quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dádiva

Estive, como sempre, a pensar na vida e cheguei à seguinte conclusão: é uma dádiva saber que a luta não fora em vão. Explico-me: é uma dádiva olhar para trás e perceber que fiz as escolhas certas. Se escolher uma profissão aos 17, 18 anos é uma responsabilidade árdua, escolhê-la aos 6 é algo heroico. Passada a fase da escolha, vem a da luta: estudar na escola, fazer cursinho. Lágrimas, sangue e suor dispendidos em dias e dias com a cara nos livros. Então, passar no vestibular, começar a faculdade, perceber que a etapa tão sonhada exige ainda mais: noites sem dormir (somadas a dias intensos de trabalho), feriados estudando, festas e viagens adiadas, responsabilidade crescendo proporcionalmente à formação profissional, toda a dor que é oriunda do processo de amadurecimento. E, enfim, a formatura e aquele pedaço de papel que lhe confere um título e uma autorização para você fazer o que sempre sonhou!

Sou feliz porque Deus me abençoou com a oportunidade de exercer aquela profissão que escolhi aos 6 anos. Sou feliz porque sou boa não apenas ensinando e aprendendo, mas também, fazendo aquilo que a outra vertente do curso de Letras me permite: escrever. Poder lecionar e escrever com amor, como convicção de que estou no caminho certo, faz o meu coração regojizar na felicidade. Sei que não sou perfeita, por isso, busco aprender mais e mais. Entretanto, é ótimo saber que consigo usar minhas habilidades para contribuir na vida de outras pessoas.

Quando vejo alguém estudando "só para ter um diploma" ou alguém formado, que trabalha em outra função pelo motivo que for, tenho pena. Minha tristeza não surge apenas por esta pessoa, mas também por quem está ao seu redor todos os dias. Quem não trabalha naquilo que sonhou pode ser o mais rico, pode ter as melhores tecnologias, os melhores carros... Contudo, voltamos à velha frase: tem-se tudo, mas não se é feliz. Dinheiro não traz, nem compra felicidade. Por sua vez, quem está ao redor de quem não trabalha naquilo que sonhou, está condenado a conviver com uma pessoa que vive na mentira (diz/aparenta ser feliz, mas não o é genuinamente) e/ou convive com a personificação da infelicidade. 

Sou grata a Deus por poder ter sucesso em tudo o que faço. Não que seja fácil, não que não tenha que engolir alguns sapos; mas sim por poder fazer o meu melhor e ver o meu esforço refletido no aprendizado que os meus alunos têm (e que eu tenho com eles) e no feedback dos que me leem.

Como diria Confúcio, o filósofo chinês,
Trabalhe com aquilo que gosta e não terá que trabalhar um dia sequer na vida.

2 comentários:

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Algumas Observações | Ano 17 | Textos por Fernanda Rodrigues. Tecnologia do Blogger.