sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Red light, warning sign (ou a Crônica do 1%)

Caption de I'll go crazy if I don't go crazy tonight.

Ter o coração partido muitas vezes é uma merda em vários sentidos. A princípio, vem a dor intensa, que é de praxe nestas ocasiões. Como compartilhou algum dos meus amigos dia desses, no instagram: "A decepção só dói, porque vem de quem não esperamos". Bem isso. Mas, depois que a tal dor profunda vai embora, o que fica? O medo. Medo de que tudo se repita, como no looping eterno de uma história de terror.

Parece coisa de doido, mas o subconsciente tem pós-doutorado em como pregar peça nas pessoas. O meu tem sido bem esperto quando o assunto é "cuidado, porque você já foi muito idiota antes". Por mais que eu não queira ficar alerta, não dá para evitar.

O Atomic Tom tem uma música chamada Red light warning sign. Lembro-me bem que este título grudou na minha cabeça desde a primeira vez que o ouvi, como se dissesse: o amor é um alerta vermelho, então run, baby, run. Foi assim que eu a senti.  É aquele lance de "99% fico derretida, mas aquele 1% grita um: ele está dizendo aquilo que sabe que você quer ouvir. NÃO CAIA NESSA!". Por mais que não queira, este 1% é um alerta poderoso que, nestes casos, pode significar muito, muito mesmo.

Every beauty must go out with an idiot, how can we stand next to the truth and not see it? Oh, a change of heart comes slow, diz outra das minhas músicas preferidas. U2 tem lá sua razão, e eu espero realmente ter esgotado a minha cota de idiotas com os que já passaram pela minha vida. O lance, então, é como enxergar a verdade quando se percebe apaixonado? Entregar o coração que já foi remendado tantas vezes é muito complicado. Exige uma coragem que eu me pergunto de onde vem. Esta tal mudança, a perda do medo, vem mesmo lentamente... Não?

O passado ensina ao presente que as pessoas são diferentes e que não se deve culpar quem acabou de chegar pelos erros de quem já se foi. Fico repetindo este mantra a mim mesma, porque sei que me libertar das dores me levará a momentos de felicidade. As pessoas não são iguais, todas merecem uma chance de serem felizes e eu me incluo neste pacote. É assim que deve ser não é mesmo?

(Mas aquele 1%, ah, aquele 1% continua por aqui...)

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8 comentários:

  1. Bom, eu acho que cada pessoa passa na nossa vida por um motivo. Muito clichê, mas eu acredito mesmo nisso. Claro que a gente guarda magoa e sente quando uma pessoa nos decepciona, mas as pessoas também são pessoas, com sentimentos e pensamentos, e opiniões também. E ela pode ter saído machucada no processo junto com a gente. É claro que a gente tem que abrir o olho às vezes, não é fácil confiar, e nem todo mundo é "bonzinho" e só quer nossa felicidade. Mas isso não deve ser motivo pra gente deixar de se entregar, a gente pode cair, se machucar, se ferir e ficar magoada, mas no final a gente sempre levanta. E acaba aprendendo no processo, saindo mais forte. Pelo menos é assim que eu penso

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    1. A gente nunca quer se machucar, mas concordo com você que tudo acontece por alguma razão. Muitas vezes, este aprendizado se mostra imprescindível.
      Mas que é doloroso, ah, é!

      Beijos!

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  2. Concordo com vc... as pessoas que acabaram de chegar não tem nada a ver com um possível passado desastroso e elas não tem que pagar pelo que não fizeram!!!

    ❥Blog: www.amigadelicada.com

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  3. Hey Fernanda!
    Quanto sentimento ai hein?? Mas eu devo dizer que me vi aí no meio...Putz!
    Eu estou nessa constante de 1%, que droga, sinceramente rsrsrs
    as pessoas nao tem culpa mas a gente se apega né ":(
    adorei a sua cronica
    esgote minha cota de idiotas por favor!!!!


    nao gostou dos livros da Isabela? Aosto que esse da Jaqueline voce vai gostar, de verdade hahaha
    Um beijo!
    Pâm - www.interruptedreamer.com

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    1. É uma droga mesmo, Pam. Fico pensando se um dia vou desencanar deste tal de 1%...

      Espero que nós duas consigamos!

      Beijos

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  4. Verdade Fê... com cada pessoa obtemos um aprendizado ou uma experiencia , uns bons ,outros ruins , por mais que o passado tenha ficado para traz , carregamos no presente a influencia do que vivemos. As pessoas novas que chegam em nossa vida não tem culpa do que aconteceu, por mais que seja difícil, na vida para ser feliz muitas vezes é necessário arriscar para conquistar a felicidade. Bjs

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    1. É... se arriscar é o mais difícil. Mas é o que é mais necessário, em contraponto. A vida é mesmo um mistério neste sentido...

      Beijos

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