e aventureiro que o inspirou.




Desculpem, mas não encontrei um trailer com legendas em português. :(
A informação feliz é que tem o filme lá na Netflix. :)

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7 comentários:

  1. oi, oi!

    ain, que bom que tem na netflix! facilita demais minha vida... vou já colocar na minha lista. :)

    infelizmente não conheço o escritor, tampouco li algo dele, masssss... como vc disse que a história gera a vontade de conhecer ainda mais sobre ele, com certeza vou dar uma chance. amo quando isso acontece comigo. <3

    bjs!
    Não me venha com desculpas

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    Respostas
    1. Adriel,
      ele (o Hemingway) tem um estilo bem conciso. No filme, dá pra ter um pouco da ideia que ele traz. Acho que você vai gostar! ♥

      E Netflix salva vidas, né nom?!

      Beijos!

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  2. Adorei os textos do Hemingway; obrigada pela dica!
    Bj e fk c Deus
    Nana
    http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com

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    Respostas
    1. Yay! Que bom que você foi atrás do Hemingway e que gostou! ♥
      Fiquei feliz com isso :)

      Beijos

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  3. Muito legal o seu blog, Fernanda! Abraços! Também tenho blog há 17 anos (rsrs).

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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.