sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

{Resenha} Me ajude a chorar, de Fabrício Carpinejar

Me Ajude a Chorar, livro publicado em 2014, pela Bertrand Brasil.

Me ajude a chorar é um daqueles livros de crônicas que aquecem o coração. A brevidade não aparece apenas pelo gênero escolhido por Carpinejar para expressar suas ideias, mas também pelos temas abordados ao longo do livro. 

A vida escolar, a relação com os filhos, os amores e a vida a dois, memórias de infância, tragédias que comoveram o Brasil. Tudo retratado como uma câmera que dá zoom em um ângulo particular; que nós, leitores, nunca teríamos pensado. A variação nos temas dos textos, contudo, não fica à mercê de qualquer coisa. Ela ganha unidade pelo tom de tristeza e melancolia com que o autor escreve suas crônicas.

A prosa de cunho poético é notável ao longo das 156 páginas do livro, emocionando seus leitores de maneira comovente. A cada momento, a cada texto, o leitor é convidado a refletir sobre os seus sentimentos e sobre as suas reações diante a cada situação tão corriqueira e, ao mesmo tempo, tão inusitada. 

"O quanto um livro pode mudar sua vida?", questiona o autor em um dos textos. O que posso dizer é que a leitura de Me ajude a chorar irá sem dúvida marcar quem o lê, por sua sensibilidade e por suas doses pequenas de sabedoria melancólica, de alguém que sabe observar as pequenas nuances da vida.

Livro: Me ajude a chorar
Autor: Fabrício Carpinejar
Gênero: crônicas
Páginas: 156
Editora: Bertrand Brasil
Sinopse: Depois de títulos que refletiam momentos de sua vida pessoal, em Me ajude a chorar, Carpinejar, pela primeira vez, une textos sem um tema central. São crônicas com assuntos variados, mas com uma singularidade: a melancolia e a tristeza. Sempre, obviamente, com a ironia característica. Um livro com sentimentos. Um livro à flor do osso. Carpinejar mostra a sua mais intensa fragilidade, provando que, na verdade, nesta terapia ou catarse literária, todos devem ser muito felizes para suportar a tristeza verdadeira. Constam na obra dois textos que ficaram famosos quando publicados: o escrito em homenagem às vítimas de Santa Maria (RS), que inclusive foi capa em diversos jornais, como O Estado de S. Paulo, e aquele sobre o acidente aéreo de 2007 em Congonhas (SP).

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6 comentários:

  1. Gosto muito de livros assim, Fê! Vou procurá-lo para comprar!

    Beijinhos

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    Respostas
    1. Fê, você vai curtir. O Fabrício tem o poder de fazer com que a gente se prenda às narrativas e passe a ver o mundo de uma forma mais poética. É incrível. É lindo!

      Beijos

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  2. Woww depois dessa super recomendação o livro parece incrível. Acho que nunca li nada parecido, e da forma como você descreveu, essas caracteristicas parecem se encaixar bem em textos cronicas. Adorei a capa do livro também!
    Beijos

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  3. Oi Adorei a Crítica... Poderia me emprestar esse livro? Vamos fazer assim, marcamos um café, você em empresta esse livro e eu levo um meu (surpresa) e te empresto... Abraços.

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  4. Oi, Marcelo!
    Então, eu tenho um pouco de ciúmes desse livro, porque ele é autografado, com dedicatória e a coisa toda. uahahahah
    Quanto ao café, super topo!
    Beijos

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